Enquanto manchetes da crise econômica nos apresentam um futuro sombrio, alguns setores da economia surgem como uma luz no fim do túnel.
E, nesse caso, a luz vem do vento.
O Brasil finalmente está começando a explorar o seu imenso potencial eólico e o resultado disso pode ser traduzido em números: “40 mil empregos gerados, 11 fábricas instaladas – com demanda crescente de mão de obra especializada – e R$ 6 bilhões de investimentos previstos por conta dos leilões de energia já realizados.”, segundo artigo do jornalista André Trigueiro, no G1.
E se a crise serve para alguma coisa é para nos mostrar que os modelos de desenvolvimento estão mudando.
Segundo a InfoAmazonia, o número de alertas de desmatamento na Amazônia subiu 68% entre agosto de 2014 e julho de 2015, em relação ao mesmo período entre 2013 e 2014.
E o número, que já é o maior dos últimos 6 anos, ainda pode aumentar.
A conta funciona mais ou menos assim, quanto menos terras indígenas são homologadas mais partes da floresta são destruídas.
Ainda acha que não tem nada a ver com isso? É melhor pensar de novo.
Via: Observatório do Clima
Foto: Greenpeace Brasil
A costa leste dos Estados Unidos está soterrada sob a neve e a culpa é do calor. Um estudo publicado no Nature Communications, baseado numa análise de dados dos últimos 65 anos, relaciona diretamente as temperaturas cada vez mais quentes no Ártico – até 10°C acima da média do inverno – com o aumento do frio no país.
“As mudanças climáticas estão levando as baixas temperaturas do Polo Norte para regiões temperadas. É um fenômeno anunciado, severo e perigoso”, disse Jennifer A. Francis, física atmosférica da Universidade Rutgers, uma das autoras do estudo. Tá quente? Tá frio!
O Brasil fez História por linhas tortas. A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o país por violação do direito dos Xukuru à propriedade coletiva e à garantia de proteção judicial. É uma decisão histórica do tribunal, baseado em San José, na Costa Rica.
Segundo a Corte, o Brasil não atuou em “um prazo razoável” para demarcar o território Xukuru, em Pernambuco. O Estado demorou 16 anos, de 1989 e 2005, para reconhecer, titular e demarcar as terras – uma violação ao direito do povo indígena à propriedade coletiva de seu território.
Os Xukuru foram assessorados no processo pelo Conselho Missionário Indigenista (Cimi), pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) e pela Justiça Global. Mais uma vez os povos indígenas nos mostram que vale a pena lutar por seus direitos. Mas é uma vitória com gosto amargo para os Xukuru, cidadãos brasileiros como nós.