Se é aquecimento global, por que nevou no Saara?
Sempre tem alguém para perguntar: se é aquecimento global, por que nevou no Saara? Bom, porque não se pode analisar um fenômeno isolado. Na Austrália, por exemplo, os termômetros marcaram 46°C, coisa que não acontecia há décadas.
Refresco no clima e na conta de luz
A indústria de ar condicionado cresce de 10% a 15% por ano no Brasil. E além de contribuir com o aquecimento global, também está aumentando o consumo de eletricidade no país. Investindo-se em tecnologias com maior eficiência energética, é possível reduzir também a conta de luz.
Pequeno produtor alimenta o Brasil
O agronegócio ganha as manchetes e leva os tapinhas nas costas, mas quem bota comida na mesa do brasileiro ainda é o pequeno produtor. Segundo o IBGE, 70% dos alimentos consumidos no país vêm da agricultura familiar, que também gera 74% dos empregos no campo.
Nova York contra as mudanças climáticas
É guerra: Nova York toma uma decisão histórica e vai entrar na Justiça contra as maiores petrolíferas do mundo, por causa dos efeitos das mudanças climáticas. A cidade também vai tirar dinheiro que investiria na indústria de combustíveis fósseis. Nova York foi atingida pelo furacão Sandy em 2012 e tem sido vítima de constantes inundações.
Um alívio imediato para o clima
Mais de cem países manifestaram seu apoio pela aprovação de uma emenda “ambiciosa” ao Protocolo de Montreal. Caso seja aprovada, ela poderá reduzir em de 100 a 200 bilhões de toneladas as emissões de gases do efeito estufa até 2050, e esta redução poderá ser ainda maior caso se invista em tecnologias com maior eficiência energética.
Natureza e direitos sitiados
O cerco está se fechando. Em 5 de junho se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas não há muito o que celebrar: a natureza e os direitos dos povos tradicionais estão sitiados. Projetos de Lei, Medidas Provisórias e Propostas de Emenda Constitucionais chegam ao Congresso como um rolo compressor: se um é reprovado, outro similar é proposto no lugar. É preciso ficar atento para proteger todos os lados.
Conquistas e desafios
O ano que passou foi tão disputado no campo socioambiental que teve prorrogação: muitas decisões importantes ficaram para 2018. Empenhamos tanto esforço que até esquecemos de agradecer a todos os que estiveram do nosso lado até o apito final e de celebrar as novas parcerias firmadas. E nada como celebrar vitórias e demonstrar gratidão para ganharmos novos fôlego e entusiasmo para os muitos desafios que temos à frente.
Desmatamento x Desperdício
Antes de desmatar, vamos botar na ponta do lápis quanto realmente precisa de pasto e de plantação? Porque o desperdício de comida no Brasil é grande. Só os supermercados perdem R$ 7,1 bilhões por ano com comida jogada no lixo.
Ano novo, camada de ozônio nova
A primeira semana de 2018 terminou com uma boa nova: a Nasa anunciou que cientistas conseguiram demonstrar que a destruição da camada de ozônio está diminuindo. Medições feitas por satélite comprovam que a proibição do uso de clorofluorocarbonetos (CFCs) foi fundamental.
Cadê o Brasil nessa lista?
A Casa Branca anunciou esta semana que mais de 100 países (entre eles EUA, Argentina, Chile, Colômbia, os 28 membros da União Europeia e os 54 países da África) reunidos hoje em Nova York estão pleiteando uma emenda “ambiciosa” ao Protocolo de Montreal para a redução e a eliminação graduais do uso de HFCs.
Malala se conecta à juventude indígena
A mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz (aos 17 anos, em 2014) anunciou ontem que três brasileiras passam a integrar a Rede Gulmakai. Entre elas, está Ana Paula Ferreira de Lima, coordenadora da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí).
Internet aquece a Suécia
Na Suécia, tudo se transforma. Outro dia, falamos que o país tira boa parte da energia que consome do lixo. A novidade agora é que os suecos estão usando o calor da Internet para aquecer casas.
Dá um refresco!
A eliminação ou uma redução substancial no uso do HFC em aparelhos de refrigeração nos ajudariam a cumprir mais rapidamente as metas do Acordo de Paris. Isso representaria menos 0,5° C na temperatura média global até 2100.
A água está com falta de ar
É serio. Segundo um estudo publicado hoje na revista Science, a perda de oxigênio no oceano quadruplicou em 50 anos. O aumento da temperatura global e a poluição são os principais responsáveis pelo sufoco.
PCHs: presente de grego
“Fase de grandes hidrelétricas chega ao fim”, diz a manchete do jornal “O Globo”. Seria uma ótima notícia, caso não viesse a reboque um presente de grego: a provável para a proliferação das chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
Energia sem fumaça é mais em conta
Não tem mais desculpa: já é mais barato produzir eletricidade usando o sol e o vento do que combustíveis fósseis. O relatório “Fim da ocupação do carvão e do gás?” compara os custos de geração de energia de quatro usinas recém construídas: de carvão, gás, eólica e solar.
