Estética ancestral

Estética ancestral

Por Vinícius Leal

Desde que o Brasil foi ‘des-coberto’ vê-se toda nudez ser castigada sem ter consciência a respeito de quem, de fato, está nu. O ato de existir vem sendo elaborado, até então, em cima de diversos aspectos da vida social: político, econômico, cultural… A moda como expressão da necessidade humana de afirmar sua identidade coloca-se em um local estratégico, uma vez que se situa entre o indivíduo e o meio no qual ele está inserido.

Dessa relação desnudam-se inúmeros sentidos de ser e estar no mundo. O que para a sociedade não-indígena se manifesta como uma identificação com grupos culturais, tendências ou estéticas construídas, para os povos originários é uma afirmação política de resistência em uma sociedade que homogeneiza tudo; é parte de uma relação profunda com seu passado ancestral. Sabe-se de onde vem e isto guia o sentido para onde se quer ir. 

Funciona como um espelho de quem se é. A estética e a arte estão na essência e no âmago da existência dos povos. Por isso são tão verdadeiras. Darcy Ribeiro dizia que toda tecnologia desenvolvida a partir do pensar e do fazer indígena tem um sentido de ser estético e artístico muito forte. Tudo é criado como manifestação da existência indígena. 

Seja a arte plumária dos Kamaiurá, ou os grafismos dos Sateré-Mawé, passando pelo cuidado com os cabelos característico das indígenas Kayapó, até os adornos circulares usados na cabeça  pelos Ashaninka, percebe-se que cada povo expressa sua própria estética e sua arte em uma amplitude de cores e formas, o que torna a moda indígena fundamentalmente diversa, na proporção à variedade de nações e povos existentes no Brasil: 305 para ser mais exato. 

Com a recente e histórica ocupação dos povos originários em inúmeros espaços de poder, seja nas aldeias, nas cidades, na política, nas telas – incluindo as digitais –, nos palcos ou passarelas, a estética e a moda indígenas alcançam um novo patamar de significado para os brancos: seus elementos se transmutam em sinônimo de empoderamento, manifestação política e marca de resistência de um Brasil ancestral.

“Antes, nós tínhamos receio [de usar a moda indígena na cidade] por causa do preconceito. De andar pintado também. Mas, hoje em dia, não”. A estilista e artesã indígena Yrá Tikuna, que vem despontando no mercado da moda do Amazonas para o resto do país, mostra que essa virada de chave é parte de uma história que vem sendo consolidada. 

Após quatro anos de um governo extremamente nocivo aos povos originários, como foi o do ex-presidente Jair Bolsonaro, a retomada desta terra indígena chamada Brasil passa pela comunicação estética que somente a moda pode proporcionar: espalhar uma ideia capaz de ‘reflorestar corações e mentes’, parafraseando Sônia Guajajara, de forma orgânica e coerente com o que se é. 

Os vestidos com mangas esvoaçantes de liberdade da deputada federal Célia Xakriabá; os brincos de penas que se assemelham a flores que adornam o rosto da ativista e influenciadora digital Sâmela Sateré-Mawé; ou as pinturas com tinta natural de jenipapo que desenham o corpo da cantora e compositora Kaê Guajajara em suas apresentações musicais, são ocupação potente destes novos tempos.  

Célia, Sâmela e Kaê carregam consigo texturas, cores e formatos que estão para além da roupa, maquiagem e acessórios. A moda indígena é amuleto que alimenta seu empoderamento. Em seus diferentes espaços de poder, elas fazem do próprio corpo território de expressão artística de poder, política e resistência. E mais: da possibilidade de transformação da realidade a que pertencem. 

 

Rios e redes tecendo culturas

Rios e redes tecendo culturas

Por Vinícius Leal*

Se fosse um país, a Amazônia Legal – que inclui Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins –, com seus 5 milhões de km², seria o sexto maior do mundo. A floresta, que se espalha por uma área de 7,8 milhões de km² no total, cobrindo também Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, abriga um terço das árvores do mundo, além de 20% da água doce. Seus serviços ambientais – que vão desde mandar chuva para boa parte da América do Sul a ajudar a regular o clima do planeta – são reconhecidamente inestimáveis. Nossa própria existência depende de sua sobrevivência.

Em 2007, essa jovem senhora de 2,5 milhões de anos de idade, casa de 38 milhões de pessoas (28,1 milhões no Brasil, segundo estimativa de 2020), ganhou uma data comemorativa para chamar de sua: o 5 de setembro. Não é de hoje que ela vem sendo saqueada por gente que não enxerga um palmo de futuro adiante do nariz, mas a pilhagem vem crescendo vertiginosamente nos últimos anos. Por isso, outro fruto da terra, tão valioso quanto a sua biodiversidade, que é a sua cultura multifacetada, plantou a ideia de fazer este Dia da Amazônia não passar em branco, mas em verde. Até o dia 10 acontece uma virada cultural com o objetivo conscientizar a população sobre a necessidade de protegê-la, com eventos em sete estados da Amazônia Legal – e outros 15 Brasil afora.

