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Emenda de Kigali dá mais um passo

Emenda de Kigali dá mais um passo

Um sopro de ar fresco: a Emenda de Kigali foi aprovada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Ela precisa passar agora por mais duas comissões para ir à votação em Plenário. Será uma forma de usar os aparelhos de ar condicionado para ajudarem a resfriar o planeta também.

A emenda incide sobre o Protocolo de Montreal, que regula os gases usados em refrigeração e é o mais bem-sucedido tratado ambiental da História. Esses gases provocam o efeito estufa e são até 14.800 vezes mais potentes do que o CO₂. Sua eliminação progressiva pode representar 0,5°C a menos de aquecimento até 2100. Por isso, é uma das mais poderosas medidas para conter as mudanças climáticas – que estão chegando com tudo.

Foto: Jan Tiki

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Ninguém é imune às ameaças climáticas

Ninguém é imune às ameaças climáticas

Ninguém está imune às ameaças climáticas, nem mesmo os ricos e famosos. Os cantores Neil Young e Miley Cyrus e o ator Gerard Butler (foto) tiveram de abandonar seus lares. Empurrados pelo aquecimento global, os incêndios na Califórnia saíram da floresta e chegaram às cidades. Mais de 4o mortes já foram confirmadas.

Lady Gaga aprendeu com grandeza essa lição. Ela se voluntariou à Cruz Vermelha para aliviar o sofrimento de quem, como ela, perdeu sua casa para o fogo. Assim agem os ídolos: botando a mão na massa e conscientizando os fãs.

Via Folha de S.Paulo​

Foto: Gerard Butler

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Mudanças de rumo no clima

Mudanças de rumo no clima

O Brasil se juntou no ano passado a um importante esforço planetário pelo clima ao ratificar o Acordo de Paris. Mas as palavras do documento assinado por Michel Temer parecem ter voado ao sabor do vento. Desde então, seu governo retirou recursos do Ibama, cortou pela metade a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará, e planeja uma redução similar em Unidades de Conservação no Amazonas. Mudanças de rumo que no futuro irão se refletir no clima.

O pior, no entanto, ficou mesmo com a questão indígena.

A lista de ações temerárias vai da tentativa do ex-ministro da Justiça e hoje ministro no STF, Alexandre de Moares, de mudar o rito de demarcações à nomeação do ruralista Osmar Serraglio como seu sucessor no Executivo.

Em carta publicada hoje, Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, na Folha de S.Paulo, Carlos Rittl, do Observatório do Clima, explica ao presidente que o Brasil precisa inverter os atuais rumos de sua agenda ambiental.

Vamos torcer para que a missiva permaneça sob sua atenção e não seja mais uma a criar asas e voar para longe das decisões de Brasília.

Foto: Fato Curioso

Leia a carta: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/03/1866927-presidente-precisamos-falar-sobre-clima.shtml

Danos abissais

Danos abissais

Os danos que temos causado aos oceanos não são somente os visíveis, a sujeira que boia à superfície: o fundo do mar também não está para peixe. Um estudo da Universidade de Aberdeen, na Escócia, revelou que a sujeira que produzimos chegou às regiões mais remotas do planeta. Foram detectados altos níveis de poluição nas fossas de Kermadec e das Marianas, no Oceano Pacífico, a 10 mil metros de profundidade. A contaminação por poluentes orgânicos persistentes (POPs) foi identificada em crustáceos recolhidos naquelas zonas abissais. E essa não é a única notícia preocupante que nos chega dos sete mares.

A vida marinha está com falta de ar: segundo cientistas alemães, a quantidade de oxigênio dissolvido nos oceanos caiu 2% nas últimas cinco décadas. O número pode não parecer grandes coisas, mas mesmo pequenas variações são capazes de provocar estragos permanentes em ecossistemas de equilíbrio frágil, como o mar – podem até causar a extinção de espécies. Os pesquisadores do Helmholtz Centre atribuem ao aquecimento global 15% dessa perda. Funciona assim: a temperatura do oceano sobe e o gás escapa com mais facilidade, como numa garrafa de refrigerante quente.

A outra ameaça submarina repousa adormecida no Pacífico. E ela é bem grande. Pesquisadores da Universidade Queen Mary, na Inglaterra, descobriram um bolsão de metano que vai da costa da América Central ao Havaí. O gás é 25 vezes mais devastador para o clima do que o CO2. Por enquanto, é inofensiva, jaz entre 300 e 500 metros de profundidade; mas convém não cutucá-la com vara curta. Grandes agitações no oceano liberariam o gás para a atmosfera. A dragagem, a pesca de arrasto e a instalação de plataformas de petróleo podem despertá-la. Ou seja, como nos casos anteriores cabe a nós, juntos, evitar danos mais profundos.

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