Só na Amazônia

Só na Amazônia

Só fui apresentado agora ao pavãozinho do Pará. Ele só existe na Amazônia, a região com maior número de espécies endêmicas do mundo. O macaco-aranha-de-cara-branca, a anta, o gavião-real e a ariranha também. São 20 mil espécies de vegetais, oito mil delas endêmicas.  Essa biodiversidade é a nossa maior riqueza.

Daí a importância de vitória dos povos indígenas no Supremo Tribunal Federal. A permanência do índio na floresta é garantia de que ela será preservada. E essa conquista serve para fortalecer as próximas lutas.

Via O Globo​ e Pensamento Verde​

Foto: Pedro de Souza Pinto/Flickr

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O vício de desmatar

O vício de desmatar

O vício de cortar árvores: os dez maiores desmatadores da Amazônia derrubaram ilegalmente o equivalente a quatro vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo, em um ano. Só dois deles, a Manasa Madeireira Nacional S.A. e José Carlos Nunes Meloni, desmataram 7,8 mil hectares, o que dá a metade do total.

É bom essa turma procurar logo o D.A. (Desmatadores Anônimos) para se curar, pois o Ministério Público Federal e o Ibama estão entrando na Justiça em conjunto contra eles, pedindo R$ 244,7 milhões em indenizações. Essa dependência pode pesar no bolso.

Via O Globo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Seca na Amazônia teve a mão do homem

Seca na Amazônia teve a mão do homem

Não dá mais pra fingir que a gente não tem nada a ver com isso: a seca na Amazônia de 2016, a pior em 100 anos, teve a mão do homem. Segundo um estudo da Universidade de Connecticut, publicado na Scientific Reports, o desmatamento e o aquecimento provocado pela emissão de CO2 contribuíram decisivamente para a falta de chuvas na região.

Das secas analisadas pelos cientistas (de 1983, 1998, 2005, 2010 e 2016), a do ano passado foi a primeira que não pôde ser justificada só pelo aumento da temperatura da superfície dos oceanos.E tem gente que ainda quer tirar a terra dos índios, logo eles que cuidam como ninguém da floresta.

Via: DW Brasil

Foto: Diário do Amapá

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Tem mais boi do que gente na Amazônia

Tem mais boi do que gente na Amazônia

Onde passa um boi, passa uma boiada, e já tem mais gado do que gente na Amazônia – mais de três cabeças por pessoa. Segundo o Imazon, em 2016 dois terços da área desmatada já tinha virado pasto, e enquanto a população humana na região era de 25 milhões, a bovina chegava a 85 milhões.

Não existe atividade mais danosa para o meio ambiente do que a pecuária extensiva. Ou a gente fecha essa porteira ou daqui a pouco também vai ter mais vaca do que árvore na maior floresta do mundo.

Via O Eco

Foto: Fabio Nascimento

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É por dúzia, quilo ou metro?

É por dúzia, quilo ou metro?

O patrão ficou maluco, e para salvar a própria pele está promovendo uma queima total de áreas preservadas de florestas e de direitos dos povos tradicionais – e quem está dizendo isso não são apenas as ONGs ambientalistas, mas também a grande imprensa. O freguês – no caso, a bancada ruralista, que ocupa 40% das cadeiras do Congresso Nacional – está rindo de orelha a orelha, mas o precinho de ocasião vai deixar um baita buraco no balanço: só no caso da Medida Provisória 759, vulgo MP da Grilagem, o prejuízo pode chegar a R$ 19 bilhões, segundo dados da ONG Imazon. E estamos falando só de verdinhas, deixamos de fora dos cálculos as perdas sociais e ambientais. Para salvar o seu mandato e, quiçá, preservar sua liberdade, o presidente Temer pode levar a lojinha Brasil à bancarrota. Vamos deixar barato?

A conta, feita pela pesquisadora do Imazon Brenda Brito, compara a diferença entre o valor médio de mercado por hectare e o preço estabelecido pelas regras da MP 759. A regularização das terras invadidas na Amazônia corresponde uma área de 6,9 milhões de hectares (25.199 imóveis rurais), o dá mais ou menos cinco cidades de São Paulo. Outro agradinho à bancada ruralista pode custar mais um bom dinheiro aos cofres públicos: a MP do Funrural, que deve institucionalizar um calote de R$ 26 bilhões do agronegócio. 

Para tentar nos convencer de que esta liquidação é um bom negócio e nos empurrar goela abaixo suas malfadadas reformas, o governo tem investido pesado em publicidade: a verba prevista para este ano, mais de R$ 200 milhões, já foi quase toda gasta no primeiro semestre. E ainda torrou R$ 4,1 bilhões em emendas, para que os parlamentares joguem o seu agá de vendedor para cima do eleitor. Quem não os conhece que os compre. Os gringos já sacaram que o produto é pirata: os noruegueses cortaram metade da grana que destinam ao Fundo Amazônia, uma bagatela de R$ 200 milhões, e o ministro francês da Transição Ecológica, Nicolas Hulot, já mandou avisar que seu país não vai mais importar óleo de soja de país desmatador. Vem mais prejú por aí.

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