“É por meio da cultura que a gente aprende a se relacionar com as pessoas, conversar e dialogar e, sobretudo, aprende a aprender. São as culturas dos povos da Amazônia que podem ensinar o que é o bem viver, o que é a política do compartilhamento de bens, saberes e, sobretudo, do compartilhamento daquilo que se colhe da natureza”, explica a jornalista, cineasta e produtora cultural Joyce Cursino, que coordena e integra diversos eventos nos estados da Amazônia dentro da programação da virada cultural. Ou seja, a viver da e na floresta de forma sustentável. E haja povos e culturas diferentes. Só indígenas, são mais de 180, cada qual com conhecimentos próprios.

Há também quilombolas – 873 comunidades, segundo dados preliminares do IBGE, que começou em agosto o primeiro censo oficial desta população –, seringueiros, ribeirinhos, pescadores artesanais, agricultores familiares, piaçabeiros (que vivem da extração da fibra da palmeira da piaçava, utilizada na fabricação de vassouras) e peconheiros, que tiram seu sustento do açaí. E, para que não restem dúvidas, garimpeiros não são um povo tradicional da floresta, como querem alguns. “A cultura amazônida é invisibilizada por um pensamento eurocêntrico, que põe à margem outros saberes e conhecimentos. Não haverá democracia, justiça e transformação social enquanto as culturas dos povos brasileiros não estiverem no centro do debate político, social e ambiental desse país”, reforça Joyce.

Mas se a puseram à margem, essa cultura se espalha de forma literalmente marginal. A Bacia do Amazonas, a maior da Terra, tem 25 mil km de rios navegáveis. Muito antes da invenção da internet era por essa via que ela já circulava e os amazônidas trocavam informações, formando uma espécie de rede. Quem já teve o prazer de fazer uma viagem de barco entre Manaus e Belém, as duas maiores cidades da região, é testemunha desse intercâmbio e diversidade. Cada cidade, comunidade ou povoado tem suas peculiaridades. E mesmo os povos mais antigos sabem que a cultura é dinâmica e que todo conhecimento tem sua utilidade.

A virada cultural pelo Dia da Amazônia acontece não só em cidades da região, como Belém, Manaus, Macapá e Santarém, mas em outras espalhadas pelo Brasil, porque preservar a maior floresta tropical do planeta é do interesse de todos os brasileiros: São Luís, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte também estão na lista. A intensa programação terá atrações gratuitas que vão dos shows musicais a cine-debates, saraus, passeios e mobilização nas ruas; um conglomerado multicultural com mais de 520 atividades espalhadas por 22 estados brasileiros.

Arte e ciência também têm um caráter subversivo do bem, ambas têm o poder de passar mensagens subliminares, que são compreendidas somente por seus destinatários. “A gente acredita no poder da cultura de transformação social, de movimentar imaginários e atingir diversos territórios. A cultura é capaz de ‘hackear’ os sistemas e, através de sua voz, a gente pode falar coisas que muitas vezes são censuradas. Historicamente, a cultura tem um papel muito importante em movimentos sociais e políticos”, explica Helena Ramos, uma das coordenadoras da iniciativa.

A mobilização pró-Amazônia pretende validar a cultura como uma ferramenta de luta pela proteção da floresta e, principalmente, pelo reconhecimento dos povos tradicionais que ajudam a manter essa biodiversidade. E esse reconhecimento começa com a garantia de proteção desses territórios, por meio da demarcação de terras indígenas, titulação de comunidades quilombolas e defesa de outras áreas de proteção ambiental onde vivem ribeirinhos, extrativistas e tantos outros povos amazônicos. Reconhecidamente os guardiões da floresta, as populações tradicionais são capazes de frear a derrubada da mata nativa e, assim, preservar essas áreas altamente vulneráveis. Uma das principais metas da virada cultural Amazônia de Pé é justamente turbinar essa colheita.

“Somos a última geração que pode salvar a Amazônia”, diz o mote da mobilização. Sentiram a responsa? “A ideia é que, na semana do Dia da Amazônia, todos os equipamentos culturais, todos os artistas, onde quer que estejam, falem sobre isso”, diz Helena. Ou seja, o convite é aberto a todos. Mais do que nunca, a Floresta Amazônica precisa que a gente ponha a boca no trombone – e no microfone.

*Vinícius Leal – jornalista com experiência em produção de notícias, redes sociais e comunicação estratégica em meio ambiente e povos tradicionais – é correspondente na Amazônia da Uma Gota no Oceano.

