Jogamos pelo ralo os investimentos em saneamento básico. O Instituto Trata Brasil calcula que o país perde, por ano, R$ 56,3 bilhões por não ter levado ainda ao seu território a universalização desse serviço. Os critérios para se chegar a esse (imenso) valor vão muito além dos empregos gerados no setor.
Por exemplo: na conta entram desde a valorização imobiliária das áreas saneadas, passando pela diminuição de doenças causadas pela má qualidade da água e chegando aos ganhos com o turismo. Santa matemática, Batman!
Um projeto de turismo foi implantado no Quilombo Ivaporunduva, com os objetivos de gerar renda extra para a comunidade, que tira a maior parte do seu sustento da terra, e ajudar a divulgar a história dos quilombolas no Brasil.
Apesar de o senso comum dizer que a Amazônia é um território intocado, na verdade ela é fruto de milênios de cultivo de povos originários. A floresta foi “construída”, como um imenso monumento verde.
Segundo um estudo liderado pela bióloga Carolina Levis, foi o manejo dos indígenas pré-colombianos que espalhou por grandes porções do bioma alimentos como o cacau, a castanha-do-Pará, o açaí e a mandioca.
Estima-se que esses povos tenham domesticado 85 espécies de árvores Amazônia afora. Em alguns casos, as espécies alteradas pela atividade humana são dominantes na mata.
Seja num prato de aipim frito ou no chocolate da sobremesa, nossa gastronomia tem história – e é indígena!
A Constituição de 1988 consagrou aos quilombolas o direito às suas terras. Entretanto, os processos de demarcação e de titulação andam a passos lentos.