março 2018 | Catástrofe ambiental
Destruição em massa: atividades humanas já danificaram 75% da superfície terrestre, segundo o relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). Até 2050, este índice deve chegar a 90%. A Terra se esfacela.
Apenas algumas regiões nos polos, desertos e as partes mais inacessíveis das florestas tropicais ainda permanecem intactas. A expansão da agropecuária é apontada no estudo como uma das principais causas do problema – que tende a se agravar com a demanda crescente por comida e biocombustíveis. Vamos moderar o apetite enquanto ainda temos um planeta para viver?
Via Agência Fapesp
Foto: LogicAmbiental
Saiba mais
março 2017 | Área de preservação ambiental, Desmatamento
Da mula-sem-cabeça ninguém mais tem medo, mas há lendas que ainda insistem em assombrar o campo. Nos últimos dias, dois mitos rurais brasileiros foram ao solo: o de que há excesso de terra protegida no país e o de que sem agrotóxico não se produz alimento suficiente para saciar a fome do planeta. O primeiro, foi derrubado pelo recém-publicado Atlas da Agropecuária Brasileira, da Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora); o segundo, exorcizado por um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mesmo assim, ainda há os que neles creiam e persistam em evocá-los. A informação é a nossa bala de prata.
Segundo o relatório da ONU, é possível alimentar as 9,6 bilhões de seres humanos que habitarão o planeta em 2050 sem o uso de agrotóxicos. O segredo está na redução da pobreza e da desigualdade. Além disso, estima-se que os pesticidas matem 200 mil pessoas por ano. O Brasil é o maior consumidor mundial do veneno, mas há quem ache pouco: o próprio ministro da Agricultura, Blairo Maggi, é autor do Projeto de Lei (PL) 6299/2002, que propõe a flexibilização da legislação sobre o uso de agrotóxicos. A sociedade civil, porém, já começa a reagir a essa insensatez: partiu dela o PL 6670/16, que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pnara). A proposta prevê mais de cem medidas para limitar o uso de pesticidas e herbicidas e garantir um ambiente sadio para se produzir comida de qualidade.
A bancada ruralista briga no Congresso para fatiar a Amazônia e entregá-la ao agronegócio, mas a verdade é que tem terra suficiente no país para plantar e criar boi. O Atlas da Imaflora aponta que, em números absolutos, as áreas protegidas cobrem 27% do território nacional, enquanto as grandes propriedades ocupam 28%. É bem verdade que por lei o proprietário deve preservar a vegetação natural em parte de suas terras; por outro lado, o desmatamento em áreas protegidas vem crescendo – dobrou de 2012 para 2015. A devastação do verde, infelizmente, não é apenas um mito.
junho 2016 | Alternativas Energéticas
Com certeza, sim. Mesmo que você não saiba.
Cerca de 70% dos alimentos in natura consumidos no Brasil estão contaminados por algum tipo de pesticida.
Para piorar, 1/3 desses produtos têm seu uso proibido no país.
O Brasil já é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Não bastasse isso, houve um aumento substancial do uso desses produtos em nossas lavouras nos últimos anos.
É de perder o apetite!
Via Portal EcoDebate
Saiba mais: https://www.ecodebate.com.br/2016/06/16/agrotoxicos-70-dos-alimentos-in-natura-consumidos-no-brasil-estao-contaminados/
março 2018 | Agronegócio
Que estamos bebendo veneno, já sabemos. Para piorar, não temos a menor ideia da quantidade. Por lei, as empresas fornecedoras devem monitorar a presença de 27 agrotóxicos na água que mandam para as torneiras, e enviar os dados ao governo federal. Mas em cerca de 67% dos municípios simplesmente não se faz isso.
Logo aqui, onde se consome 400 mil toneladas do produto por ano – sendo que dos 10 mais usados, quatro são proibidos na Europa. Ou o agrotóxico é despejado diretamente nos mananciais, ou penetra no solo e chega aos lençóis freáticos. Se a gente deixar, vai chegar o dia em que beber um copo d’água será o mesmo que jogar roleta-russa.
Via EL País Brasil
Foto: G1
Saiba mais