Secas e inundações afetam 55,7 milhões no Brasil

Secas e inundações afetam 55,7 milhões no Brasil

É um estrago da gota serena: em quatro anos, secas e inundações afetaram 55,7 milhões de pessoas no Brasil (mais de um quarto da população) e causaram um prejuízo de R$ 36 bilhões. Os dados, referentes ao período de 2013 a 2016, são do novo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA).

O maior reservatório do Ceará, o açude Castanhão, atingiu pela primeira vez seu volume morto desde que foi inaugurado, em 2002. Medidas de prevenção são o remédio mais eficaz na luta contra os efeitos das mudanças climáticas. Só que o orçamento está mais minguado do que a água. Depois do fato consumado, não adianta rezar pro Padim Ciço.

Via Estadão

Imagem: Carlos Marlon/Jornal Nacional

Saiba mais

Seca na Amazônia teve a mão do homem

Seca na Amazônia teve a mão do homem

Não dá mais pra fingir que a gente não tem nada a ver com isso: a seca na Amazônia de 2016, a pior em 100 anos, teve a mão do homem. Segundo um estudo da Universidade de Connecticut, publicado na Scientific Reports, o desmatamento e o aquecimento provocado pela emissão de CO2 contribuíram decisivamente para a falta de chuvas na região.

Das secas analisadas pelos cientistas (de 1983, 1998, 2005, 2010 e 2016), a do ano passado foi a primeira que não pôde ser justificada só pelo aumento da temperatura da superfície dos oceanos.E tem gente que ainda quer tirar a terra dos índios, logo eles que cuidam como ninguém da floresta.

Via: DW Brasil

Foto: Diário do Amapá

Saiba mais

Sirene climática

Sirene climática

A sirene não para de tocar. O número de municípios brasileiros que decretaram situação de emergência por causa de eventos climáticos extremos cresceu 35% no primeiro semestre de 2017 em relação ao ano passado.

O Nordeste é a região mais atingida, castigada pela seca e também pela chuva, que deixou milhares de desabrigados em Alagoas e Pernambuco, em maio.

No Rio Grande do Sul, enchentes causaram um prejuízo de R$ 15 milhões em Caxias do Sul, Guaporé e Veranópolis.
É um toma-lá-dá-cá climático: o país esquentou em média 1º C nos últimos 50 anos. Só não vê correlação quem não quer.

Via Observatório do Clima

Foto: G1

Saiba mais: https://www.observatoriodoclima.eco.br/numero-de-cidades-em-estado-de-emergencia-cresce-35/

Chapada pega fogo

Chapada pega fogo

O Brasil é uma grande fogueira. Desde terça-feira, o fogo consome o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Patrimônio Natural da Humanidade, que foi ampliado em junho deste ano. Mais de 200 pessoas tentam em vão apagar as chamas, que já consumiram 35 mil hectares, ou 14,6% da áreas da reserva de Cerrado.

As condições climáticas (ventos fortes, temperaturas acima dos 35°C e a seca) ajudam o fogo a se alastrar, mas o incêndio foi criminoso, segundo Fernando Tatagiba, chefe do parque: “Alguém botou fogo na vegetação dos dois lados da rodovia GO-118 e no interior uma área desmatada que serve justamente como medida de prevenção de incêndios. Certamente se trata de uma pessoa que conhece a região e a nossa dinâmica de combate às chamas”, disse ele. Segue a queima total de nossas riquezas.

Via Exame

Foto: FernandoTatagiba/ICMBio

Saiba mais

Mudanças climáticas podem colocar seu vinho favorito pode estar em risco

Mudanças climáticas podem colocar seu vinho favorito pode estar em risco

Apesar de estarmos na época mais propícia para o consumo vinho no hemisfério sul devido as temperaturas amenas, as videiras estão sendo podadas para começar a produção durante a primavera e os produtores precisam lidar com as geadas e as baixas temperaturas que podem prejudicar a plantação.

Intempéries como granizo, seca e incêndios também afetam a produção de uva, seja no Brasil, no Uruguai, Chile ou Argentina, onde fica Mendonza, uma das maiores regiões produtoras de vinho do mundo.  

A pesquisa Global Wine Risk Index feita em mais de 130 países e 110 mil vinícolas, coloca a região argentina como a que mais sofre com as mudanças climáticas quando relacionado à produção mundial de vinho. Mendoza é atingida por todos esses problemas, além dos terremotos que frequentemente sacodem a região.

Desenvolvido por uma equipe de geofísicos, geocientistas, meteorologistas e economistas, o estudo utilizou de dados sobre as perdas da indústria vitivinícola devido aos fenômenos naturais. No Brasil, a região Sul que é a maior produtora de vinho do país, também está vulnerável às mudanças climáticas.

Não são só as vinícolas da América do Sul que tem sofrem com as mudanças climáticas. Na França, a produção caiu 10% em 2016 quando comparada ao ano anterior. Essa queda está associada principalmente ao aumento do número de geadas. Foi então que enólogos das regiões de Champagne, Bordeaux e Borgonha instalaram fogueiras, aquecedores e estão usando até helicópteros para salvar as plantações. Para evitar prejuízo, os agricultores instalaram tochas de fogo para criar correntes de ar sobre as videiras e evitar que a geada as atinja.

A Itália, que detém aproximadamente 18% da produção mundial, também está prejudicada pelas mudanças climáticas. Produtores da região de Vêneto, no norte do país, assim com os franceses, já estimam uma grande perda na safra deste ano, o que afetará o valor dos vinhos daqui alguns anos, quando estas safras chegarem ao mercado.

Mas é do “país da bota” também que uma invenção chama atenção. O Wineleather: couro vegetal com resíduos de vinho. A produção não utiliza água, ácido ou metais pesados, além de envolver animais. O produto criado por um arquiteto é composto de fibras e óleos contidos no bagaço da uva: peles, sementes e caules. Todos esses componentes podem ser obtidos durante a produção do vinho, ou seja, é uma maneira de aproveitar algo que já seria descartado. A ideia tem tudo para ser um sucesso, contato que as produções de uva e vinho resistam às mudanças climáticas.

Fotos: Universo Evino, Bom Gourmet e Ciclo Vivo
Saiba mais em:
https://glo.bo/2peXWVF
https://glo.bo/2p69grV
https://bit.ly/2qxetEN
https://bit.ly/2qKwi4P

Translate »