Não espanta ninguém que a indústria do petróleo seja a atividade que cause mais poluição ao planeta. Mas o segundo lugar dessa lista ingrata certamente vai pegar muita gente com as calças na mão: a moda.
Por exemplo: o poliéster, a fibra sintética mais usada na indústria, consome 70 milhões de barris de petróleo por ano. E demora 200 para se decompor.
Já o cultivo de algodão responde globalmente pelo uso de 24% de todos os inseticidas e 11% de todos os pesticidas.
Em cima dessas cifras impressionantes, há um problema maior.
A cultura de descarte que paira insistente sobre a moda potencializa muito toda a poluição originada na obtenção da matéria-prima.
Mas ninguém precisa andar pelado: reduzir, reaproveitar e reciclar são palavras de ordem para chegarmos a um consumo (bem) mais consciente e sustentável.
Jairo Saw, liderança Munduruku, fala como seu povo, outrora conhecido pelo hábito de cortar as cabeças de seus inimigos, adaptou este antigo costume aos dias de hoje.
Conheça mais sobre a cosmologia e a história Munduruku em texto do próprio Jairo Saw, historiador de seu povo.
O governo pretende tirar em breve do forno seus planos para facilitar a venda de terras no Brasil a estrangeiros. Aguardada com ansiedade por alguns membros da bancada ruralista, a mudança poderia reduzir o espaço para a demarcação de Terras Indígenas e a agricultura familiar, que produz hoje mais de 70% dos alimentos consumidos no país.
Há ainda um outro efeito colateral em jogo: a expansão da soja e da cana provocada pelo interesse estrangeiro no mercado global empurraria a pecuária ainda mais para a Amazônia, agravando a onda de desmatamento já em curso.
Será que vamos, mais uma vez, andar na contramão do clima?
Meses depois da maior tragédia ambiental do Brasil, um grupo de cientistas voluntários viajou à região de Mariana para analisar os impactos na água do Rio Doce.