Parques nacionais conquistam corações

Parques nacionais conquistam corações

O meio ambiente conquista cada vez mais o coração das pessoas. E a gente fica feliz da vida com isso! Imagina só que em 2018 aumentou em 6,15% a quantidade de visitantes nos parques nacionais em relação a 2017. Os números saltaram de 10,7 milhões para 12,4 milhões. E não para por aí: segundo o ICMBio, temos um grande campeão, o queridinho de público: o Parque Nacional da Tijuca.

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Somos a terra

Somos a terra

É natural: o Projeto de Lei de estreia apresentado da primeira indígena eleita para o Congresso Nacional, Joenia Wapichana, torna hediondos crimes ambientais. Por viverem em contato íntimo com a terra, os povos originários têm a consciência de que não são seus senhores, mas parte dela. Para eles essa ligação é espiritual, mas também carnal, como diz Ailton Krenak: “Quando nós falamos da terra, falamos do planeta como organismo vivo. Nós somos filhos desse organismo vivo”. A deputada federal (Rede/RR), apresentou seu projeto na semana passada, dez dias depois do crime de Brumadinho. Não se trata de timing, mas de estar em sintonia com os acontecimentos. Pouco se falou que no último domingo fez um ano do vazamento de outra barragem de rejeitos, em Barcarena, no Pará; e, assim como aconteceu em Mariana, ninguém ainda foi responsabilizado e as vítimas também não receberam a devida reparação. No Brasil de hoje, os efeitos da impunidade, da corrupção e do esquecimento são ainda mais devastadores.

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Mochila de luz

Mochila de luz

Luz para quem precisa. A jovem sul-africana Thato Kgatlhanye teve uma ideia brilhante para ajudar estudantes de regiões de seu país que não têm acesso à eletricidade: uma mochila que carrega uma bateria de energia solar. Com ela, a garotada pode estudar à noite.

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Campo minado

Campo minado

Começamos um novo ano legislativo, e ele traz uma boa e uma má notícia: a boa é que a bancada ruralista perdeu mais da metade de seus representantes no Congresso Nacional, caindo de 245 para 117 deputados e senadores; a má é que sua influência sobre o Executivo aumentou. Chegou até mesmo no que deveria ser nossa primeira linha de defesa: já no dia 23 de janeiro, representantes da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) se reuniram com o ministro do Meio Ambiente. Entre as pautas discutidas com Ricardo Salles estavam duas bombas que só não detonaram ainda porque a opinião pública está atenta: a “articulação política para a votação” do novo Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental e de outro Projeto de Lei, conhecido como PL do Veneno, que flexibiliza ainda mais o uso de agrotóxicos no país. Ou seja, seguimos sobre um campo minado.

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O pequi Kĩsêdjê tem poder!

O pequi Kĩsêdjê tem poder!

Nada como começar a semana com uma boa notícia. Contas feitas, já dá para dizer que o povo Kĩsêdjê da Terra Indígena (TI) Wawi, no Mato Grosso, bateu seu próprio recorde de produção de óleo de pequi: 315 litros em 2018. Tudo começou em 2006, quando 263 árvores foram plantadas. Das sementes e da polpa dos pequizeiros, extraíram-se o produto e uma vitória com um simbolismo imenso.

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Frio glacial nos Estados Unidos

Frio glacial nos Estados Unidos

“O inverno está chegando” nos Estados Unidos. Os fãs da série “Game of Thrones” se arrepiam só de ouvir essa frase, pois sabem que boa coisa não vem. A população já sofre com uma frente fria que pode produzir uma temperatura até -50º C. Pelo menos 21 pessoas já morreram. O Serviço Meteorológico Nacional dos EUA (com sigla NWS em inglês) previu que será o clima mais frio das últimas décadas no centro-oeste do país, sobretudo em Dakota, Minnesota, Iowa, Wisconsin e no norte de Illinois.

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Por quê?

Por quê?

A impunidade leva à repetição do delito e a corrupção é insustentável: duas lições óbvias que teimamos em não aprender. Quando pensamos em Brumadinho, é inevitável relembrar que há três anos aconteceu o pior crime ambiental do Brasil, que este crime continua impune e que havia corrupção da grossa envolvida. O rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, também em Minas Gerais, matou 19 pessoas e o Rio Doce, mas ninguém foi responsabilizado criminalmente ainda; e a Samarco, uma joint venture da brasileira Vale com a empresa anglo-australiana BHP Billiton, só pagou 6% dos R$ 610 milhões em multas que lhe foram aplicadas. Se o vazamento desta vez foi menor – 12 milhões de m³ de rejeitos tóxicos contra 50 milhões de m³ do desastre de 5 de novembro de 2015 –, seu índice de letalidade foi muito maior: pode passar dos 300 mortos. Há uma dura verdade que devemos encarar: não aprendemos as lições acima porque, mesmo 196 anos depois de sua independência, o Brasil ainda é tratado como colônia extrativista. E a vida do cidadão brasileiro é o seu produto mais desvalorizado.