 

Saiba mais:

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Fatos da Amazônia

Quilombolas no Brasil

A Idade da Floresta

Raio X da Ocupação da Amazônia

Os povos da Floresta

Luz, Câmera, Amazônia

Luz, Câmera, Amazônia

Por Vinícius Leal*

Não é coisa de cinema, muito menos a lei da selva: a luta para se manter vivo na Amazônia é uma rotina real de quem habita a região e não é natural dela. Seja no meio da floresta, na beira do rio ou nas periferias das grandes cidades, cresce o acirramento das disputas pelo controle desses territórios, tomados à força por grupos criminosos ligados ao garimpo, grilagem, narcotráfico, pesca e extração de madeira clandestinas. Violência que vem aumentando a cada ano – das 30 cidades mais violentas do país, dez estão na região amazônica – e que, somada à desigualdade e ao abandono estatal, ocupa os noticiários ao redor do mundo. A dura realidade está se impondo.

Mas esse não é o único espaço que as histórias amazônidas estão conquistando: elas também vêm ganhando notoriedade na produção audiovisual e ocupando um lugar de prestígio no cinema brasileiro e internacional, pondo em evidência não só a narrativa indígena, como alçando os próprios povos tradicionais à condição de diretores, atores, roteiristas e produtores. Olhares e fazeres que ajudam a retratar uma realidade agonizante e febril, mas que também se apresenta resiliente e poética.

“A última floresta” (2021), documentário com elementos de ficção dirigido por Luiz Bolognesi, que assina o roteiro junto com a liderança Yanomami Davi Kopenawa, retrata bem esse cenário: um grupo de indígenas isolados tenta manter vivas suas tradições espirituais enquanto enfrenta e expulsa garimpeiros de seu território. Já disponível na plataforma de streaming Netflix e premiada em diversos festivais de cinema, incluindo os de Berlim e Seul, e no 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, a obra retrata o cotidiano daquele povo no Brasil atual: segundo o último levantamento da Hutukara Associação Yanomami, divulgado em abril, há mais de 20 mil garimpeiros atuando em seu território, situado entre o Amazonas e Roraima, onde vivem cerca de 26 mil indígenas. O ritmo desacelerado do roteiro transmite bem a energia de quem vive dentro da floresta, um leve contraste diante da impactante realidade de fome, miséria e doenças causadas pela tragédia humana da busca incessante por ouro nos garimpos, financiados por grupos de empresários que fornecem aeronaves, combustível e constroem pistas de pouso ilegais – e movimentadíssimas – no meio da mata.

Outra obra cinematográfica que escancara essa Amazônia violentada pelo crime organizado é “O Território” (2022), longa documental que mostra os desafios enfrentados pelos Uru-Eu-Wau-Wau para se manterem vivos em suas terras ancestrais, no estado de Rondônia. Premiado em Sundance e em mais de 10 festivais pelo mundo, o filme, dirigido pelo norte-americano Alex Pritz e com produção executiva de Txai Suruí, jovem indígena que denunciou as violências contra seu povo na COP26, tem previsão de estreia no Brasil em setembro. “O Território” mostra como os próprios Uru-Eu-Wau-Wau arriscam suas vidas num grupo de monitoramento e vigilância constante da floresta para proteger o bioma e suas aldeias de grileiros e invasores, como os que mataram Ari Uru-Eu-Wau-Wau, espancado até a morte em abril de 2020, com destaque para os atores estreantes Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau e Neidinha Suruí, lideranças indígenas da região.

Já “Noites alienígenas” (2022) acabou de ganhar nada menos que seis Kikitos, o prêmio máximo do Festival de Cinema de Gramado, inclusive o de melhor filme. O longa de ficção acreano foi o grande destaque da edição especial de 50 anos do evento, o primeiro presencial depois do início da pandemia, e que homenageou o ator e ativista socioambiental Marcos Palmeira. Dirigido por Sérgio de Carvalho, “Noites alienígenas” traz à cena essa “nova Amazônia urbana”, com facções criminosas disputando “na bala” o comando de bairros e cooptando jovens para se tornarem soldados do narcotráfico – uma realidade já vivida por comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas espalhadas por territórios localizados nas fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia e, também, nos municípios do interior e nas periferias da Amazônia.

Com estreia comercial prevista para 2023 e um elenco que uniu o veterano Chico Díaz a atores da região, como o indígena amazonense Adanilo e os acreanos Gleici Damasceno e Gabriel Knoxx, o filme conta a história de três jovens na periferia de Rio Branco, capital do Acre, que têm suas vidas impactadas pelo avanço do narcotráfico e pela atuação conflituosa de organizações pelo domínio de territórios para o comércio e o escoamento de drogas. A história, inspirada num livro homônimo escrito também por Sérgio de Carvalho em 2011, precisou ser adaptada para a atualidade, bem mais violenta que há dez anos, e que brinca com os limites entre cidade e floresta.

