julho 2018 | Catástrofe ambiental, Rios
Um Pão de Açúcar de lama. Esta foi quantidade de rejeitos tóxicos que vazou da Barragem do Fundão na região de Mariana, em Minas Gerais. Ou 43,7 milhões de m³ de irresponsabilidade, que mataram o Rio Doce e 19 pessoas. O desastre aconteceu em novembro de 2015 e a previsão inicial era que a região estivesse limpa até dezembro de 2016. Estamos em julho de 2018 e a Fundação Renova, criada especialmente para esse serviço de limpeza, entrou com um pedido de prorrogação do prazo até novembro de 2019.
Recentemente, Samarco, Vale e BHP conseguiram um novo acordo com as autoridades, e se livraram de uma multa pesada. Os moradores da região reclamam que não foram consultados. Então, ele foi feito em nome de quem?
Via G1
Foto: Douglas Magno/AFP
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setembro 2016 | catastrophe ambiental
Mesmo depois da tragédia de Mariana, a irresponsabilidade da Samarco/Vale parece não chegar ao fim.
Com o rompimento da barragem de Fundão, 10 bilhões de litros de rejeitos de minério ficaram retidos na usina hidrelétrica Risoleta Neves, conhecida como Candonga. Agora, é ela que periga romper.
Apesar dos riscos aterrorizantes, a mineradora afirma que só deve terminar a retirada dos primeiros 1,3 bilhão de litros de lama de Candonga em junho de 2017, seis meses depois do prazo assumido pela própria empresa.
Em sua defesa, alega que, quando firmou o compromisso de concluir a etapa inicial de remoção até o fim deste ano, estimava haver menos da metade do volume de rejeitos que de fato está no local.
O Ibama negou o pedido da mineradora pela prorrogação do prazo.
Mas a história recente mostra que a Samarco segue suas próprias e deturpadas regras.
Precisamos de ações rigorosas sobre essa empresa para evitar o pior!
Via Valor Econômico
Foto: Bruno Ribeiro/Estadão
Saiba mais: https://www.valor.com.br/empresas/4687415/samarco-quer-adiar-remocao-de-lama-de-local-com-risco-de-novo-acidente
agosto 2016 | catastrophe ambiental
A lama despejada pela Vale/Samarco no criminoso desastre de Mariana (MG) continua a avançar e já cruzou as fronteiras marinhas do Espírito Santo tanto para o norte, quanto para o sul.
É o que atestam acadêmicos de Portugal e da Universidade Federal do Espírito Santo, em um artigo publicado no Boletim de Poluição Marinha.
Principal impulsor da lama tóxica, o vento a empurrou da foz do Rio Doce para zonas marinhas adjacentes à cidade do Rio de Janeiro.
Os dejetos de mineração, no entanto, ainda não alcançaram o Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, o que é um temor antigo.
Via Século Diário
Foto: Gabriela Biló/Estadão
Saiba mais: https://seculodiario.com.br/30273/10/artigo-cientifico-confirma-extensao-da-lama-da-samarcovalebhp-desde-abrolhos
agosto 2017 | Catástrofe ambiental
A Justiça tarda e falha com Mariana. O processo que julga os responsáveis pela maior tragédia ambiental do país está paralisado, por determinação do juiz Jacques de Queiroz Ferreira, da comarca de Ponte Nova (MG). Ele também corre o risco de ser anulado a pedido da defesa, sob a alegação de que houve ilegalidade na quebra de sigilos telefônicos nas investigações.
Desde outubro do ano passado, a mineradora Samarco e suas proprietárias, Vale e BHP Billiton, além de 21 diretores das empresas, foram denunciados pelo Ministério Público Federal e respondem por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), lesões corporais graves e crimes ambientais. A tragédia devastou povoados inteiros e matou 19 pessoas, além de contaminar mais de 600 quilômetros do Rio Doce. Esses crimes não podem ficar impunes.
Via El País Brasil
Foto: Ana Branco/Agência Globo
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novembro 2017 | catastrophe ambiental
Como ninguém ainda pagou o pato por Mariana, o próprio Rio Doce vai tomar uma providência: já que dois anos se passaram e quase nada aconteceu, ele próprio entrou na Justiça. A ação foi ajuizada contra os governos federal e de Minas Gerais, e o rio foi representado pela Associação Pachamama.
O que aconteceu com o Rio Doce segue uma tendência: o Ganges, na Índia, e o Whanganui, na Nova Zelândia, foram declarados pessoas jurídicas. Isso acelera os processos contra os responsáveis por agressões contra eles e ao meio ambiente. Os rios carregam a vida em seus leitos: protegê-los é uma coisa obrigatória para quem tem juízo.
Via Gazeta Online
Foto: Douglas Magno
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