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Bombardeio de agrotóxicos

Bombardeio de agrotóxicos

É preciso respirar fundo e ouvir a música “Paciência”, do Lenine, para ler esta notícia: em nome de que o Ministério da Agricultura autorizou 28 agrotóxicos extremamente perigosos, como o Sulfoxaflor, que extermina insetos danosos à lavoura, mas também abelhas, fundamentais à polinização? Em 2018, já haviam sido registrados 450 agrotóxicos, sendo somente 52 de baixa toxicidade.

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Evidências

Evidências

Negando as aparências, disfarçando as evidências, Bolsonaro se apresentou ao mundo. Em sua primeira viagem internacional, o presidente discursou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Como a eloquência não é seu forte, fez um discurso relâmpago. Porém, mesmo falando pouco, exagerou um bocado: “Somos o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós”, disse ele. É um Brasil que só existe de sua boca para fora: hoje, somos campeões em desmatamento e na lista de países com maior percentual de áreas protegidas estamos no 52º lugar. Ah, e a Rússia tem uma área do tamanho do território brasileiro em florestas.

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Indígenas lutam na Justiça pela Funai

Indígenas lutam na Justiça pela Funai

Nós temos uma Constituição e, diferentemente de muita gente por aí, os povos indígenas sabem usá-la. Eles estão procurando a Justiça para tentar reverter a Medida Provisória 870/2019, assinada pelo presidente em 1º de janeiro. A MP tira da Funai a atribuição de demarcar suas terras e a transfere para o Ministério da Agricultura.

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A bicharada invade o Rio

A bicharada invade o Rio

A bicharada está invadindo o Rio de Janeiro. Ou seria o contrário? Outro dia, uma arara-vermelha, ave raramente vista em nossas florestas, foi vista sobrevoando a Avenida Rio Branco, no centro da cidade. Já teve até bicho-preguiça badalando pelo Leblon. Mas a verdade é que nós estamos invadindo a praia deles.

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Xingu no #DesafioDos10Anos

Xingu no #DesafioDos10Anos

Entramos no #DesafioDos10Anos! A imagem abaixo se refere à região da Volta Grande do Xingu, no Rio Xingu, no Pará, em 2007, antes de o rio ser desviado para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, e em 2017, depois do desvio. O Movimento É a Gota D’água já alertava para essa destruição desde 2011, questionando a construção deste monstrengo. Essa obra, que custou mais de R$ 30 bilhões, gerou impactos socioambientais na região, como a violação de direitos de indígenas e ribeirinhos e morte de milhões de peixes, comprometendo não só a renda como a própria alimentação da comunidade.

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O poder das palavras

O poder das palavras

Homens públicos precisam ter cuidado com o que falam. Uma frase mal-aplicada pode gerar confusão e, até mesmo, violência. Todo o estadista que se preze sabe disso. São princípios da arte de governar. Em apenas 15 dias do novo governo federal, houve quatro invasões em terras indígenas, em parte causados por declarações desastradas do governo. Pare só um minuto de ler e leve seu olhar à pequena indígena retratada acima. Viaje até sua infância e imagine como você se sentiria se um grupo entrasse no seu quintal, mudasse a disposição das coisas, revirasse o ambiente. Agora, se transporte para uma aldeia indígena. Por que lá “pode” haver invasão? Em nome de quê?

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O sapo Romeu encontra sua Julieta

O sapo Romeu encontra sua Julieta

Romeu finalmente conheceu sua Julieta. Mas ela não é fácil. Há 10 anos o anfíbio mais solitário do mundo, um sapo-aquático-de-sehuencas, esperava por companhia em uma instituição científica na Colômbia. Já se acreditava que ele fosse o último de sua espécie, até encontrarem uma fêmea na floresta. Criada livre, leve e solta, Julieta (abaixo) curte um agito; já Romeu (acima), que viveu a última década numa solitária de laboratório, não tem muito o que contar.

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Indígenas temem uma grande invasão

Indígenas temem uma grande invasão

Miriam Leitão esteve, em 2013, com o fotógrafo Sebastião Salgado em território Awá Guajá, no Maranhão, e testemunhou o drama vivido pelos povos indígenas locais. Não é de hoje que eles são vítimas do descaso do Estado; há tempos eles têm que defender suas terras praticamente sozinhos. Mas a situação pode ficar muito mais grave: lideranças indígenas maranhenses informaram à jornalista que grileiros estão planejando uma grande invasão. Eles se sentem encorajados, uma vez que a Funai saiu da alçada do Ministério da Justiça, que costumava mediar esse tipo de conflito. A instituição foi para a pasta da Agricultura, dominado pelos ruralistas.

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