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Diesel em carros de passeio é retrocesso

Diesel em carros de passeio é retrocesso

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados pode dar aval hoje ao Projeto de Lei (PL) 1.013/11, que autoriza a fabricação e a comercialização de veículos leves (como carros de passeio) movidos a óleo diesel.

O relator do parecer favorável ao projeto, que será submetido a voto, é o deputado Evandro Roman (PSD-PR).

Em junho, formalizamos nossa posição contrária a esse retrocesso ao assinarmos um manifesto do Observatório do Clima.

Agora, faz-se necessário reiterar: incentivar o óleo diesel, um combustível fóssil amplamente poluente, é ir na contramão do Acordo de Paris. Não é isso que queremos para o nosso país e para o planeta!

Via: Site da Câmara dos Deputados

Foto: Estadão

Saiba mais: https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/INDUSTRIA-E-COMERCIO/519738-COMISSAO-PODE-VOTAR-PROJETO-QUE-PERMITE-MOTOR-A-DIESEL-EM-VEICULOS-LEVES.html

Justiça para os povos indígenas

Justiça para os povos indígenas

O Ministério Público Federal (MPF) está cobrando na Justiça que a União pague R$ 10 milhões em indenização a indígenas da Terra Indígena Kayab, no Pará.

Em 2012, uma operação da Polícia Federal em combate a garimpos ilegais resultou na morte de um índio e em lesões permanentes a vários outros na aldeia Teles Pires.

Para o MPF, o resultado desastroso da operação foi provocado por despreparo e precipitação dos seus organizadores.

Os direitos dos povos indígenas precisam ser respeitados – antes de tudo, pelas autoridades federais.

Via: Ministério Público Federal

Saiba mais: https://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/noticias-pa/mpf-cobra-uniao-por-acao-policial-que-lesionou-e-matou-indigenas-no-para

Em busca de equilíbrio ambiental no Congresso

Em busca de equilíbrio ambiental no Congresso

É preciso equilibrar a balança ambiental no Congresso Nacional. Há uma relação direta entre a forma como o país enfrentará o problema das mudanças climáticas e o resultado das próximas eleições. O seu voto pode fazer toda a diferença. A atividade agropecuária responde por 74% das emissões no Brasil, sendo 2/3 causadas pelo desmatamento. A bancada ruralista, que representa os grandes donos de terra, mantém cerca de 40% das cadeiras do Senado e da Câmara Federal. É muita gente representando os interesses de uma parcela muito pequena da sociedade. O Censo Agropecuário 2017 do IBGE traduziu em números o tamanho dessa desigualdade: apenas 2 mil latifúndios ocupam uma área maior do que 4 milhões de pequenas e médias propriedades rurais.

Os lucros são de uns poucos; já os prejuízos, tanto ambientais, quanto econômicos, divididos por todos nós. As últimas trocas de favores entre governo e ruralistas deve resultar na emissão de 1,8 bilhão de toneladas de gases do efeito estufa em 2030. É um número 50% maior do que o que nos comprometemos no Acordo de Paris – ou seja, a nossa palavra também está em jogo. Também por causa do agronegócio, outros setores da economia terão que desembolsar US$ 2 trilhões em tecnologias de descarbonização. E, segundo o recém-lançado relatório 2018 do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o país não vai cumprir sua meta climática para 2020 caso o nível permaneça o mesmo registrado entre 2010 e 2016.

Por isso, temos que engrossar nossa voz no Parlamento. Depois de enfrentarem a maior ofensiva parlamentar dos últimos 20 anos, os povos tradicionais se mexeram: o projeto é formar uma bancada indígena suprapartidária. Devem concorrer mais de 70 candidatos a deputados estaduais e federais, senadores e um a governador. Duas mulheres disputam o Senado, Edilene Kokama, pelo Amazonas, e Telma Taurepang, por Roraima e, pela primeira vez, haverá uma indígena concorrendo a vice-Presidência da República: Sonia Bone Guajajara. Eles se organizam de forma coletiva, conectados pelas novas tecnologias: a Frente Parlamentar Indígena Nacional foi criada em 2017 em grupos de mensagens e redes sociais. Muitas das causas defendidas por ela dizem respeito diretamente a todos nós. O clima do planeta está descontrolado. Sem a sabedoria dos indígenas, dificilmente venceremos essa luta. Eles sabem tudo de desenvolvimento sustentável: tiram o seu sustento da terra, sem arruiná-la. O voto indígena pode definir nosso futuro.