Já “Pureza” (2020), baseado numa história real, dirigido por Renato Barbieri e com Dira Paes interpretando a protagonista, retrata a luta de Pureza Lopes Loyola. Ela deixa Bacabal, no Maranhão, em 1993, e se embrenha no meio da Amazônia profunda para resgatar o filho de uma situação análoga ao trabalho escravo, num garimpo no Pará. Hoje considerada uma heroína abolicionista, cuja atuação libertou mais de 57 mil pessoas de condições análogas à escravidão, Pureza desnuda uma realidade ainda comum para quem decide ganhar a vida em campos de mineração ilegal no país. O filme, vencedor de 28 prêmios nacionais e internacionais, e disponível no streaming da Globoplay, também entra no rol dessa nova cinematografia que expõe uma Amazônia violenta e sem lei.

Outra produção audiovisual que retrata a ameaça do garimpo na Amazônia é o documentário “Amazônia: a nova Minamata”, que tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano, mas que teve uma exibição prévia de um corte exclusivo no histórico Acampamento Terra Livre (ATL) deste ano, que reuniu mais de 8 mil indígenas em Brasília. Tendo como pano de fundo a luta do povo Munduruku, no Pará, contra o garimpo ilegal, o documentário do diretor Jorge Bodanzky acompanha a atuação de médicos e pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a crise de saúde pública na população indígena, causada pela contaminação por mercúrio de garimpo ilegal na região do Rio Tapajós.

O documentário de Bodanzky traça um paralelo entre a realidade amazônica e a catastrófica contaminação por metais pesados ocorrida na década de 1950 na cidade de Minamata, no Japão. A intoxicação de mercúrio no solo, em rios e em peixes pela busca do ouro na Amazônia, também fora das telas, é uma tragédia ambiental e humana que vem afetando milhares de pessoas tanto em comunidades indígenas e tradicionais como nas cidades, comprometendo inclusive o turismo em Alter do Chão.

Em comum, essas e tantas outras obras audiovisuais que despontam Brasil afora têm muito mais do que os enredos sobre populações impactadas pelas diversas formas de violência que afetam a Amazônia, ou mesmo a “assinatura” dos povos tradicionais, cada vez mais protagonistas de suas próprias histórias. Elas são, também, uma ferramenta de luta pela proteção dos direitos e territórios desses povos. É a arte imitando a vida, ecoando a resistência dos povos amazônidas e nos provocando a refletir sobre nosso papel na proteção dessa sociobiodiversidade, como consumidores da floresta e da arte que vem dela.

*Vinícius Leal – jornalista com experiência em produção de notícias, redes sociais e comunicação estratégica em meio ambiente e povos tradicionais – é correspondente na Amazônia da Uma Gota no Oceano.

 


Saiba mais:

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/txai-surui/2022/08/demarcando-o-espaco-indigena-nas-telas.shtml

https://www.festivaldegramado.net/es/noites-alienigenas-e-o-melhor-filme-de-longa-brasileiro-do-50o-festival-de-cinema-de-gramado/

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/festival-de-cinema-de-gramado/2022/noticia/2022/08/13/marcos-palmeira-recebe-o-trofeu-oscarito-no-50o-festival-de-cinema-de-gramado.ghtml

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2022/08/20/coproduzido-por-txai-surui-o-territorio-leva-luta-dos-uru-eu-wau-wau-aos-cinemas-americanos.htm

https://www.dw.com/pt-br/s%C3%B3-se-fala-da-amaz%C3%B4nia-quando-h%C3%A1-uma-trag%C3%A9dia-diz-jorge-bodanzky/a-52407978

https://protecao.com.br/geral/filme-pureza-conta-a-heroica-historia-da-maranhense-que-lutou-para-livrar-o-filho-do-trabalho-escravo-contemporaneo/

https://acervo.socioambiental.org/acervo/documentos/yanomami-sob-ataque-garimpo-ilegal-na-terra-indigena-yanomami-e-propostas-para

https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2022/06/13/interna_nacional,1372987/violencia-na-amazonia-e-estimulada-pela-omissao-no-combate-ao-crime.shtml

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/06/28/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica-2022.htm

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/08/14/fantastico-revela-rede-de-avioes-e-helicopteros-a-servico-do-garimpo-ilegal-na-amazonia.ghtml

https://www.nytimes.com/interactive/2022/08/02/world/americas/brazil-airstrips-illegal-mining.html

