Descobriram água em Marte, mas os americanos mantêm os pés na Terra: estão mais preocupados com a água daqui. Para eles, estudar as mudanças climáticas deveriam ser a prioridade da Nasa.
Em pesquisa da Bloomberg Businessweek, 43% dos entrevistados disse que monitorar o clima do planeta deve ser a principal atividade da agência espacial. Trump quer mandar astronautas a Marte, mas só 8% concordam com o presidente. Nosso planeta realmente precisa de toda a atenção agora.
A costa leste dos Estados Unidos está soterrada sob a neve e a culpa é do calor. Um estudo publicado no Nature Communications, baseado numa análise de dados dos últimos 65 anos, relaciona diretamente as temperaturas cada vez mais quentes no Ártico – até 10°C acima da média do inverno – com o aumento do frio no país.
“As mudanças climáticas estão levando as baixas temperaturas do Polo Norte para regiões temperadas. É um fenômeno anunciado, severo e perigoso”, disse Jennifer A. Francis, física atmosférica da Universidade Rutgers, uma das autoras do estudo. Tá quente? Tá frio!
Uma em cada duas cidades do Nordeste está em estado de emergência por causa da seca que a região já enfrenta há cinco anos.
O maior reservatório de água da região, Sobradinho, está com 7,1% de sua capacidade.
A atual é a pior seca nos últimos 100 anos, e afeta quase 100% do território nordestino.
Para além dos caminhões-pipa, um combate efetivo ao desmatamento e uma melhor governança dos rios na região dariam um alívio a essa situação calamitosa.
Se deixarmos de comer bife todos os dias durante dois meses, cada um de nós evitará o derretimento de 3 m² de gelo no Ártico.
Uma área igual será preservada na gélida região por cada pessoa que rodar 4.000 km a menos com seu carro a gasolina.
Os cientistas Dirk Notz, da Alemanha, e Julienne Stroeve, dos EUA, fizeram esses cálculos para nos ajudar a entender quanto a humanidade afeta o clima.
Rever hábitos pessoais não é solução única, mas, sim, complementar às ações em larga escala de acordo diplomáticos internacionais.