Retrocesso indigesto

Retrocesso indigesto

Retrocesso indigesto: enquanto a União Europeia decidiu banir mais agrotóxicos de seu cardápio, o Congresso trama engrossar o nosso. A Comissão especial que analisa o Projeto de Lei 6299/02, conhecido como PL do Veneno, se reúne na próxima terça (dia 8), para decidir se o levará à votação no plenário.

Em nome de que arriscamos assim a nossa saúde? Já existem alternativas de produção de alimentos que não prejudicam tanto o nosso organismo e o meio ambiente. Ajude a impedir mais esse passo para trás, assinando a petição #ChegaDeAgrotóxicos.

Via Greenpeace Brasil

Foto: Pensamento Verde

Mais agrotóxicos na salada

Mais agrotóxicos na salada

Salada se tempera com azeite e vinagre, não com Benzoato de Emamectina. A substância, proibida no Brasil desde 2010, foi liberada no apagar das luzes do ano passado. E podem botar mais veneno em nossa mesa se o Projeto de Lei (PL) 6299/02, que flexibiliza a o uso de agrotóxicos no Brasil for aprovado no Congresso Nacional.

A comissão especial que analisa o PL do Veneno se reúne novamente hoje (15/5), para decidir se leva a votação ao plenário da Câmara. A sessão será transmitida a partir do meio-dia, veja aqui.

Saiba mais e assine a petição #ChegaDeAgrotóxicos.

PL do Veneno vai para o segundo tempo

PL do Veneno vai para o segundo tempo

Acabou o primeiro tempo: o PL do Veneno vai à votação em Plenário. Os defensores do projeto que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil saíram na frente, mas ainda dá para virar o placar. Para isso, todos nós vamos ter que entrar em campo.

Temos um reforço de peso: a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA), uma iniciativa popular que tem como finalidade implantar medidas para reduzir gradualmente o uso de pesticidas no país. Em nome de que vamos engolir calados um texto condenado por entidades como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)?

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PL do Veneno: votação a jato

PL do Veneno: votação a jato

Velocidade máxima: a próxima reunião de comissão especial da Câmara que analisa o PL do Veneno já foi marcada para segunda (25). Os ruralistas têm pressa, pois querem aprovar o projeto que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil antes das próximas eleições.

Enquanto isso, a Justiça anda em marcha lenta: há 5 anos a Syngenta e a Aerotex pulverizaram pesticida sobre uma escola em Goiás, contaminando 92 pessoas, e até hoje não foram punidas. Os interesses privados voam de jatinho e os da população, de teco-teco.

Via Brasil de Fato

Foto: Gazeta do Povo

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O PNaRa é o antídoto contra o PL do Veneno

O PNaRa é o antídoto contra o PL do Veneno

O PL do Veneno, o Projeto de Lei 6299/2002 – que revoga a Lei de Agrotóxicos, de 1989 – tem um antídoto, e ele se chama PNaRA. A Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (este é o seu nome completo), ou PL 6670/2016, é uma iniciativa popular que tem como finalidade implantar medidas que ajudem a reduzir gradualmente o uso de pesticidas químicos no Brasil.

Esse conjunto de ações incluem incentivo à pesquisa e desenvolvimento de produtos de origem biológica – os chamados bioinseticidas – e à adoção de práticas de cultivo menos agressivas ao meio ambiente, de raiz agroecológica. A produção orgânica pode ser economicamente viável e o Brasil ainda deve faturar exportando tecnologia sustentável. Em nome de quê, então, ainda querem nos empurrar mais veneno?

O PNaRA prevê a adoção de medidas econômicas para desestimular o uso de agrotóxicos – que, por incrível que pareça, são isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e em muitos estados pagam praticamente nada de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O dinheiro economizado poderia ser revertido em pesquisa. Há poucas semanas, inclusive, a Agência de Segurança Sanitária (Anvisa) aprovou um novo bioinseticida produzido a partir de um verme chamado nematoide para combater a vespa-da-madeira, praga que ataca árvores.

Só no ano passado, a indústria agroquímica movimentou cerca de R$ 30 bilhões no Brasil. E graças a essas facilidades fiscais, os cofres públicos deixaram de arrecadar pelo menos R$ 1,3 bilhão. E este é só o rombo federal: o estado de São Paulo, por exemplo, deixou de arrecadar pelo menos R$ 1,2 bilhão em 2015. É uma conta que não fecha: além dos prejuízos gigantescos para o meio ambiente, a saúde pública também sai perdendo.

Para cada US$ 1 que se gasta com agrotóxicos, perde-se US$ 1,28 com tratamento de pessoas intoxicadas – e olha que estamos falando apenas das pessoas que trabalham diretamente com esses produtos. Ainda não há estimativas de quantas são contaminadas indiretamente, seja pela água ou por alimentos que consomem.

Graças à influência da opinião pública, os ruralistas decidiram rever alguns dos pontos mais controversos do PL 6299/2002. Nesta terça (19/6), haverá uma nova reunião deliberativa. Só que depois de dois anos de espera, também começou a funcionar na Câmara a comissão especial que vai avaliar o PNaRA. Ou seja, juntou a fome com a vontade de comer. Cabe a nós continuarmos a pressão e lutar por uma alimentação mais saudável.

Assine a petição #ChegaDeAgrotóxicos

Saiba mais:

Texto integral do PNaRA

É hora de virar o jogo: PNaRA X PL do Veneno

Acompanhe a tramitação do PNaRA na Câmara

Temer deixa de arrecadar pelo menos R$ 1,3 bi com isenções aos agrotóxicos

Com incentivo do governo, Brasil lidera uso de agrotóxicos que matam 184 por ano

Pressão da opinião pública funciona e projeto de lei de agrotóxicos será revisto

Comissão especial da Câmara para reduzir uso de agrotóxicos começa a funcionar

Comissão Especial da PNaRA: um importante espaço para o debate sobre a produção de alimentos de verdade

Como os agrotóxicos agem no seu corpo?

Agroecologia e agricultura familiar mantêm a força produtiva no campo

Alimento orgânico ou agroecológico? Entenda a diferença entre os modos de produção

O que é agroecologia

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Controle biológico como alternativa ao consumo excessivo de agrotóxicos (entrevista com o engenheiro agrônomo José Roberto Postali Parra, da Academia Brasileira de Ciências)

Manifesto contra a ‘Lei do Veneno’ recebe apoio de dezenas de entidades científicas

FAO promove consultas sobre estatísticas agroambientais na América Latina e Caribe

Pesquisa relaciona agrotóxicos a puberdade precoce e má formação congênita

ONU faz alerta sobre aprovação de nova lei dos agrotóxicos no Brasil

A ‘ciência’ dos defensores do ‘Pacote do Veneno’

 

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