Toda a frota paulistana de ônibus deverá ser movida a combustíveis renováveis até 2018. Ao menos é o que diz a Lei de Mudança Climática do município, assinada em 2009.
Mas o cronograma está atrasado: hoje, menos de 9% dos quase 15 mil ônibus da cidade fizeram a migração.
A informação está no Dossiê Ônibus Limpo, da Greenpeace Brasil.
Está mais que na hora de a prefeitura fazer valer a letra da lei.
Uma comissão especial da Câmara dos Deputados pode dar aval hoje ao Projeto de Lei (PL) 1.013/11, que autoriza a fabricação e a comercialização de veículos leves (como carros de passeio) movidos a óleo diesel.
O relator do parecer favorável ao projeto, que será submetido a voto, é o deputado Evandro Roman (PSD-PR).
Em junho, formalizamos nossa posição contrária a esse retrocesso ao assinarmos um manifesto do Observatório do Clima.
Agora, faz-se necessário reiterar: incentivar o óleo diesel, um combustível fóssil amplamente poluente, é ir na contramão do Acordo de Paris. Não é isso que queremos para o nosso país e para o planeta!
O aquecimento da Terra chegou, nos primeiros nove meses de 2016, a cerca de 1,2º C acima da média pré-industrial.
A notícia foi dada hoje pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) na Conferencia Mundial do Clima da ONU (COP22), em Marrakesh.
Tudo se encaminha para que o atual seja confirmado como o ano mais quente desde o início dos registros.
Nesta semana decisiva da COP22, vamos ver o que proporão líderes mundiais diante da proximidade do limite de 1,5º C de aquecimento global defendido pelo Acordo de Paris.
A seca da Amazônia em 2014 e 2015 foi mais um reflexo das mudanças climáticas.
Este é um dos 79 eventos extremos entre 2011 e 2015 analisados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Há cada vez mais evidências relacionando ondas de calor, secas severas e chuvas intensas a alterações no clima pelo aquecimento global.
Apresentado na COP22, em Marrakesh, esperamos que o estudo leve os negociadores da conferência a costurarem ações urgentes e ambiciosas para o nosso planeta.
A eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA gera apreensão quanto ao futuro das ações climáticas americanas.
Mas a agenda global do clima não depende mais apenas de um país, como evidenciam as 102 ratificações que o Acordo de Paris já tem.
“Uma economia inteira baseada em energias renováveis está em movimento no mundo, e representa uma fatia crescente do PIB e da geração de empregos nos próprios EUA. As convicções pessoais de Trump terão, em alguma medida, de se enquadrar a essa realidade”, afirma Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.