Cientistas detectaram que uma fenda na quarta maior plataforma de gelo da Antártida já chegou a 130 km de extensão. Essa rachadura vai fazer com que um bloco de 6.000 km² – cinco vezes a área da cidade do Rio de Janeiro – simplesmente se desprenda do continente gelado. Para piorar, também foram contabilizados quase 8 mil lagos na superfície dos glaciares na costa Leste – justamente o fenômeno que antecedeu o degelo na Groenlândia nos últimos anos. Precisamos encarar os fatos e agir! Via Revista Visão Foto: Latinstock Saiba mais: https://visao.sapo.pt/ambiente/clima/2016-08-26-Bloco-de-gelo-do-tamanho-do-Alto-Alentejo-vai-soltar-se-na-Antartida
Estamos brincando com fogo – e pode não ter como apagar. O Cerrado é a nossa caixa d’água e o seu desmatamento emite o dobro de gases de efeito estufa do que a indústria nacional.
O bioma está sendo queimado para abrir mais espaço para o gado e a lavoura. Para conter esse avanço, o Ibama vem aplicando multas pesadas em quem planta soja onde não deve. Só na Operação Shoyo foram R$ 105,7 milhões. Se o desmatador não tem consciência ambiental, que aprenda sentido o bolso doer.
Não dá mais pra fingir que a gente não tem nada a ver com isso: a seca na Amazônia de 2016, a pior em 100 anos, teve a mão do homem. Segundo um estudo da Universidade de Connecticut, publicado na Scientific Reports, o desmatamento e o aquecimento provocado pela emissão de CO2 contribuíram decisivamente para a falta de chuvas na região.
Das secas analisadas pelos cientistas (de 1983, 1998, 2005, 2010 e 2016), a do ano passado foi a primeira que não pôde ser justificada só pelo aumento da temperatura da superfície dos oceanos.E tem gente que ainda quer tirar a terra dos índios, logo eles que cuidam como ninguém da floresta.
Um calor dos infernos. A onda de altas temperaturas que vem castigando a Europa ganhou um nome à altura: Lúcifer. A Itália e os Balcãs são as zonas mais afetadas, e já foram registradas duas mortes na Romênia e uma na Polônia. O serviço meteorológico europeu, Meteoalarm, botou dez países em alerta vermelho. Na Espanha, a temperatura pode chegar aos 44° C.
E o pior é que Lúcifer deve continuar infernizando a vida dos europeus também nesta semana. Vamos rezar para São Pedro dar um refresco para os nossos irmãos do Hemisfério Norte. Mas se não fizermos a nossa parte, ondas de calor como estas podem se tornar cada vez mais constantes. É o que dá acender uma vela para o diabo – o desenvolvimento insustentável.
Nós sempre teremos Paris. Mas pode não ser o bastante. Mesmo que as metas do acordo climático assinado na capital francesa sejam cumpridas, as chances de conseguirmos manter o aumento da temperatura média do planeta em 1,5° C ou 2° C são muito pequenas. Ínfimas, até. Segundo estudos publicados ontem no periódico Nature Climate Change, elas variam de 1% a 5%.
Foram levadas em conta variáveis como o aumento da população e o crescimento da economia. Ou damos uma guinada radical em nossa matriz energética, para ontem, ou vamos ter que nos acostumar a viver num planeta bem diferente.