Garimpo faz malária e desnutrição infantil explodirem entre os Yanomami

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/07/policia-prende-suspeito-de-matar-ari-uru-eu-wau-wau-lider-indigena-em-ro.shtml

https://portalamazonia.com/amazonia/faccoes-criminosas-veja-quais-sao-e-onde-atuam-na-amazonia-legal

https://globoplay.globo.com/v/10874252/

Aquilombar é preciso

Aquilombar é preciso

Sobre a Lei Áurea, discursou 13 de maio de 1888 o senador Paulino de Souza: “É desumana porque deixa expostos à miséria e à morte, os inválidos, os enfermos e os velhos, os órfãos e crianças abandonadas”. E olha que o Conselheiro Paulino, como entrou para a posteridade, era dono de engenho e fazendas, e foi um dos mandachuvas do Partido Conservador. Isso aconteceu há 134 anos, uma fração mínima de nossa História de mais de meio século. A despeito da bela e importante luta dos abolicionistas, a Abolição foi movida, principalmente, por interesses econômicos. Depois dela, africanos escravizados no Brasil e seus descendentes foram abandonados como bichos de estimação doentes largados na estrada por gente desalmada. É uma imagem forte e doída, mas que descreve sem retoques uma realidade cruel. “Vitimismo” no olho alheio é refresco.

Quem precisa virar a página da história da escravidão não é a população negra, mas o Estado brasileiro. Vamos fazer uma pequena retrospectiva: o Brasil oficial celebrou seu 522º aniversário no último dia 22 de abril; os primeiros africanos foram trazidos para cá por volta de 1550 e só ganharam sua liberdade (sic) após 338 anos; e seus direitos de cidadão só foram reconhecidos pela Constituição de 1934. Logo, além de carregarem o país nas costas – literalmente – por quase 2/3 de sua existência, só foram reconhecidos como gente por ele depois de 384 anos. Como gente, mas não como iguais: embora sejam a maioria da população (56%), negros e pardos ainda são tratados como minoria.

“Nossos antepassados vieram para cá contra a vontade. Mas em algum momento, começaram a reconhecer como sendo sua terra o lugar onde viviam em liberdade. O quilombo refazia vidas, porque essa liberdade não lhes era dada, mas conquistada”, escreveu Denildo Rodrigues de Moraes, coordenador nacional da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), em artigo publicado no jornal “O Globo”, em 2017. Moraes ostenta com orgulho o apelido Biko, herói da resistência contra o apartheid, assassinado pelo governo sul-africano. Nem todo mundo sabe, mas os quilombos não se formaram somente durante a escravatura, como também depois – já que a perseguição e o descaso público continuaram. E eram refúgios não só para negros, mas por qualquer vítima do preconceito e da opressão, como continuam sendo até hoje. Aquilombar é lutar por igualdade.

Por isso, cotas e outras políticas afirmativas não são somente obrigação do Estado e não favorecem apenas a população negra, como não cansam de demonstrar as estatísticas. E são absolutamente necessárias. Os números deveriam envergonhar todos nós: negros representam 70% das pessoas abaixo da linha da pobreza no Brasil, 28,4% dos 40% dos brasileiros ameaçados pela fome, 72,9% dos desempregados e somente 22% deles ocupam cargos de chefia. Os dados são do IBGE e do Instituto Locomotiva.

Quando o tema é violência física promovida pelo Estado, então, só não se revolta quem se alienou da realidade: segundo o “Atlas da Violência 2021”, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), 78% das pessoas mortas pela polícia são negras e a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Brasil em 2019 foi de 29,2 entre os negros, contra 11,2 de brancos, indígenas e amarelos somados. A proporção de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos assassinados é de 61% entre negros, contra 31% entre não negros. Portanto, não é exagero falar de genocídio da juventude negra.

Enquanto o número de homicídios dos demais brasileiros caiu 12,9% nos últimos 10 anos, entre os negros ele aumentou 11,5%. Não à toa, a própria saúde mental dessa população vem sendo afetada. De acordo com a pesquisa “Viver em São Paulo: Relações Raciais 2021”, coproduzido pela Rede Nossa São Paulo e o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), 45% dos entrevistados têm medo de sofrer abuso policial e 42%, que são afetados psicologicamente. Guarda-chuva na mão de negro é confundido com fuzil; é como viver num filme de terror.

Entretanto, as ações que estavam ajudando a reduzir essa desigualdade foram minguando no atual governo. Em 2020, a verba destinada a elas foi de R$ 2,7 milhões; nos últimos 10 anos, era de R$ 37,2 milhões, em média. O resultado desse crime de lesa-pátria já é visível: apenas 362,3 mil negros se inscreveram no Enem de 2021, contra mais de 1,1 milhão em 2016. Segundo o IBGE, 71,7% dos jovens que estão fora da escola são negros, e só 27,3% são brancos; em 2019, a porcentagem de negros com mais de 15 anos era de 8,9%, contra 3,6% de brancos.

