Os estragos vistos de cima. A ONU Meio Ambiente e o Google anunciaram uma parceria para monitorar os impactos da atividade humana no planeta. O objetivo é fornecer subsídios para que governos e entidades invistam com mais segurança em políticas e projetos ambientais.
A princípio, o trabalho será focado em ecossistemas relacionados à água doce, como florestas, montanhas, rios, pântanos, aquíferos e lagos, que abrigam 10% das espécies conhecidas. Será que vendo as coisas de um novo ângulo a gente entenda a importância da proteção do meio ambiente?
Está acontecendo em Ruanda uma reunião internacional que vai definir o futuro do planeta. Na cidade de Kigali, as nações signatárias do Protocolo de Montreal vão incluir uma emenda ao tratado sobre o uso do gás HFC em aparelhos de refrigeração. Dependendo do seu grau de ambição, essa emenda poderá ser um fator determinante para reduzir o aquecimento global. E qual será o nosso papel das negociações? “O Brasil trabalha para que se logre emenda ambiciosa em Kigali”, assegurou ao jornal “Valor Econômico” Everton Lucero, secretário de mudanças climáticas do Ministério do Meio Ambiente. Que essa vontade realmente nos guie. Leia a reportagem do “Valor Econômico”: https://bit.ly/2e0OQf1 E saiba mais sobre o assunto neste artigo de Stela Hershmann, Durwood Zaelke e Fabio Feldmann para o jornal “Folha de S. Paulo”: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/10/1821132-o-brasil-na-lideranca-em-favor-do-planeta.shtml
A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) já manifestou o seu apoio à aprovação de uma emenda mais ambiciosa ao Protocolo de Montreal, como a proposta em Nova York por mais de cem países, em setembro. Falta o governo brasileiro fazer o mesmo. Se além de as nações signatárias se comprometerem quanto antes com a eliminação dos HFCs dos aparelhos de refrigeração, também investirem em tecnologias com maior eficiência energética, o ganho será enorme. E não apenas para o meio ambiente. O padrão de Performance Energética Mínima para aparelhos de ar condicionado no Brasil é de 2,6 W/W; no Japão, é mais de 6,5 W/W e na China, 6 W/W. Adotando padrões próximos a estes países, o Brasil economizaria, até 2050, o equivalente à capacidade de geração de energia de 92 a 216 usinas de 500 MW. A reunião para definir as metas da emenda começou hoje, em Kigali, Ruanda. E aí, Brasil, vamos apresentar uma proposta ainda mais audaciosa?
As mudanças climáticas também ameaçam a nossa conexão. O nível do mar está subindo e isso vai afetar a infraestrutura da Internet. Um estudo das universidades Wisconsin-Madison e do Oregon aponta que em 2033 mais de 6,5 mil quilômetros de cabos de fibra ótica ficarão submersos, só nos EUA.
Mas o apagão na rede pode ser global. E o pior é que isso deve acontecer bem antes do previsto. Só tem um jeito: reiniciar o nosso trato com o meio ambiente.