Os primeiros despejados pelo aumento do nível do mar já fazem planos para a casa nova. O arquipélago de 360 ilhotas onde vive o povo indígena Guna, no Panamá, está desaparecendo. Além de a água estar invadindo o terreno, elas sofrem com o aumento da população e com a fúria do clima, que vem castigando o Mar do Caribe.
Os 32 mil habitantes de Guna Yala vão se mudar para terra firme, na futura cidade de La Barriada. O terreno de 17 hectares já existe, só falta construírem as casas. Falamos aqui outro dia que Santos, no litoral paulista, já vem sofrendo os primeiros efeitos da subida do mar. É água daí para cima.
A biodiversidade da Amazônia é tão grande que ainda há todo um mundo desconhecido escondido em recantos da floresta. O Museu Paraense Emílio Goeldi começa a publicar neste mês revelações sobre 600 espécies vegetais pouco ou nada conhecidas que recobrem as áreas de cangas da Serra de Carajás, no Pará.
Uma delas é a lepidaploa paraensis, a linda flor que ilustra este post.
Amparado em pesquisas do mesmo museu feitas na década de 1970, o estudo atual reúne mais de 70 botânicos em torno de uma investigação genética fundamental para a recuperação da biodiversidade afetada pela mineração de Carajás.
A descoberta de um recife de corais na foz do Rio Amazonas e, agora, a revelação de centenas de espécies de plantas no sudeste paraense são os reforços mais recentes a favor da preservação da Amazônia. Tanto pelo que sabemos, quanto pelo que desconhecemos.
A Bahia manda uma boa nova: depois de 16 anos, uma ararinha-azul é vista voando livre na caatinga. Hoje, só existem cerca de cem exemplares da ave, considerada extinta na natureza, em cativeiro. A intenção é devolvê-los ao seu habitat natural, mas há o temor de que não se adaptem. A ararinha solitária foi avistada e filmada por uma família de agricultores de Curaçá, no interior da Bahia. De onde ela veio, é um mistério. Pode até mesmo ter fugido de algum criadouro. Mas o fato de estar voando livre, sem dificuldades, reacende a esperança de que a espécie pode ser reintroduzida na natureza. Via Época Foto: brenogrisi-ecologiaemfoco Saiba mais: https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2016/06/ararinha-azul-considerada-extinta-na-natureza-e-avistada-na-bahia.html
No lugar do poético encontro, o retrato de uma catástrofe e um país atônito. Enquanto a onda de destruição avança sobre novas vítimas, quem deveria garantir segurança, tenta, sem sucesso, minimizar os danos. Entre as várias dúvidas, uma certeza: muita coisa precisa ser diferente.
Choremos por Los Choros. O rio que corta a província de província de Elqui está praticamente seco, assim como os demais do norte chileno, como San José, Loa, Socompa, Salado, Quilimarí e La Ligua. Não só as bacias dos rios, como as águas subterrâneas também estão se esgotando.
O Chile é um dos 30 países mais ameaçados pela falta d’água. Nossos hermanos, assim como nós, são vítimas das mudanças climáticas e do agronegócio e da mineração, que esbanjam água como se não houvesse amanhã. Em nome de quê?