A Mata Atlântica, bioma mais devastado do país, recuperou 219 mil hectares em 30 anos, área que equivale à cidade de São Paulo.
A regeneração só foi possível por conta da redução de 83% do desmatamento do bioma nesse mesmo período.
Essa boa notícia nos faz sonhar com metas mais ambiciosas de restauração florestal no Brasil. A Fundação SOS Mata Atlântica já fala em recuperar mais 15 milhões de hectares do bioma até 2050!
Pense muito bem antes de apertar o verde. O desmatamento é a segunda maior causa das mudanças climáticas. Que providências os candidatos à Presidência planejam tomar para deter a destruição do nosso verde?
O Observatório do Clima analisou os programas de governos dos principais deles e montou um pequeno guia para o eleitor. O que eles tê a dizer a respeito do Acordo de Paris, do investimento em energias renováveis e desenvolvimento sustentável? E bom pensar bem, pois a próxima oportunidade é só daqui a 4 anos.
Hoje é o Dia do Cerrado, um bom motivo para a gente se lembrar de que não adianta nada preservar a Amazônia e transformá-lo num imenso pasto ou lavoura de soja. É no Cerrado que nascem as principais bacias hidrográficas brasileiras, incluindo a Amazônica.
Ou seja, sem ele, a maior floresta tropical do mundo pode morrer de sede. E o bioma vem perdendo cerca de 2 mil hectares por dia! O Cerrado é a caixa d’água do Brasil. Em nome de que vamos deixar secá-la?
Nem mesmo o Cadastro Ambiental Rural (CAR) está conseguindo deter a devastação de nossas florestas: mais de metade do desmatamento na Amazônia em 2016 aconteceu em áreas cadastradas.
E olha que os ruralistas reclamaram um bocado do dispositivo, criado pelo Código Florestal de 2012 para proteger o nosso verde. Chegaram até a pedir a cabeça do ministro do Meio Ambiente.
De boas intenções, o deserto está cheio. Sem uma fiscalização rigorosa, corremos o risco de perdermos nossa maior riqueza, que é a nossa biodiversidade.
