Até o planeta está zonzo com tanto calor. Está pensando que é brincadeira? Pois a Nasa acaba de divulgar um estudo que aponta que as mudanças climáticas estão afetando o eixo de rotação da Terra.
O desequilíbrio vem sendo causado, entre outras razões, pelo degelo nos polos. Só a Groenlândia perdeu 7,5 bilhões de toneladas de gelo continental. Ao longo do século 20, o eixo se deslocou 10 metros. Vamos dar um refresco para o planeta?
A maioria das espécies de primatas do mundo corre risco de extinção. A população de lêmures de cauda anelada, famosos pelo filme “Madagascar”, está reduzida a alguns poucos milhares de animais. E os gibões de Hainan (foto), a menos de 30.
Os maiores vilões dessa história são o comércio ilegal de animais e a destruição de seu habitat. Nosso papel para evitar a tragédia que se anuncia não é nenhuma novidade.
Precisamos combater a pobreza e práticas danosas ao meio ambiente.
Começou ontem (24/1/17), em Macapá (AP), uma expedição do Greenpeace Brasil com ambientalistas e pesquisadores para explorar um ecossistema descoberto há menos de um ano: um recife de corais com área total de 9.500 km², que se estende do Maranhão ao Amapá, na foz do rio Amazonas.
Mas, para estudá-lo, precisamos que o coral permaneça lá. Por isso, o Greenpeace organiza uma petição para que as petroleiras Total, Queiroz Galvão e BP desistam de blocos de prospecção naquela mesma região.
Vamos assinar e ajudar pesquisadores a entender melhor um ecossistema tão inusitado, em vez de colocá-lo em risco por mais petróleo?
A temperatura dessas eleições está alta e a decisão das urnas pode fazer ela subir mais ainda – literalmente. Já parou para pensar no impacto que o seu voto tem no clima e na economia? Então, tenha muita frieza e cuca fresca na hora de escolher. O desmatamento é a segunda maior causa das mudanças climáticas. Que providências os candidatos à Presidência planejam tomar para detê-lo e cumprir as metas do Acordo de Paris? É para ontem, pois na Amazônia ele está prestes a atingir o seu limite irreversível; a partir daí, a maior floresta tropical e com maior biodiversidade do mundo pode se transformar numa savana quase sem vida.
Como eles pensam em explorar nossos recursos naturais causando o menor dano ambiental possível e surfar na onda do desenvolvimento ambiental, gerando ainda mais riquezas e empregos? É um mercado em plena expansão: a capacidade de geração de energia solar no mundo aumentou 54% em um ano, e mais do que triplicou em três. Esta será a fonte de energia mais barata em menos de uma década. Já a Dong Energy, gigante do carvão e do petróleo dinamarquesa, mudou de nome e de ramo: agora se chama Ørsted e acaba de inaugurar o maior parque eólico marinho do mundo. Em cinco anos a Europa vai dominar ¼ da produção global de energia eólica. Mesmo a Petrobras já começa a se aventurar por esses mares.
O dinheiro para essa transição de modelo econômico começa a chegar. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) acaba de captar US$ 100 milhões para investimentos em energia renovável, em parceria com o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JIBC). Como será aplicado por nosso futuro governante? Entidades como o Observatório do Clima, o Instituto Socioambiental – ISA e o Greenpeace Brasil, e diversos órgãos de imprensa analisaram as propostas para a área dos programas de governo dos candidatos à Presidência. É um privilégio poder contar com informação de tamanha qualidade num momento tão conturbado, nessa guerra em que versões e opiniões se sobrepõem aos fatos. Para quem se preocupa com o futuro, mais do que nunca é preciso pensar no verde antes de apertar o verde.
Mesmo que já sintamos os efeitos das mudanças climáticas e que o tema seja fundamental para planejar o crescimento econômico do país, ele não tem recebido a devida atenção no debate eleitoral. O Greenpeace Brasil descobriu casos mais graves, como o do candidato que se compromete a extinguir o Ministério do Meio Ambiente e enfraquecer órgãos de fiscalização a crimes ambientais, como o Ibama, além de avançar sobre áreas protegidas, principalmente as Terras Indígenas.
Na análise feita pelo Observatório do Clima, os candidatos apresentam em seus programas de governo apenas ideias genéricas para enfrentar o problema. É preciso, por exemplo que haja uma revisão dos compromissos climáticos assumidos pelo Brasil, para reavaliar nossas metas para o Acordo de Paris para 2025 e 2030, buscando evitar aquecimento global para além de 1,5°C.
O Brasil é o país com maior índice de desmatamento nos últimos 34 anos, segundo pesquisa da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, publicada na revista “Nature”; e entre agosto de 2017 e julho deste ano, ela aumentou 39% em relação ao período anterior, conforme estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
A situação, neste caso específico, é de emergência, já que a Amazônia está na UTI. Entre as propostas apresentadas pelo ISA para deter essa destruição, uma certamente é a mais lógica, por ser, comprovadamente, a mais barata e eficaz: concluir o mais rápido possível os processos territoriais que estão paralisados – Terras Indígenas, Quilombos, Parques e Reservas e de Áreas Públicas. Que candidato teria mais condições de cumprir essa meta? Demarcação e desenvolvimento sustentável, já: está aí um bom começo para começar a definir seu voto.
Uma Gota no Oceano saúda a Imperatriz Leopoldinense pelo enredo “Xingu – O clamor da floresta” e pede passagem para a ala Mexeu com o Índio, Mexeu com o Clima neste Carnaval.
Terra Indígena é sinônimo de floresta preservada, que é sinônimo de clima estável, que faz da agricultura um negócio produtivo.
Harmonia nota 10: não há inimizade entre as escolas de samba porque a Avenida é de todas e o espetáculo só é bonito por que cada uma delas tem algo diferente a oferecer. Vamos levar essa harmonia da passarela do samba para o campo?