A contribuição que os cerca de 4 milhões de africanos que foram sequestrados e trazidos ao Brasil como prisioneiros, para prestar serviços forçados, a nossas cultura e ciência são inestimáveis e incontáveis. Mas aquilombar também é preservar. O projeto Nova Cartografia Social Brasileira mapeou mais de mil comunidades quilombolas na Amazônia Legal. Em 2020, o IBGE divulgou dados preliminares dessa população, para ajudar no combate à Covid-19, mas o primeiro censo exclusivamente dedicado a ela só acontece a partir de agosto deste ano. Já não era sem tempo.

A população negra também é a maior da Região Norte. Só nos dois maiores estados, negros e pardos são 73% no Amazonas e 75% no Pará. Como prometido, Bolsonaro, que os pesa em arrobas, não homologou nenhum quilombo em sua gestão. Assim como indígenas e demais povos tradicionais, quilombolas são fundamentais para a sobrevivência da maior floresta tropical do planeta. Aquilombar é resistir. A luta deles é de todos – de todos, mesmo, não só de nós, brasileiros. Aquilombar é preciso.

 

Saiba mais:

IBGE antecipa base de dados sobre indígenas e quilombolas para facilitar enfrentamento de pandemia

Base de Informações sobre os Povos Indígenas e Quilombolas | Indígenas e Quilombolas 2019

Os povos da Floresta

Existem vidas negras na Amazônia e elas também importam

Amazonas adere ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial

Mineração arada: quilombolas barram avanço de empresa inglesa na Chapada Diamantina

Brasil deve reparação aos negros

Terra em que vive comunidade quilombola será leiloada para pagar dívida de ex-prefeito no Maranhão

Tensões na Amazônia maranhense opõem indígenas e quilombolas ao avanço do progresso predatório

30 filmes e séries que ajudam a transformar o mundo

30 filmes e séries que ajudam a transformar o mundo

Preparem a pipoca e o brigadeiro! Uma Gota No Oceano criou uma lista de filmes e séries que ajudam a transformar o mundo. Todos estão disponíveis online, e podem te ajudar a entender melhor as transformações que a Terra está passando.
Entre tantas qualidades e benefícios, o cinema também pode ajudar a rever conceitos. As discussões de temas relevantes nas telonas têm contribuído para engajar as pessoas em temas como o meio ambiente, as mudanças climáticas e a necessidade urgente de fazermos algo para mudar a forma como estamos cuidando do planeta.
Vamos aproveitar a chegada do frio e encerrar a Semana do Meio Ambiente na frente da TV.
Chame seus amigos, sua família, o crush, e aproveite!

(Foto: Sebastião Salgado)

 

Confira a lista com os 30 filmes e séries que ajudam a transformar o mundo:

 

1. Nosso planeta (2019) – Minissérie (8ep)

Com imagens nunca vistas, o ambicioso documentário traz a beleza natural de nosso planeta e mostra como as mudanças climáticas têm impacto sobre todas as criaturas vivas. Disponível na Netflix.

2. Ser Tão Velho Cerrado (2018) 1h36min

Este documentário retrata o impacto ambiental e social do cerrado brasileiro, que sofre com o desmatamento intenso. Disponível na Netflix. 

3. Em busca dos corais (2017) 1h29min

Mergulhadores, cientistas e fotógrafos do mundo inteiro se unem em uma campanha submarina épica para documentar o desaparecimento dos recifes de coral. Disponível na Netflix.

4. Para onde foram as andorinhas? (2017) 22min

O clima está mudando, o calor aumentando. Os índios do Xingu observam os sinais que estão por toda parte. Árvores não florescem mais, o fogo se alastra queimando a floresta, cigarras não cantam mais anunciando a chuva porque o calor cozinhou seus ovos. Os frutos da roça estão se estragando antes de crescer. Ao olhar os efeitos devastadores dessas mudanças, eles se perguntam como será o futuro de seus netos. Disponível no Youtube. 

5. Uma verdade mais inconveniente (2017) 1h37min

Dez anos depois de o vencedor do Academy Award® Uma Verdade Inconveniente trazer o tema da mudança climática aos olhos da cultura dominante, Uma Verdade Mais Inconveniente se mostra mais relevante do que nunca. Junte-se ao ex-vice-presidente Al Gore em sua incansável luta, viajando pelo mundo para informar e inspirar a próxima geração dos campeões do clima. Esclarecedor e alarmante, esta convincente sequência mostra que, embora os riscos estejam maiores do que nunca, as soluções para a crise climática ainda estão ao nosso alcance. Disponível no Youtube Filmes.

