Até o fim desta semana, o Supremo e o Senado devem decidir se terras indígenas de todo Brasil podem ter seus processos de...
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Catástrofe ambiental
Cheiro de Belo Monte no ar
Há uma grande diferença entre ambição e cobiça: a primeira pode ser uma coisa boa; a segunda, jamais. Exemplos práticos: o...
Tragédia anunciada aos quatro cantos
Por Gabriela Helena Borges* Eu morava no Recife e tinha 8 anos quando percebi que o córrego que corria em frente à minha rua...
Pedra cantada
No Brasil, profeta não arruma emprego; tudo é previsível. O que aconteceu em Brumadinho há três anos era pedra cantada. Pouco...
Quanto vale esta floresta?
Amazônia e mineração ilegal são como álcool e direção: não combinam. O último exemplo vem de Uiramutã, a 290 quilômetros de...
Brumadinho 1 ano
Quando a barragem da Mina do Feijão se rompeu, no dia 25 de janeiro de 2019, um mar de lama sobrepujou o córrego do Feijão. O...
Negligência
Onde eu nasci passa um rio Que passa no igual sem fim Igual, sem fim, minha terra Passava dentro de mim (Caetano Veloso)...
Vale diz não a proposta de contratação de assessoria independente para avaliar prejuízos em Brumadinho
Uma inversão de valores. A Vale disse não a uma proposta das famílias atingidas pelo desastre em Brumadinho de contratação de uma assessoria técnica independente. Ela teria como missão calcular os danos provocados pelo rompimento da barragem da mineradora.
Óleo vaza na Baía de Guanabara
Os catadores de caranguejo no extremo norte da Baía de Guanabara de repente ficaram sem trabalho no último sábado. Milhares de litros de óleo foram derramados no Rio Estrela, que, bem próximo dali, deságua na Guanabara, à altura da cidade de Magé. O curso d’água e a baía tiveram seus mangues devastados naquela região.
CFCs voltam a ameaçar camada de ozônio
Está vazando gás. Estamos conseguindo tapar o buraco na camada de ozônio graças ao Protocolo de Montreal, o mais bem-sucedido acordo ambiental da história. Mas a volta à atmosfera dos CFCs, gases que eram usados em refrigeração e foram banidos pelo tratado, está deixando a comunidade científica em alerta.
A lição de Mariana não foi aprendida
Vamos deixar que esqueçam Mariana? Há três anos aconteceu o maior crime ambiental do país: o rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, que deixou mortos o Rio Doce e 19 pessoas. A lição, porém, não foi aprendida. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), 45 barragens do Brasil correm o risco de ruptura.
Barcarena está cercada
A agressão da Hydro/Alunorte contra Barcarena se revelou só a ponta do iceberg. Desde que um polo industrial se instalou na região, acidentes ambientais são constantes: foram registradas 17 ocorrências de 2000 a 2015.
Barragem: pesadelo sem fim
Pesadelo sem fim. Uma barragem quatro vezes maior do que a do Fundão, que matou 19 pessoas e o Rio Doce, pode ser construída em Minas Gerais. Não bastasse isso, os moradores de Conceição do Mato Dentro já sofrem com seca do Rio Santo Antônio e estão recebendo ameaças de morte.
Um ano de extremos
Instabilidade e variações ao longo do ano. Diante da avalanche de leis semeada pela bancada ruralista no Congresso, o estrago socioambiental foi até pequeno. Estrago real e muito maior quem mostrou, de fato, foi a natureza, revoltada com nosso descaso.
Negligência virou fatalidade em Mariana
Uma “fatalidade” sobre a qual não se tem controle. É assim que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, vê o maior desaste ambiental do Brasil, o rompimento da barragem da Vale/Samarco, em Mariana. Morreram 19 pessoas e o Rio Doce, e vilas inteiras foram destruídas. E não foram vítimas do azar, como ele quer, mas do descaso, da irresponsabilidade, da cobiça e da negligência.
Mariana soterrada por um Pão de Açúcar
Um Pão de Açúcar de lama. Esta foi quantidade de rejeitos tóxicos que vazou da Barragem do Fundão na região de Mariana, em Minas Gerais. Ou 43,7 milhões de m³ de irresponsabilidade, que mataram o Rio Doce e 19 pessoas.
