Xingu, o clamor que vem da floresta (versão longa)

Xingu, o clamor que vem da floresta (versão longa)

O primeiro encontro entre portugueses e indígenas brasileiros foi pacífico, teve dança e missa campal. Isso aconteceu porque havia respeito entre eles. Respeito é a palavra-chave. Quem não quer ser respeitado? Mais do que terras, é isso que os povos indígenas do Brasil pedem. Como qualquer cidadão, o índio quer ser ouvido antes que se tomem decisões que afetem a sua vida. Respeito é bom, e quem não gosta?

Este vídeo foi rodado pelo documentarista canadense Todd Southgate durante o Carnaval de 2017, no Rio de Janeiro. Os povos indígenas foram homenageados pela escola de samba Imperatriz Leopoldinense com o enredo “Xingu – O clamor que vem da floresta”.

Xingu no #DesafioDos10Anos

Xingu no #DesafioDos10Anos

Entramos no #DesafioDos10Anos! A imagem abaixo se refere à região da Volta Grande do Xingu, no Rio Xingu, no Pará, em 2007, antes de o rio ser desviado para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, e em 2017, depois do desvio. O Movimento É a Gota D’água já alertava para essa destruição desde 2011, questionando a construção deste monstrengo. Essa obra, que custou mais de R$ 30 bilhões, gerou impactos socioambientais na região, como a violação de direitos de indígenas e ribeirinhos e morte de milhões de peixes, comprometendo não só a renda como a própria alimentação da comunidade.

A destruição da floresta ali, inclusive em terras indígenas, também é uma triste realidade. Assim, Volta Grande continua sob ameaça e, no próximo desafio dos 10 anos, esta imagem poderá retratar algo muito pior. A mineradora canadense Belo Sun pretende instalar na região a maior mina de ouro do Brasil, destruindo ainda mais o meio ambiente e a vida dos moradores da região. Isso tudo a 13 km da barragem de Belo Monte. Vale lembrar ainda que o novo presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, tinha deixado o cargo no ano passado e se tornou conselheiro desta mesma mineradora responsável pela exploração na região.

 

Belo Monte: vidas sem rumo

Belo Monte: vidas sem rumo

O documentário “Belo Monte: Depois da Inundação”, de Todd Southgate, responde às indagações feitas em 2011 pelo Movimento Gota D’Água.

Naquele ano, o Gota D’Água já alertava que a usina de Belo Monte alagaria 640 km² de Floresta Amazônica. E, assim, tiraria de famílias de indígenas e pescadores seu modo de vida tradicional à beira do Rio Xingu.

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