6. Minimalism (2016) 1h18min

Mais do que um documentário sobre consumo consciente, trata sobre as coisas que realmente importam para termos uma vida com mais propósito. Pessoas que acreditam que bens materiais não trazem felicidade são entrevistadas neste documentário que aborda a questão: menos é mais? Disponível na Netflix.

7. O Extermínio do Marfim (2016) 1h52min

Uma batalha pela sobrevivência. O lucrativo comércio de marfim está colocando em risco uma das espécies mais majestosas da fauna: os elefantes. Para lutar contra essa caçada desenfreada, ativistas colocarão suas vidas em risco na tentativa de acabar com um dos crimes do mercado negro na Ásia que vêm destruindo a vida desses animais. Disponível na Netflix.

8. Oceanos de plástico (2016) 1h40min

Quando descobre que os oceanos estão cheios de plástico, um documentarista investiga os impactos da poluição ambiental. A Plastic Ocean Foundation é uma organização britânica cuja finalidade é a sugestão de soluções para o problema do lixo plástico no planeta. O documentário explora áreas atingidas por esse tipo de poluição evidenciando os danos à flora e à fauna. Disponível no Netflix.

9. Seremos história? (2016) 1h36min

Um problema de longas datas está se mostrando cada vez mais grave. Mudanças de temperatura, inundações, e outros fenômenos semelhantes têm se tornado cada vez mais comum, e o que tem sido feito na tentativa de amenizar essa situação? É na busca por respostas para essas questões que Leonardo DiCaprio abraça a missão de testemunhar as mudanças climáticas em diversos países, e de uma forma nunca vista antes. Disponível na Netflix.

10. Sustentável:  O Futuro da Agricultura nos Estados Unidos (2016) 1h31min 

O chef Rick Bayless, fazendeiros e outros discutem a história que levou ao movimento por comida sustentável e como isso pode mudar o que comeremos no futuro. Disponível na Netflix.

11. Bikes versus Cars (2015) 1h27min

São Paulo, Los Angeles e Copenhague. Motoristas, ciclistas, taxistas, governantes, especialistas e pedestres das grandes metrópoles colocam seus diferentes pontos de vista sobre esse desafio global. Disponível no Youtube Filmes. 

12. Belo Monte Depois da Inundação (2015) 54min

Belo Monte Depois da Inundação, é um documentário que relata a situação atual na cidade de Altamira e região. O filme compara as muitas promessas feitas pelo governo federal e pelas empreiteiras durante as negociações para a construção da barragem com a situação atual, através de entrevistas com os moradores da região, ativistas e povos indígenas. Disponível no Youtube.

13. Catching the sun (2015) 1h13min

Este documentário explora a economia mundial da recente indústria de energia solar e seu impacto sobre esperançosos caçadores de emprego nos EUA. Disponível na Netflix.

14. O Sal Da Terra (2015) 1h52min

O filme conta um pouco da longa trajetória do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e apresenta seu ambicioso projeto “Gênesis”, expedição que tem como objetivo registrar, a partir de imagens, civilizações e regiões do planeta até então inexploradas. Indicado OSCAR 2015: Melhor Documentário. Disponível no Youtube Filmes. 

15. Terra (2015) 1h37min 

Com visual arrebatador, este documentário reflete sobre nossa relação com outras criaturas do mundo à medida que a humanidade se afasta cada vez mais da natureza. Disponível na Netflix.

16. Cowspiracy (2014) – 1h30min

Este documentário mostra como a agropecuária intensiva está dizimando os recursos naturais do planeta e por que essa crise tem sido ignorada por grandes grupos ambientalistas. Disponível na Netflix e no Youtube.

17. Mission Blue (2014) 1h36min

Uma equipe de cerca de 100 pessoas, entre elas, cientistas e ativistas, vão para as Ilhas Galápagos para construir uma malha global de áreas marinhas em proteção. A oceanógrafa Dra. Sylvia Earle é quem lidera o grupo. Eles idealizam erguer parques nacionais subaquáticos para preservar o ecossistema que mantém o ser humano vivo. Disponível na Netflix.

18. Blackfish (2013) 1h23min

Em 24 de fevereiro de 2010, a experiente treinadora Dawn Brancheau é atacada pela baleia orca com quem fazia um show no SeaWorld. O caso teve repercussão mundial e levantou questionamentos sobre as condições que os animais viviam em cativeiro e a segurança dos próprios treinadores ao dividirem a mesma piscina com eles durante os shows. O documentário investiga o histórico dos shows com baleias orca nos Estados Unidos, mostrando que acidentes deste tipo não são tão raros assim. Disponível no Youtube Filmes.

