Discurso de Ailton Krenak no Congresso

Discurso de Ailton Krenak no Congresso

Há 27 anos, a Assembleia Nacional Constituinte foi marcada pela defesa da Emenda Popular da União das Nações Indígenas. No dia 4 de setembro de 1987, Ailton Krenak, o porta-voz do emergente movimento indígena, fez um discurso histórico e conseguiu reverter o clima anti-indígena naquela legislatura do Congresso Nacional. O pronunciamento contundente de Krenak foi decisivo para a aprovação dos artigos 231 e 232 da Constituição Federal de 1988 pelos parlamentares constituintes.

Agrofloresta: tudo o que a gente queria ouvir!

Agrofloresta: tudo o que a gente queria ouvir!

Agricultura e preservação do meio ambiente podem e devem andar de mãos dadas. A técnica desenvolvida pelo fazendeiro Ernest Gotsch usa a natureza como inspiração para recuperar solos degradados e transformá-los em agroflorestas ricas em alimentos e biodiversidade.

Danos abissais

Danos abissais

Os danos que temos causado aos oceanos não são somente os visíveis, a sujeira que boia à superfície: o fundo do mar também não está para peixe. Um estudo da Universidade de Aberdeen, na Escócia, revelou que a sujeira que produzimos chegou às regiões mais remotas do planeta. Foram detectados altos níveis de poluição nas fossas de Kermadec e das Marianas, no Oceano Pacífico, a 10 mil metros de profundidade. A contaminação por poluentes orgânicos persistentes (POPs) foi identificada em crustáceos recolhidos naquelas zonas abissais. E essa não é a única notícia preocupante que nos chega dos sete mares.

A vida marinha está com falta de ar: segundo cientistas alemães, a quantidade de oxigênio dissolvido nos oceanos caiu 2% nas últimas cinco décadas. O número pode não parecer grandes coisas, mas mesmo pequenas variações são capazes de provocar estragos permanentes em ecossistemas de equilíbrio frágil, como o mar – podem até causar a extinção de espécies. Os pesquisadores do Helmholtz Centre atribuem ao aquecimento global 15% dessa perda. Funciona assim: a temperatura do oceano sobe e o gás escapa com mais facilidade, como numa garrafa de refrigerante quente.

A outra ameaça submarina repousa adormecida no Pacífico. E ela é bem grande. Pesquisadores da Universidade Queen Mary, na Inglaterra, descobriram um bolsão de metano que vai da costa da América Central ao Havaí. O gás é 25 vezes mais devastador para o clima do que o CO2. Por enquanto, é inofensiva, jaz entre 300 e 500 metros de profundidade; mas convém não cutucá-la com vara curta. Grandes agitações no oceano liberariam o gás para a atmosfera. A dragagem, a pesca de arrasto e a instalação de plataformas de petróleo podem despertá-la. Ou seja, como nos casos anteriores cabe a nós, juntos, evitar danos mais profundos.

É a Gota D’Água + 10

É a Gota D’Água + 10

Em 15 de novembro de 2011, foi lançado um vídeo  manifesto, É a Gota D’Água, questionando a maior e mais polêmica obra do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) do governo brasileiro: a Hidrelétrica de Belo Monte no Pará, que custou mais de R$ 30 bilhões e tem sua eficiência questionada por especialistas.

O Xingu é um rio de grandes variações e durante oito meses por ano praticamente seca. O rio também guarda a maior sociobiodiversidade da Amazônia. Em uma semana, a campanha reuniu um milhão de assinaturas e entrou para história da Internet.

 

Impactos socioambientais de São Luiz do Tapajós

Impactos socioambientais de São Luiz do Tapajós

O biólogo Jansen Zuanon, do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa), e o Procurador da República no Pará Felício Pontes Júnior chamam atenção para os graves impactos socioambientais que seriam causados pela construção da Usina de São Luiz do Tapajós. O rio, é o último grande afluente da margem direita do Amazonas a ainda correr livre. 

Imagens: Greenpeace Brasil

Edição: Uma Gota no Oceano

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