Munduruku fazedores de cabeça
Os Munduruku já foram ferozes caçadores de cabeça, mas hoje são sábios fazedores de cabeça. Souberam, como poucos, adaptar-se aos novos tempos. E há muito mais a aprender com eles. Que em 2018 tenhamos sua sabedoria para entender que temos muito a ganhar com o conhecimento deles também.
Não existe jogar ‘fora’
A partir de 1º de janeiro de 2020, pratos, copos e talheres de plástico serão proibidos na França. Para substituí-los, serão propostos utensílios 50% compostos por matérias-primas provenientes de fontes renováveis.
Imigrantes do clima
Esse mundão de meu Deus pode ficar pequeno demais para nós todos. As mudanças climáticas podem obrigar a Europa a receber até um milhão de novos imigrantes por ano. Ondas de calor, inundações e a elevação do nível dos mares podem tornar inabitáveis muitas regiões do globo – e até mesmo fazerem países desaparecerem.
Da Vinci ecológico
Renascentista ecológico. Que Leonardo da Vinci (1452-1519) estava muito à frente de seu tempo nas artes, ciências e tecnologia, todos já sabemos. Agora, graças ao trabalho dos espanhóis Juan Barja e Patxi Lanceros, descobrimos também que ele já se preocupava com o meio ambiente.
Não fosse o Protocolo de Montreal, estaríamos fritos
Graças a ele, vamos conseguir tapar o buraco na camada de ozônio até 2065. E uma simples emenda ao tratado, que será discutida em outubro, em Kigali, Ruanda, poderá nos ajudar a resolver outro problema: o aquecimento global.
Indígenas do novo milênio
A chamada Geração Z, nascida e/ou criada neste início milênio, vai pela primeira vez às urnas numa eleição nacional. E com poder de decisão: segundo projeções do IBGE, jovens entre 16 e 24 anos representam 19,2% do total de eleitores potenciais. É uma turma alfabetizada pela linguagem digital, conectada com o mundo. Cerca de 170 mil indígenas dessa geração terão idade para votar pela primeira vez este ano. O que eles querem? Que mundo sonham em ajudar a construir?
Um ano de extremos
Instabilidade e variações ao longo do ano. Diante da avalanche de leis semeada pela bancada ruralista no Congresso, o estrago socioambiental foi até pequeno. Estrago real e muito maior quem mostrou, de fato, foi a natureza, revoltada com nosso descaso.
Cobertor curto
Os HFCs, hoje usados em aparelhos de refrigeração, vêm se mostrando eficazes para a recuperação da camada de ozônio.
Mas apresentam um efeito colateral: contribuem para o aquecimento global. Mas não esquente a cabeça: é possível reverter isso com uma simples emenda no cobertor chamado Protocolo de Montreal.
Bola de beber
A startup inglesa Skippink Rocks Lab criou uma solução original para as grandes poluidoras do planeta: as garrafas pet. Eles colocaram a água em bolas comestíveis e biodegradáveis que, quando colocadas na boca, liberam o líquido.
Uma herança ameaçada
Uma reserva florestal de 39 mil hectares, criada com o apoio da freira americana Dorothy Stang, foi invadida há um mês por cerca de 200 famílias e está sendo rapidamente desmatada.
Uma resposta sob nossos pés
Os solos são o segundo maior reservatório de carbono do planeta, ficando abaixo apenas dos oceanos. Mas atividades como desmatamento e agricultura industrial degradaram 40% das terras agricultáveis no mundo.
Plásticos causam alterações hormonais
Estamos nos contaminando até quando tomamos banho. O uso em excesso de plásticos e cosméticos, como o sabonete, pode causar alterações hormonais e outras doenças. E esses distúrbios podem levar ao câncer. A USP examinou a urina de 300 crianças e detectou níveis altos de substâncias tóxicas em metade das amostras.
Mãozinha para sobrevivência
As tartarugas da Amazônia estão entre as espécies preferidas dos caçadores, atrás de seus couro e carne. Para complicar, apenas 1% dos filhotes sobrevive.
Guerra de canudos
Não há lugar para nós e eles no planeta. Por isso foi declarada a guerra de canudos. E não há neutralidade possível nessa briga: mesmo nas montanhas mais remotas da Suíça foram coletadas 50 toneladas de micropartículas de plástico. Foi encontrado plástico a 10 mil metros de profundidade, na Fossa das Marianas, e no chamado Ponto Nemo, a região do oceano mais distante de ilhas ou continentes. Nem o Ártico e a Antártida escapam de seus tentáculos.