Seca é desastre ambiental
Não deixe o seu cariri nem no último pau-de-arara, porque a falta d’água é geral. Para o IBGE, a seca é o maior desastre ambiental do Brasil. Segundo um estudo lançado hoje pela instituição, ela atingiu metade dos municípios do país, de Norte a Sul, entre 2013 e 2017.
O clima está ruim para todo mundo
O clima está ruim para todo mundo: enquanto a tempestade Harvey devasta o Texas, nos Estado Unidos, a Europa bate recordes de calor, Serra Leoa chega a mais de mil mortos em deslizamentos e enchentes, no Brasil 1.296 cidades estão em estado de emergência, seja pela chuva ou pela seca, e Nepal (foto), Índia, Bangladesh estão debaixo d’água. E dessa vez não tem El Niño, La Niña ou nenhum outro fenômeno natural como desculpa.
O buraco da mineração é mais embaixo
Quer que a gente desenhe o tamanho do estrago causado pela mineração a céu aberto e o que ganhamos em troca? Nesta foto do artista plástico Dillon Marsh, a esfera no centro representa todo o cobre retirado dessa cratera na mina Palabore, na África do Sul. E o buraco é só o dano visível, pois a atividade ainda libera substâncias tóxicas na terra, no ar e na água. Já pensaram numa tragédia de Mariana de proporções amazônicas?
Secas e inundações afetam 55,7 milhões no Brasil
É um estrago da gota serena: em quatro anos, secas e inundações afetaram 55,7 milhões de pessoas no Brasil (mais de um quarto da população) e causaram um prejuízo de R$ 36 bilhões. Os dados, referentes ao período de 2013 a 2016, são do novo relatório da Agência Nacional de Águas.
Seca na Amazônia teve a mão do homem
Não dá mais pra fingir que a gente não tem nada a ver com isso: a seca na Amazônia de 2016, a pior em 100 anos, teve a mão do homem. Segundo um estudo da Universidade de Connecticut, publicado na Scientific Reports, o desmatamento e o aquecimento provocado pela emissão de CO2 contribuíram decisivamente para a falta de chuvas na região.
A Justiça tarda e falha com Mariana
O processo que julga os responsáveis pela maior tragédia ambiental do país está paralisado, por determinação do juiz Jacques de Queiroz Ferreira, da comarca de Ponte Nova (MG). Ele também corre o risco de ser anulado a pedido da defesa, sob a alegação de que houve ilegalidade na quebra de sigilos telefônicos nas investigações.
O Brasil continua pegando fogo
Uma chama que, infelizmente, não se apaga: já foram registradas mais de 9 mil queimadas no país entre janeiro e maio, um número 12% maior que o mesmo período no ano passado. É um dado especialmente preocupante se levarmos em conta que as temporadas de incêndios dos dois últimos anos foram os maiores da história.
O melhor amigo da floresta
No Chile, três cadelas da raça Border Collie estão ajudando a replantar uma área devastada pelo fogo no início do ano. E elas fazem isso brincando, enquanto correm pela área devastada carregando às costas mochilas recheadas de sementes.
Mariana: dois anos como um dia
Parece que foi ontem. A tragédia de Mariana está fazendo dois anos, mas para as vítimas do maior desastre ambiental do país, é como se tivesse se passado só um dia: ninguém foi julgado, indenizações não foram pagas, o Rio Doce continua morto e cerca de mil pessoas ainda não receberam suas novas casas.
Sirene climática
O número de municípios brasileiros que decretaram situação de emergência por causa de eventos climáticos extremos cresceu 35% no primeiro semestre de 2017 em relação ao ano passado. O Nordeste é a região mais atingida, castigada pela seca e também pela chuva, que deixou milhares de desabrigados em Alagoas e Pernambuco, em maio.
Nova Zelândia bane a exploração de petróleo e de gás em seus mares
A Nova Zelândia faz história e decide banir a exploração de petróleo e de gás em seus mares. O governo neozelandês pôs uma área marinha de pelos menos 4 milhões de km² fora dos limites de qualquer nova exploração de combustíveis fósseis.
Já danificamos 75% da Terra
Destruição em massa: atividades humanas já danificaram 75% da superfície terrestre, segundo o relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). Até 2050, este índice deve chegar a 90%.
Estão botando fogo no Brasil?
A pergunta é pertinente. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) o número de incêndios em setembro já superou em 52% o do mesmo período do ano passado. Segundo o Programa de Queimadas e Incêndios do órgão, esse aumento não pode ser atribuído somente ao clima seco ou a causas naturais.