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Bombardeio de agrotóxicos
É preciso respirar fundo e ouvir a música “Paciência”, do Lenine, para ler esta notícia: em nome de que o Ministério da Agricultura autorizou 28 agrotóxicos extremamente perigosos, como o Sulfoxaflor, que extermina insetos danosos à lavoura, mas também abelhas, fundamentais à polinização? Em 2018, já haviam sido registrados 450 agrotóxicos, sendo somente 52 de baixa toxicidade.
Veneno na mesa dos outros é refresco
Banidos de outros países, os agrotóxicos são consumidos por boa parte da população brasileira. Em 2017, 60 mil toneladas de itens como paraquate, atrazina e acefato foram lançados nas plantações do país. A Europa concentra as sedes das principais empresas do segmento de pesticidas, mas o uso de vários desses produtos são proibidos por lá.
PNaRA contra o PL do Veneno
Empatamos o jogo nos acréscimos: a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRa) foi aprovada no dia 4/11, em uma Comissão Especial da Câmara. Com o anúncio da deputada Tereza Cristina, defensora do PL do Veneno, para o Ministério da Agricultura, esta é uma chance de a gente virar o jogo e garantir uma alimentação mais saudável no futuro.
Famílias de Santa Maria ganham ação por uso irregular de agrotóxicos
Em Santa Maria se faz, em Santa Maria se paga. A Justiça Federal do Rio Grande do Sul condenou a União a pagar indenização a famílias da cidade gaúcha, por uso irregular de agrotóxicos. O delito aconteceu numa área que pertence à Aeronáutica e foi arrendada para o cultivo de soja.
Agronegócio faz água render pouco
Damos pouco valor à nossa maior riqueza. O Brasil é depositário de 20% da água potável do mundo, mas gastamos em média seis litros para gerar R$ 1 no PIB do país. E segundo o IBGE, quem mais gasta é justamente quem menos rende: a agropecuária.
Um Acre a mais e mais veneno
Mais terra, menos gente e mais veneno. Segundo o Censo Agropecuário 2017 do IBGE, em 11 anos a área ocupada por propriedades rurais no Brasil cresceu 16,5 milhões de hectares, o equivalente ao estado do Acre. Mas isso não significou mais geração de empregos: com a mecanização da produção, 1,5 milhão de trabalhadores deixaram o campo.
Censo do IBGE acusa trabalho infantil no campo
Trocando o lápis e o caderno pela enxada: segundo o Censo Agropecuário 2017 do IBGE, há cerca de 588 mil crianças com menos de 14 anos trabalhando no setor. É bom lembrar que, por lei, qualquer tipo de trabalho é proibido nessa faixa etária.
Agrotóxicos a granel
Subsídio mortal. Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde: em 2017, foram registrados 4.003 casos de intoxicação por agrotóxicos em todo o país, quase 11 por dia, sendo que 164 pessoas morreram. Em dez anos esses números praticamente dobraram: foram 2.093 casos em 2007.
O campo à mercê da intoxicação aguda por agrotóxicos
O veneno bate à porta. Foi divulgado hoje (20/7) um estudo que registra casos de intoxicação aguda por agrotóxicos em sete comunidades rurais, entre elas quilombolas e indígenas, de sete estados do Brasil. Para a pesquisa, 73 pessoas foram entrevistadas. Entre os sintomas relatados, estão vômito, diarreia, dormência, irritação nos olhos, dor de cabeça e tontura.
Um tomatinho contra o PL do Veneno
Esse tomatinho aí pode ser um santo remédio contra o PL do Veneno. Desenvolvido pela Embrapa, a variedade batizada como BRS Zamir, é enriquecida com licopeno. Isso faz dela mais nutritiva e resistente a pragas. O novo tomate também não é transgênico.
Pequeno produtor alimenta o Brasil
O agronegócio ganha as manchetes e leva os tapinhas nas costas, mas quem bota comida na mesa do brasileiro ainda é o pequeno produtor. Segundo o IBGE, 70% dos alimentos consumidos no país vêm da agricultura familiar, que também gera 74% dos empregos no campo.
