Metais pesados contaminam o fim do mundo

Metais pesados contaminam o fim do mundo

Estamos indo longe demais: pesquisadores brasileiros e franceses encontraram contaminação de metais pesados, cádmio e mercúrio, em moluscos e crustáceos no arquipélago de Kerguelen, um dos lugares mais isolados do planeta.

Kerguelen é formado por 300 ilhas e fica no sul do oceano Índico, a meio caminho entre a África e a Austrália, a 4 mil quilômetros ao sul da Índia e 2 mil quilômetros ao norte da Antártica. Estamos poluindo até o fim do mundo.

Via Agência Fapesp

Foto: Nasa

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Querem azedar a Ilha do Mel

Querem azedar a Ilha do Mel

A Ilha do Mel está a perigo. E é mais um caso em que interesses particulares se sobrepõem ao bem-comum. A construção de um porto e de uma rodovia, que rasgaria um trecho intocado de Mata Atlântica, ameaça um dos mais famosos pontos turísticos do Paraná.

A já chamada Estrada da Destruição serviria a empresas poluidoras como a Catallini, responsável pelo desastre do navio Vicuña, que explodiu em 2004 e deixou uma mancha de 18 km no mar. Na região, existem duas Unidades de Conservação. O povo paranaense vai deixar? Lembrando que os paulistas conseguiram barrar a termelétrica de Peruíbe.

Via O Eco

Foto de divulgação

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Primeira marcha engatada contra o diesel

Primeira marcha engatada contra o diesel

Leipzig engatou a primeira marcha: a corte federal alemã na cidade decidiu ontem (27/2) autorizar os municípios a proibirem a circulação de carros movidos a diesel com índice alto de poluição. Eles poderão por em prática a medida, mesmo que não haja uma lei nacional que a regulamente. Hoje foi Roma que anunciou que planeja proibir a circulação de veículos a diesel no centro, a partir de 2024.

As cidades alemã e italiana seguem o exemplo de Nova York, que vai processar indústrias petroleiras, acusando-as de serem responsáveis por prejuízos causados pelas mudanças climáticas. Às vezes, as grandes revoluções começam assim, pequenos passos dados aqui e ali. Por isso sempre dissemos: #CadaGotaConta!

Via AutoEsporte

Foto: Fabrizio Bensch/Reuters

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Acordo de Paris pode ir pelos ares e a pique

Acordo de Paris pode ir pelos ares e a pique

Semana passada caiu uma enxurrada de notícias preocupantes. A mais assustadora se refere à velocidade em que o nível do mar vem subindo. E que nem se as atuais metas do Acordo de Paris forem cumpridas à risca, poderemos evitar essa catástrofe. Mas os ajustes necessários esbarram em entraves, digamos, diplomáticos que impedem, por exemplo, que atividades altamente poluidoras, como a aviação comercial e a navegação de carga e transporte, sejam incluídas no tratado do clima.

Como as emissões de gases do efeito estufa produzido por essas empresas acontecem em águas ou espaço aéreo internacionais, não entram na conta de nenhum país. Fora que a maioria das empresas são multinacionais e as bandeiras dos navios não representam, necessariamente, os países a que de fato eles pertencem – muitas embarcações são registradas em paraísos fiscais como Panamá e na Libéria. E, portanto, não estão presentes em nenhuma das metas de redução acordadas por seus signatários.

Em abril, a Organização Internacional Marítima (IMO) pretende lançar sua própria estratégia de controle de emissões. Há quem o considere o acordo climático do ano. Afinal, a previsão era a de que as taxas de crescimento das emissões da indústria da marinha mercante deveriam crescer entre 50% e 250% até 2050. Mas o pensamento é de longo prazo e as medidas, consideradas paliativas.

A aviação também fez suas próprias promessas: em 2016, 191 países se comprometeram a reduzir as emissões de CO2 do setor aéreo, mas divididas em duas vezes: a ideia é chegar em 2035 com os mesmos os níveis de 2020; e em 2050, com os até os de 2005. A Organização Internacional de Aviação Civil (Icao), estimou em 3,7 bilhões o total de viajantes em 2016. Este número só cresce desde 2009. Até 2035, a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) prevê um aumento para 7,2 bilhões. E aviões não emitem apenas CO2, como também óxido de nitrogênio, vapor d’água e causa trilhas de condensação e alterações das nuvens, que ajuda a bagunçar ainda mais o clima no planeta.

Segundo um estudo liderado por cientistas do Instituto Postdam, na Alemanha, e publicado na revista Nature Communications, a elevação média do nível dos oceanos será de 70 centímetros a 1,2 metro próximos 200 anos, caso seja cumprida a meta do Acordo de Paris. Mas essa estimativa só vale caso as médias de temperatura globais atinjam o seu pico até 2020 e comecem a cair logo em seguida. Depois deste prazo, cada cinco anos de atraso vão corresponder a 20 centímetros a mais no nível dos oceanos.

No artigo, os pesquisadores também concluem que não há mais a possibilidade de uma estabilização nesse nível, mesmo que as metas do tratado sejam atingidas com rapidez. “As mudanças climáticas provocadas pelo homem já deixaram pré-programada uma certa quantidade de elevação do nível dos oceanos para os próximos século e, com isso, pode parecer para alguns que nossas ações atuais não fazem grande diferença. Mas nosso estudo mostra como essa percepção é errada”, disse o autor principal da pesquisa, Matthias Mengel, do Instituto Postdam. Segundo Mengel, a elevação do nível dos mares é causada pelo aquecimento e a consequente expansão da água do mar, assim como pelo derretimento dos glaciares e do gelo que cobre a Groenlândia e a Antártica.

E o Brasil nessa história, como fica? Bom, para começar, aqui barcos, aviões e helicópteros sequer pagam o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). E, sofrendo o forte lobby da mineradora Vale, que escoa boa parte de sua produção por via marinha, o governo tem feito de tudo para que a conta o acordo da Organização Internacional Marítima não seja paga pelas empresas. Seguimos à toda, na contramão: não vamos esquecer dos generosos subsídios que o governo deu à indústria dos combustíveis fósseis. Já entendeu quem é que vai pagar por isso?

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Uma chance para a navegação ‘verde’

Qual é o impacto ambiental das viagens aéreas?

 

Soldados do meio ambiente

Soldados do meio ambiente

Intervenção militar do bem: a China convocou 60 mil soldados para plantar árvores. A ideia é reflorestar uma área de 84 mil km² até o fim do ano, o que dá mais ou menos uma Irlanda.

As florestas cobrem 21% da China e a meta é chegar a 23% até 2020, para tentar reduzir a poluição no país. O verde oliva dando uma força para o verde floresta.

Via CicloVivo

Foto: Jia Ce/Asia News

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