outubro 2017 | Desmatamento
Longe de mim querer estragar o apetite de alguém, mas a gente não está consumindo carne demais? Nosso olho grande está devastando o planeta, segundo o relatório “Apetite por destruição”, da WWF. E quem só come peixe ou frango também tem a sua parcela de responsabilidade, pois o maior problema não é desmatar para fazer pasto, mas para plantar soja, que também é usando na alimentação das penosas e salmões de piscicultura. A monocultura é 60% culpada pela queda da biodiversidade na Terra.
A ração à base de soja também tem tornado a comida menos nutritiva: para se consumir o mesmo percentual de ômega 3 que tinha um frango criado da década de 1970, hoje são necessários seis. E a demanda por soja pode aumentar 80% até 2050. Duncan Williamson, Gerente de políticas alimentares da WWF, sugere como alternativa alimentar o gado com algas e insetos. Mas comer com moderação e evitar o desperdício ainda é a melhor saída.
Via O Globo
Foto: Abiove
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dezembro 2015 | Desmatamento, Direitos indígenas
Estudo feito pelo IPAM mostra que hidrelétrica no Tapajós pode aumentar o desmatamento na Amazônia em 25%.
Sem se preocupar com isso, o governo assinou medida provisória que autoriza a construção de barragens em terras indígenas mediante compensação financeira.
Enquanto na #COP21, líderes mundiais tentam encontrar soluções para salvar o planeta, o Brasil parece mais emprenhado em destruí-lo. #AtitudePeloClima é NÃO construir hidrelétrica na Amazônia. Concorda? Assine: https://www.atitudepeloclima.org.
Saiba mais: https://migre.me/smk4t
Foto: Madeira desmatada antes do alagamento não foi removida corretamente e ficou dentro do lago da usina. Floresta em pé também foi alagada Foto: Ibama
outubro 2017 | Cerrado
O topetudo aí é o pica-pau-da-parnaíba, que pode desaparecer junto com o Cerrado. Entre as várias espécies ameaçadas, o pássaro tem uma característica que o torna mais vulnerável: seu paladar exigente. A única coisa que o bichinho come são formigas que vivem na taboca, uma especie de bambu do Cerrado.
Mas não é qualquer formiga: na taboca vivem 30 espécies diferentes, mas eles só comem 5 delas. A taboca está rareando. E não vai ficar só ruim para o pica-pau-da-parnaíba: sem o Cerrado não tem água. Lá nascem oito das 12 maiores bacias hidrográficas do Brasil. Garantindo o almoço do pica-pau-da-parnaíba a gente garante o nosso jantar.
Via O Eco
Foto: Tulio Dornas
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abril 2017 | Direitos indígenas
Os direitos dos povos tradicionais estão sofrendo ataques sem precedentes e a situação tende a se agravar diante do cenário de instabilidade política que o país atravessa. Os índios são os guardiões das florestas e as florestas ajudam a regular o clima. Logo, o problema deles também é nosso. Por isso, precisamos estar mais unidos do que nunca.
Estamos na Semana do Índio e em contagem regressiva para o Acampamento Terra Livre (ATL) 2017, que acontece de 24 a 28 de abril, em Brasília. O evento será norteado pelo lema “Unificar as lutas em defesa do Brasil Indígena”. É preciso garantir os direitos originários dos povos indígenas, garantidos pela Constituição de 1988. Demonstre o seu apoio assinando a petição Presidente Temer e ministro Serraglio: respeitem os direitos indígenas!
A presidente Dilma foi o que menos demarcou Terras Indígenas (TIs) desde a redemocratização, mas incrivelmente a situação piorou depois do seu afastamento. A Funai está debilitada como nunca (no fim do mês passado, foram cortados da instituição, numa só canetada 347 cargos comissionados), e Legislativo e Executivo vêm apresentando projetos para dificultar novas demarcações e até mesmo rever as antigas.
O ataque é incessante e nem mesmo a série de escândalos de corrupção envolvendo nomes do alto escalão do governo (como os ministros da Justiça e da Agricultura) parece capaz de detê-lo. Somos a única linha de defesa realmente eficaz.
Então, vamos fazer ecoar nosso grito: mexeu com o índio, mexeu com o clima!
Leia a convocatória do ATL: https://mobilizacaonacionalindigena.wordpress.com/2017/03/20/convocatoria-acampamento-terra-livre-2017/
abril 2017 | Desmatamento
Governo reduz em apenas 2 dias mais de 1 milhão de hectares das Unidades de Conservação. “Após avanços significativos na redução da taxa de desmatamento e na demarcação de terras indígenas e criação de unidades de conservação na década passada – mantendo ao mesmo tempo forte crescimento econômico, safras recorde e geração de empregos –, o Brasil parece retroceder à década de 1980, quando era um pária internacional devido à destruição acelerada de seu patrimônio natural e à violência no campo”.
Este é um trecho da carta em protesto contra o ataque coordenado do Congresso Nacional e do governo de Michel Temer à proteção ambiental e aos direitos dos povos tradicionais feita pelo Observatório do Clima em sua assembleia em Atalanta (SC). O documento lista vários retrocessos feitos pelo governo nos últimos meses, no que talvez seja a maior ofensiva antiambiental desde a promulgação da Constituição de 1988.
Via: Observatório do Clima
Saiba mais: https://www.observatoriodoclima.eco.br/nenhum-hectare-a-menos/