Desmatamento x Desperdício
Antes de desmatar, vamos botar na ponta do lápis quanto realmente precisa de pasto e de plantação? Porque o desperdício de comida no Brasil é grande. Só os supermercados perdem R$ 7,1 bilhões por ano com comida jogada no lixo.
Um ano de extremos
Instabilidade e variações ao longo do ano. Diante da avalanche de leis semeada pela bancada ruralista no Congresso, o estrago socioambiental foi até pequeno. Estrago real e muito maior quem mostrou, de fato, foi a natureza, revoltada com nosso descaso.
Governo quer incrementar menu de agrotóxicos
O que mata engorda. O brasileiro consome cinco litros de agrotóxicos por ano, incluindo neste cardápio produtos proibidos em vários países. Entre 2002 e 2012, o uso de pesticidas e herbicidas mais que dobrou no Brasil, crescendo 115%. E o menu pode aumentar consideravelmente, pois o governo preparou um novo livro de receitas que vai mudar regras para registro de novas substâncias. Vamos engolir isso?
Agrotóxico perdeu a validade
Não basta abusar da dose e contrabandear produtos proibidos no Brasil: tem agricultor usando agrotóxico com prazo de validade vencido na comida que chega às nossas mesas. Todos os dias, oito brasileiros são intoxicados por pesticidas e herbicidas, sendo que só um a cada 50 casos é registrado. Se o veneno bom (sic) já é um problema, imaginem o estragado?
5 mil vezes mais agrotóxicos
Numa coisa o brasileiro é mais liberal do que o europeu: no uso de agrotóxicos – a gente não disse que era numa coisa boa. Às vezes, até 5 mil vezes mais, como no caso do nível máximo permitido de contaminação da água. No caso do feijão nosso de cada dia, a lei brasileira permite o uso de quantidades 400 vezes maiores do que na Europa.
Retrocesso indigesto
Enquanto a União Europeia decidiu banir mais agrotóxicos de seu cardápio, o Congresso trama engrossar o nosso. A Comissão especial que analisa o Projeto de Lei 6299/02, conhecido como PL do Veneno, se reúne na próxima terça (dia 8), para decidir se o levará à votação no plenário.
Mais agrotóxicos na salada
Salada se tempera com azeite e vinagre, não com Benzoato de Emamectina. A substância, proibida no Brasil desde 2010, foi liberada no apagar das luzes do ano passado. E podem botar mais veneno em nossa mesa se o Projeto de Lei (PL) 6299/02, que flexibiliza a o uso de agrotóxicos no Brasil for aprovado no Congresso Nacional. A votação na comissão especial pode acontecer hoje. Depois, ela segue para o plenário da Câmara.
PL do Veneno vai para o segundo tempo
Acabou o primeiro tempo: o PL do Veneno vai à votação em Plenário. Os defensores do projeto que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil saíram na frente, mas ainda dá para virar o placar. Para isso, todos nós vamos ter que entrar em campo. Temos um reforço de peso: a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA), uma iniciativa popular que tem como finalidade implantar medidas para reduzir gradualmente o uso de pesticidas no país.
PL do Veneno: votação a jato
A próxima reunião de comissão especial da Câmara que analisa o PL do Veneno já foi marcada para segunda (25). Enquanto isso, há 5 anos a Syngenta e a Aerotex pulverizaram pesticida sobre uma escola em Goiás, contaminando 92 pessoas, e até hoje não foram punidas.
Não se vive sem comida, mas também não se vive sem água
Não se vive sem comida, mas também não se vive sem água e nem se produz comida sem água. Segundo um relatório que a FAO acabou de divulgar, a agropecuária é a atividade primária que mais contamina os recursos hídricos do planeta. Logo, estamos numa sinuca de bico e precisamos sair dela.