Segundo o Censo Agropecuário, em 11 anos a área ocupada por propriedades rurais no Brasil cresceu 16,5 milhões de hectares, o equivalente ao estado do Acre. Mas isso não significou mais geração de empregos: com a mecanização da produção, 1,5 milhão de trabalhadores deixaram o campo. O valor que deverá ser gasto por outras atividades para reduzir emissões é três vezes maior do que o que seria usado simplesmente para deixar a floresta em pé. Então não há sequer razões econômicas para se manter este modelo de desenvolvimento.

Em 2020 expira o prazo para o cumprimento das metas inscritas na Lei 12.187/2009, ou Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Para cumprirmos o prometido, precisamos reduzir o desmatamento da Amazônia em 80%, o do Cerrado em 40% e recuperar 15 milhões de hectares de terras degradadas. Não é impossível: o relatório do Seeg sugere algumas medidas que devem ser tomadas até 2030.

Entre elas, estão aumentar o uso de energias renováveis (excluindo hidrelétricas), para pelo menos 23% da geração de eletricidade do Brasil; chegar ao desmatamento ilegal zero na Amazônia e compensar as emissões por corte legal de vegetação; restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares; restaurar um adicional de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; e aumentar em 5 milhões de hectares os sistemas integrados de lavoura-pecuária-florestas. São objetivos que vão de encontro a interesses poderosos. Precisamos de sábios e guerreiros também na política tradicional para defendê-los.

Saiba mais:

Relatório Seeg 2018

A ameaça de negociação política para a mitigação climática no Brasil (texto em inglês, da revista Nature Climate Change)

O que é o Censo Agropecuário

Presidente eleito terá de retomar trilha da responsabilidade climática e enfrentar retrocesso

Indígenas enfrentam a maior ofensiva parlamentar em 20 anos

Indígenas articulam eleger bancada para fazer frente a ruralistas

Eleições 2018: Índios usam WhatsApp para ter o maior número de candidatos da história

Índios lançam candidatos à vice-presidência, governo, Senado e deputados

Lixo caseiro gera energia

Lixo caseiro gera energia

Lixo que gera energia! Uma startup israelense criou um sistema que transforma resíduos orgânicos em biogás para fogão e fertilizante natural líquido.

A cada quilo de alimentos, o dispositivo HomeBiogas produz 200 litros cúbicos de gás, suficientes para manter um fogão aceso por uma hora.

A máquina comporta certos resíduos não indicados para compostagem caseira, como laticínios e fezes de animais de estimação.

Mais um exemplo da boa tendência de descentralizar a geração de recursos energéticos e torná-la sustentável.

Via: CicloVivo

Foto: Divulgação

Saiba mais: https://ciclovivo.com.br/noticia/maquina-de-compostagem-domestica-produz-energia-limpa-e-fertilizante-organico/

Prejuízos do clima

Prejuízos do clima

Contabilizando os prejuízos do clima: todo ano, os desastres provocados pelos eventos climáticos extremos empurram 26 milhões de pessoas para abaixo da linha de pobreza.

Segundo estimativa do Banco Mundial, quando se somam prejuízos materiais, o custo total das consequências das mudanças climáticas ultrapassa os US$ 500 bilhões.

O aquecimento global é um problema de todos nós, mas, em geral, é a parcela mais pobre da população que sofre os piores danos.

Precisamos perseverar nas ações pelo clima e torná-las mais ambiciosas. É para já!

Via: Exame

Foto: Logan Abassi UN / MINUSTAH

Saiba mais: https://exame.abril.com.br/economia/impacto-sobre-pobres-e-faceta-cruel-da-mudanca-climatica/amp/

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