Biodiversidade amazônica

Biodiversidade amazônica

É muita vida em jogo: uma em cada dez espécies conhecidas de animais e vegetais do planeta são nativas da Amazônia. E essa biodiversidade não cansa de nos surpreender: há duas semanas, o WWF-Brasil e o Instituto Mamirauá divulgaram um novo relatório, no qual apresentam ao mundo mais 381 espécies. Só nesse dia a gente ficou sabendo da existência do macaco zogue-zogue-rabo-de-fogo, apenas mais um dos 34 tipos de macacos zogue-zogue. Os dados foram coletados num período restrito somente a dois anos: 2014 e 2015. Então há de se supor que tem muito mais bicho e planta escondida na região. Lá, podemos encontrar desde a cura para diversas doenças a, quem sabe, novas fontes alternativas de energia.

Como o Brasil abriga 60% da Floresta Amazônica, é nosso dever defender esse patrimônio genético. Reluzente como ouro, o recém-descoberto sapo Pristimantis imthurni pode ser tão ou mais valioso do que o rico metal. A gente acaba de ganhar um round, com o governo sendo obrigado a adiar seus planos de abrir a região à mineração. A extinção da Renca mexeu com corações e mentes e nos uniu em torno de uma mesma causa. A petição Todos Pela Amazônia rapidamente arrecadou mais de 1,5 milhão de assinaturas, as pessoas foram às ruas e às redes sociais para se manifestar.

Mas ainda temos muita luta pela frente: a Floresta Nacional do Jamanxim continua em risco e as mais diversas ameaças pairam sobre o Código Florestal no Congresso. O texto da lei assinada pelo deputado ruralista Mauro Pereira (PMDB/RS), que flexibiliza o licenciamento ambiental, apresenta conteúdo inconstitucional e pode levar o país ao caos jurídico. Ele, por exemplo, concede aos Estados o direito de criarem suas próprias legislações sobre o tema. Isso causaria um verdadeiro leilão de facilidades que jogaria contra o meio ambiente. O projeto ainda possibilita a dispensa de licenciamento para atividades agropecuárias, a criação do licenciamento autodeclaratório e a flexibilização das exigências ambientais. Se aprovada, a proposta deixa o país mais vulnerável a tragédias semelhantes a de Mariana (MG).

Foram 216 novas espécies de plantas, 93 de peixes, 32 de anfíbios, 19 de répteis, 18 mamíferos e dois mamíferos fósseis da Amazônia. São pássaros como o Tolmomyias sucunduri uma pequenina ave que vive em pares, cujo nome, do grego, significa “papa-moscas ousado do Sucunduri”, e o Hypocnemis rondoni, passarinho bom de gogó batizado em homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon; Inia araguaiaensis, um novo tipo de boto; e o Microcaecilia marvaleewakeae, uma nova espécie de cobra-cega. 

E a importância da floresta não se resume à sua biodiversidade, é claro: ela também leva umidade para toda a América do Sul, influencia no ciclo de chuvas de boa parte do continente e contribui para estabilizar o clima do planeta. Sem os chamados rios voadores choveria bem menos no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul do Brasil, e também na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e em parte do Chile. Faltaria água para ao agronegócio. Os grandes produtores rurais deveriam ser os primeiros a se preocuparem em preservá-la. 

Vamos manter a mobilização. A onda verde não pode quebrar.

Assine a petição

E baixe o relatório da WWF e do Instituto Mamirauá

 

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Rios voadores e outros bichos da Amazônia

Rios voadores e outros bichos da Amazônia

Sabe o que o Brasil tem mais que qualquer outro país? Amazônia. Nosso território abriga 60% da maior floresta tropical do mundo. Uma em cada dez espécies conhecidas de animais e vegetais do planeta são nativas de lá. Já ouviu falar em rios voadores? Este fenômeno é responsável por levar umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, além de Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile. Uma única árvore com copa de 10 metros de diâmetro pode mandar para a atmosfera mais de 300 litros vapor d’água por dia.

Sem a Amazônia, não tem água para o agronegócio. Os produtores rurais deveriam ser os primeiros a se preocuparem em preservar esse patrimônio. E a Amazônia e demais florestas tropicais, que armazenam até 140 bilhões de toneladas métricas de carbono, também ajudam a estabilizar o clima do planeta. O nosso futuro depende delas.

Assine a petição.

Via DW Brasil e BBC Brasil

Foto: Margi Moss

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Biodiversidade e responsabilidade

Biodiversidade e responsabilidade

Saca os macacos zogue-zogue-rabo-de-fogo da foto? Pois é, até 2010 a gente não tinha a menor ideia de que existiam. A WWF-Brasil divulgou hoje um relatório em que apresenta ao mundo 216 novas espécies de plantas, 93 de peixes, 32 de anfíbios, 19 de répteis, uma ave, 18 mamíferos e dois mamíferos fósseis da Amazônia. Pense numa biodiversidade. E pense na quantidade de espécies que já extinguimos antes que sequer fossem catalogadas e na nossa responsabilidade em proteger esse patrimônio.

A Justiça do Distrito Federal também suspendeu hoje o decreto do presidente Temer que libera a mineração na fronteira do Pará com o Amapá. Isso, graças à nossa pressão. Então, não vamos parar: todos pela Amazônia!

Via G1 e UOL

Foto: WWF-Brasil/Adriano Gambarini

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E aproveite para assinar a petição. Mas de 700 mil pessoas já apoiaram.

Andes ameaçam Amazônia

Andes ameaçam Amazônia

Basta um peteleco para causar um efeito dominó na biodiversidade da Amazônia. E além do Brasil, a região cobre mais oito países. A maior floresta tropical do mundo agora está sob ameaça de seis barragens que podem ser construídas nos Andes por nossos vizinhos. Segundo um relatório do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), as consequências seriam trágicas.

A região andina abrange somente 11% da Bacia Amazônica, mas fornece 93% dos sedimentos e a maior parte dos nutrientes levados por seus rios. As barragens reduziriam drasticamente este fluxo, gerando consequências para além da flora e da fauna locais: “Seria catastrófico para a vida selvagem da região, além das incontáveis comunidades que confiam no rio para a agricultura”, disse Bruce Forsberg, do Inpa.

A proteção da Amazônia é uma missão para todos nós.

Via O Globo

Foto: Alejandro Cock-Peláez

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E aproveite para assinar a petição para tentarmos impedir a destruição da Amazônia.

O buraco da mineração é mais embaixo

O buraco da mineração é mais embaixo

Quer que a gente desenhe o tamanho do estrago causado pela mineração a céu aberto e o que ganhamos em troca? O artista plástico Dillon Marsh fez isso na série “For What it’s Worth” (“Pelo Que Vale”). Nesta foto, a esfera no centro representa todo o cobre retirado dessa cratera na mina Palabore, na África do Sul. E o buraco é só o dano visível, pois a atividade ainda libera substâncias tóxicas na terra, no ar e na água. Vale a pena?

É uma imagem para ficar na cabeça quando o governo libera uma área do tamanho da Suíça na Amazônia para a exploração mineral, a Câmara se prepara para flexibilizar o licenciamento ambiental e a ameaça de Belo Sun ainda paira sobre o Xingu. Já pensaram numa tragédia de Mariana de proporções amazônicas?

Via Nexo

Foto: Dillon Marsh

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