19. Belo Monte – O anúncio de uma guerra (2012) 1h45min

Belo Monte é uma usina hidrelétrica que o governo pretende instalar no coração da Amazônia, na Volta Grande do Rio Xingu, na cidade de Altamira, Pará. O documentário é um projeto independente e coletivo a respeito dessa obra, filmado durante três expedições à região do Rio Xingu, revelando os bastidores da mais polêmica obra planejada no Brasil, com entrevistas com os principais envolvidos, entre eles lideranças indígenas (como os caciques Raoni e Megaron), o procurador da República (Felício Pontes), o presidente da Funai (Márcio Meira) e políticos locais a favor da construção. Disponível no Youtube Filmes. 

20. Trashed: para onde vai o nosso lixo? (2012) 1h37min

Trashed dirigido por Candida Brady, é um documentário que serve como aula e alerta. Ele timidamente acusa governos de não se importarem com o destino do lixo e enfaticamente exorta o espectador a fazer sua parte, começando por evitar o uso de sacos plásticos e separar o material reciclável dentro de casa. Disponível no Vimeo. 

21. Lixo Extraordinário (2011) 1h38min

Mostra uma análise sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias (RJ), que é um dos maiores aterros sanitários do mundo. Disponível no Youtube. 

22. A era da estupidez (2009) 1h29min

Para qualquer pessoa que se preocupe com o estado de nosso planeta, este é um filme obrigatório. A diretora é a ex-baterista de rock e cineasta autoditada Franny Armstrong. Misto de documentário, ficção e animação, ele conta uma história estarrecedora: a da destruição da Terra, causada pela insensatez da humanidade. Disponível no Youtube.

23. Home – Nosso Planeta, Nossa Casa (2009) 2h

Após a Terra sofrer várias interferências humanas, todas as riquezas do planeta correm risco. E, apesar da enormidade das intervenções maléficas que os humanos causam ao Planeta Terra, é possível observar dos céus que é cedo para ser pessimista: é possível reconstruir as riquezas da Terra e frear a destruição. Disponível no Youtube. 

24. Alimentos S.A. (2008) 1h34min

Um documentário apresenta a realidade por trás das indústrias de alimentos, que dificultam ao máximo que os consumidores saibam a verdadeira origem do que estão comprando ou ingerindo. A realidade que a indústria pretende esconder a todo custo é baseada em um cenário perverso: uma vida de sofrimento, tortura e confinamento de animais que são explorados para o consumo humano. Disponível no Youtube. 

25. Mataram Irmã Dorothy (2008) 1h34min

Documentário sobre a morte em fevereiro de 2005 da irmã Dorothy Stang, freira católica e ativista, aos 73 anos. Morta no Pará, Brasil, ela lutava há 30 anos junto com ambientalistas e a desprivilegiada comunidade local contra a exploração dos poderosos madeireiros e latifundiários. Disponível no Youtube

26. Ouro Azul – A Guerra Mundial pela Água (2008) 1h29min

O diretor Sam Bozzo tenta mapear como o recurso mineral tem sido manejado nas últimas décadas. O cineasta prevê que os maiores conflitos globais do futuro serão impulsionados por reservas de água escassas. Em um cenário de crises hídricas em todo o mundo, o filme ajuda a entender como a água está prestes a se tornar uma das commodities mais valiosas no comércio exterior. Disponível no Youtube. 

27. A História Das Coisas (2007) 21min

Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos. História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo. Disponível no Youtube. 

28. A Última Hora (2007) 1h35min

Causadas pela própria humanidade, enchentes, furacões e uma série de tragédias assolam o planeta cotidianamente. O documentário mostra como a Terra chegou nesse ponto: de que forma o ecossistema tem sido destruído e, principalmente, o que é possível fazer para reverter este quadro. Entrevistas com mais de 50 renomados cientistas, pensadores e líderes ajudam a esclarecer estas importantes questões e a indicar as alternativas ainda possíveis. Disponível no Youtube. 

29. Uma verdade inconveniente (2006) 1h36min

O ex-vice-presidente americano Al Gore apresenta uma advertência e impressionante visão do futuro de nosso planeta de nossa civilização, no documentário mais importante do ano. Trata-se de um alerta que perpassa mitos e conceitos errados, para revelar a mensagem que o superaquecimento global é um perigo real e imediato. Uma Verdade Inconveniente traz o convincente argumento de Gore, de que precisamos agir agora para salvar a Terra. Todos e cada um de nós podem mudar essa situação, na maneira que vivemos nosso dia-a-dia e nos tornarmos PARTE DA SOLUÇÃO. Disponível no Youtube Filmes. 

30. A corporação (2002) 2h25min

O documentário mostra que quem controla o mundo hoje são as corporações, através da mídia, das instituições e dos políticos. Através de seus lobbies junto aos governos e suas ferramentas de marketing, elas definem tendências de consumo de produtos eletrônicos, vestuário, alimentos, entretenimento e até medicamentos. Disponível no Youtube. 

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