PL do Veneno: votação a jato

PL do Veneno: votação a jato

Velocidade máxima: a próxima reunião de comissão especial da Câmara que analisa o PL do Veneno já foi marcada para segunda (25). Os ruralistas têm pressa, pois querem aprovar o projeto que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil antes das próximas eleições.

Enquanto isso, a Justiça anda em marcha lenta: há 5 anos a Syngenta e a Aerotex pulverizaram pesticida sobre uma escola em Goiás, contaminando 92 pessoas, e até hoje não foram punidas. Os interesses privados voam de jatinho e os da população, de teco-teco.

Via Brasil de Fato

Foto: Gazeta do Povo

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Não se vive sem comida, mas também não se vive sem água

Não se vive sem comida, mas também não se vive sem água

Não se vive sem comida, mas também não se vive sem água e nem se produz comida sem água. Segundo um relatório que a FAO acabou de divulgar, a agropecuária é a atividade primária que mais contamina os recursos hídricos do planeta. Logo, estamos numa sinuca de bico e precisamos sair dela.

A agricultura contribui com vazamento de produtos químicos, o uso de fertilizantes e pesticidas. E há 20 anos, a pecuária acrescentou mais um ingrediente: o uso de antibióticos e hormônios no gado. Se não se vive sem um, nem outro, então já temos em nome de que buscar soluções para esse problema, que é de todo mundo.

Via G1 – O Portal de Notícias da Globo​

Foto: Hiroshi Omochi

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Brasil transforma riquezas em fumaça

Brasil transforma riquezas em fumaça

Como transformar riquezas em fumaça: o Brasil se tornou a única grande economia do mundo a aumentar a poluição sem crescer. Segundo o novo relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), poluímos a atmosfera 8,9% a mais em 2016 do que em 2015. É o nível mais alto desde 2008, o que nos garante a sétima posição entre os maiores poluidores do planeta.

Este crescimento se deveu à alta de 27% no desmatamento na Amazônia, mas o agronegócio é o seu principal motor, respondendo por 74% das emissões. Se fosse um país, o setor seria o oitavo maior poluidor do mundo, à frente do Japão. Nem a crise detém nosso descaso com o meio ambiente.

Via Observatório do Clima

Foto: Getty Images

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Ruralista come terra?

Ruralista come terra?

Teve um ex-ministro da Justiça aí que disse que ninguém come terra. Mas a fome da bancada ruralista é medonha. Sempre solícito com sua base de apoio, o presidente Temer se prepara para soltar uma MP para liberar o arrendamento de Terras Indígenas para o agronegócio.

Como a MP 759, que ficou conhecida como MP de Grilagem, esta pode ser uma forma de regularizar invasões. “Temer faz um bom negócio, pagando em terras indígenas pelos votos com que a bancada ruralista promete. O objetivo é legalizar crimes alheios para blindar os próprios”, declarou Marcio Santilli, fundador do Instituto Socioambiental – ISA. Até onde quer expandir suas fronteiras o agronegócio?

Via Estadão

Foto: Marcello Casal Jr.

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O Cerrado seca

O Cerrado seca

Enquanto a exuberância da vegetação da Amazônia grita ao mundo a sua importância para o bem-estar do planeta, a beleza da flora do Cerrado é interior. Talvez por isso a gente não lhe dê a devida atenção. O segundo maior bioma brasileiro corre o risco de virar um imenso pasto ou lavoura de soja. E as consequências disso serão catastróficas.

O Cerrado é como uma floresta de cabeça para baixo: suas árvores têm raízes profundas, maiores do que as copas. Elas são responsáveis por absorver a água da chuva e depositá-la em reservas subterrâneas, os aquíferos. Na região, também nascem oito das 12 grandes bacias hidrográficas brasileiras. Se o atual índice de desmatamento permanecer até 2050, teremos a extinção de 1.140 espécies vegetais endêmicas do bioma. E aí a fonte vai secar.

A rapidez com que se está destruindo o Cerrado pode esgotar os aquíferos Guarani, Urucuia e Bambuí, que abastecem torneiras de todas as regiões do país. Ou seja: o problema também é de quem mora nas grandes cidades. O estopim desse cenário apocalíptico é a fronteira agrícola do Matopiba, nome dado ao avanço da agropecuária num território de 400.000 km² espalhados por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

O bioma já perdeu 46% de sua flora nativa. A vegetação que chega com o gado e as monoculturas tem raízes curtas e é incapaz de cumprir o papel de acumular líquido. O Cerrado é a nossa caixa d’água. É hora de termos visão estratégica e olharmos além da próxima safra.

Sem Cerrado não tem água. E sem água não tem vida.

Via BBC Brasil

Saiba mais: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39391161

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