junho 2018 | Agronegócio
Velocidade máxima: a próxima reunião de comissão especial da Câmara que analisa o PL do Veneno já foi marcada para segunda (25). Os ruralistas têm pressa, pois querem aprovar o projeto que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil antes das próximas eleições.
Enquanto isso, a Justiça anda em marcha lenta: há 5 anos a Syngenta e a Aerotex pulverizaram pesticida sobre uma escola em Goiás, contaminando 92 pessoas, e até hoje não foram punidas. Os interesses privados voam de jatinho e os da população, de teco-teco.
Via Brasil de Fato
Foto: Gazeta do Povo
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maio 2018 | Agronegócio, Crise hídrica, Rios
Não se vive sem comida, mas também não se vive sem água e nem se produz comida sem água. Segundo um relatório que a FAO acabou de divulgar, a agropecuária é a atividade primária que mais contamina os recursos hídricos do planeta. Logo, estamos numa sinuca de bico e precisamos sair dela.
A agricultura contribui com vazamento de produtos químicos, o uso de fertilizantes e pesticidas. E há 20 anos, a pecuária acrescentou mais um ingrediente: o uso de antibióticos e hormônios no gado. Se não se vive sem um, nem outro, então já temos em nome de que buscar soluções para esse problema, que é de todo mundo.
Via G1 – O Portal de Notícias da Globo
Foto: Hiroshi Omochi
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outubro 2017 | Agronegócio, Desmatamento, poluição
Como transformar riquezas em fumaça: o Brasil se tornou a única grande economia do mundo a aumentar a poluição sem crescer. Segundo o novo relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), poluímos a atmosfera 8,9% a mais em 2016 do que em 2015. É o nível mais alto desde 2008, o que nos garante a sétima posição entre os maiores poluidores do planeta.
Este crescimento se deveu à alta de 27% no desmatamento na Amazônia, mas o agronegócio é o seu principal motor, respondendo por 74% das emissões. Se fosse um país, o setor seria o oitavo maior poluidor do mundo, à frente do Japão. Nem a crise detém nosso descaso com o meio ambiente.
Via Observatório do Clima
Foto: Getty Images
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outubro 2017 | Agronegócio, Direitos indígenas
Teve um ex-ministro da Justiça aí que disse que ninguém come terra. Mas a fome da bancada ruralista é medonha. Sempre solícito com sua base de apoio, o presidente Temer se prepara para soltar uma MP para liberar o arrendamento de Terras Indígenas para o agronegócio.
Como a MP 759, que ficou conhecida como MP de Grilagem, esta pode ser uma forma de regularizar invasões. “Temer faz um bom negócio, pagando em terras indígenas pelos votos com que a bancada ruralista promete. O objetivo é legalizar crimes alheios para blindar os próprios”, declarou Marcio Santilli, fundador do Instituto Socioambiental – ISA. Até onde quer expandir suas fronteiras o agronegócio?
Via Estadão
Foto: Marcello Casal Jr.
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abril 2017 | Cerrado
Enquanto a exuberância da vegetação da Amazônia grita ao mundo a sua importância para o bem-estar do planeta, a beleza da flora do Cerrado é interior. Talvez por isso a gente não lhe dê a devida atenção. O segundo maior bioma brasileiro corre o risco de virar um imenso pasto ou lavoura de soja. E as consequências disso serão catastróficas.
O Cerrado é como uma floresta de cabeça para baixo: suas árvores têm raízes profundas, maiores do que as copas. Elas são responsáveis por absorver a água da chuva e depositá-la em reservas subterrâneas, os aquíferos. Na região, também nascem oito das 12 grandes bacias hidrográficas brasileiras. Se o atual índice de desmatamento permanecer até 2050, teremos a extinção de 1.140 espécies vegetais endêmicas do bioma. E aí a fonte vai secar.
A rapidez com que se está destruindo o Cerrado pode esgotar os aquíferos Guarani, Urucuia e Bambuí, que abastecem torneiras de todas as regiões do país. Ou seja: o problema também é de quem mora nas grandes cidades. O estopim desse cenário apocalíptico é a fronteira agrícola do Matopiba, nome dado ao avanço da agropecuária num território de 400.000 km² espalhados por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O bioma já perdeu 46% de sua flora nativa. A vegetação que chega com o gado e as monoculturas tem raízes curtas e é incapaz de cumprir o papel de acumular líquido. O Cerrado é a nossa caixa d’água. É hora de termos visão estratégica e olharmos além da próxima safra.
Sem Cerrado não tem água. E sem água não tem vida.
Via BBC Brasil
Saiba mais: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39391161