Fechou o tempo na Índia

Fechou o tempo na Índia

Fechou o tempo em Nova Delhi, na Índia. E as escolas e a entrada de caminhões. A construção de novos prédios na cidade também está temporariamente proibida. O governo local tomou essas medidas de emergência depois que a poluição do ar na cidade atingiu um nível quase 39 vezes maior do que o considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde.

A causa desse fumacê medonho é uma mistura indigesta do que sai das chaminés das indústrias e dos escapamentos dos veículos, das condições meteorológicas e da queima de resíduos de agricultura nas vizinhanças. E, é claro, do descaso nosso de cada dia com o meio ambiente.

Via G1

Foto: The Logical Indian

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Recorde sombrio

Recorde sombrio

Batemos mais um recorde: a concentração de CO₂ na atmosfera atingiu a 410 partes por milhão em abril. Nos 250 mil anos de existência do Homo sapiens, nunca havíamos chegado perto desse valor. Há 60 anos, quando começaram as medições, estávamos em 315 ppm.

Segundo as evidências, a última vez o carbono bateu os 400 ppm foi há 3,5 milhões de anos. A temperatura era 3º C mais alta do que hoje e o nível do mar, 20 metros mais elevado. Isso derreteu geleiras, além de provocar eventos climáticos extremos e a extinção de espécies. O que aconteceu naquela época por causas naturais, hoje se deve ao modelo de desenvolvimento que adotamos depois da Revolução Industrial. Em nome de que arriscamos causar a nossa própria extinção?

Via Observatório do Clima

Foto: Shutterstock

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Mariana: dois anos como um dia

Mariana: dois anos como um dia

Parece que foi ontem. A tragédia de Mariana está fazendo dois anos, mas para as vítimas do maior desastre ambiental do país, é como se tivesse se passado só um dia: ninguém foi julgado, indenizações não foram pagas, o Rio Doce continua morto e cerca de mil pessoas ainda não receberam suas novas casas. Mais de 700 dias se passaram, mas o luto dos 540 Krenak não tem dia para passar, desde que 34 milhões de metros cúbicos de lama tóxica tomaram o rio que chamam de Uatu e praticamente extinguiu sua cultura. As crianças hoje aprendem a nadar em caixas d’água e os remédios, tirados da flora nativa, agora precisam ser comprados em farmácias. As cerimônias à beira do rio acabaram e houve quem morresse de depressão, tamanha a tristeza. 

Morando provisoriamente em Mariana, em imóveis alugados, famílias atingidas pelo desastre dos distritos rurais de Paracatu e Bento Rodrigues, além de enfrentarem a incerteza, chegam a ser hostilizadas por locais. E devem esperar ainda mais dois anos até que suas novas casas fiquem prontas. O desemprego no município saltou de 5% para 23% desde que as atividades da Samarco foram suspensas. A lama virou poeira tóxica e está espalhando doenças pela região. Os doentes não recebem tratamento adequado: às vezes, mães precisam escolher qual filho levarão ao médico. Em novembro do ano passado, a Justiça Federal em Ponte Nova (MG) aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra 22 pessoas e as empresas Samarco, Vale, BHP Billiton e VogBR pelo rompimento da barragem de Fundão. Mesmo com responsabilidade comprovada, ninguém ainda foi condenado. Brechas na lei congelam o tempo em Mariana.

Samarco e suas controladoras (Vale e BHP) criaram a Fundação Renova para fazer o trabalho social, o de reconstrução e o de restauração ambiental. A previsão é que remoção de resíduos acabe em 2020, e que R$ 2 bilhões sejam pagos em indenizações, mas ainda não se tem a real dimensão do tamanho do desastre. O equivalente a 120 navios petroleiros de lama desceu 55 km do Rio Gualaxo do Norte e mais 22 km do Rio do Carmo até ambos desaguarem no Rio Doce. De lá, rumou para o mar, no município de Regência (ES), percorrendo ao todo 663 km. Não dá para saber ainda qual será o tamanho do estrago no litoral, já que a foz do rio continua a despejar rejeitos. A única certeza a respeito de Mariana é que não devemos esquecer dela, para que tragédia igual nunca se repita.

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Mudanças climáticas fazem mal à saúde

Mudanças climáticas fazem mal à saúde

Não é só mais a gripe que a gente pega quando vira o tempo: as mudanças climáticas estão, definitivamente, afetando a nossa saúde. Segundo um estudo internacional publicado hoje na revista médica The Lancet, elas podem levar a medicina a regredir 50 anos. E o relatório, assinado por 24 instituições, diz ainda que os efeitos podem ser permanentes.

Além das 18 mil pessoas que morrem por dia por causa da poluição, somos afetados de diversas formas, até indiretamente. Por exemplo: o aumento de 1°C na temperatura, faz a produção de trigo cair 6% e a de arroz, 10%. Menos comida, mais gente desnutrida. Mais um tema a ser debatido na Conferência do Clima em Bonn, na Alemanha (COP-23), que começa semana que vem.

Via O Globo

Foto: Damir Sagolj/Reuters

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Jardins suspensos urbanos

Jardins suspensos urbanos

Quanto mais verde, mais saudável é a metrópole.
A Cidade do México é uma das mais poluídas e cinzas do mundo, mas está ganhando uma corzinha.
A capital mexicana ganhou 60 mil metros quadrados de jardins, plantados nas pilastras de um viaduto.
O monstrengo de concreto, que corta 27 quilômetros da cidade, ficou mais bonito e a folhagem ainda ajuda a purificar o ar.
Aqui no Brasil, São Paulo está com um projeto semelhante. Vamos torcer para que a ideia floresça.
Via CicloVivo
Saiba mais: https://ciclovivo.com.br/noticia/mexico-transforma-colunas-de-viadutos-em-jardins-verticais/

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