Dias de luta

Dias de luta

Hoje é o Dia Internacional dos Povos Indígenas, mas não há tempo para comemorações, pois temos que nos preparar para a luta. Os direitos deles (assim como os nossos) estão sob ataque cerrado e um julgamento marcado para o dia 16 de agosto no Supremo Tribunal Federal pode ser decisivo para o seu futuro. Caso passe a valer a tese do “marco temporal”, mesmo antigas decisões sobre demarcações de Terras Indígenas serão ameaçadas.

Por isso, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)​ e mais 50 organizações enviaram ontem à ONU e a OEA uma carta que denuncia as violações de seus direitos e preparam suas barricadas. Não ao marco temporal! A história dos povos indígenas brasileiros não começou em 1988!

Via Greenpeace Brasil​

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Eco 92: 25 anos sem eco

Eco 92: 25 anos sem eco

Há 25 anos, em 14 de junho de 1992, chegava ao fim a Conferência das Nações Unidades sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, ou simplesmente Eco 92 ou Rio 92.

Realizado na cidade do Rio de Janeiro, foi o principal encontro sobre o meio ambiente do século. Pela primeira vez, uma conferência sobre tema reunia tantos chefes de Estado. Quase 180 países estavam representados na cidade discutindo o futuro ambiental do planeta.

Algumas coincidências marcam o momento de 1992 com hoje. A situação política no Brasil era tão complicada como hoje. À época, o presidente Fernando Collor estava envolvido em escândalos que levariam ao seu impeachment.

Assim como assim como Donald Trump, o presidente George Bush não acreditava que as ações humanas impactavam diretamente nas mudanças climáticas. A posição americana na Conferência foi a mais intransigente de todas. Além de não assinarem a Convenção sobre a Diversidade e não ratificaram o Protocolo de Kyoto, ficaram fora do comprometimento financeiro de destinar 0,7% de seu PIB para projetos ambientais. Recentemente, Trump abandonou o Acordo de Paris, mais importante acordo climático depois da Eco 92.

Além de políticos e diplomatas, cerca de dez mil pessoas participaram do evento em outro ponto da cidade, em um grande encontro de ONGs e representantes da sociedade civil. Foi outro marco conquistado pela Eco 92: colocar as ONGs socioambientais em posição de relevância no mundo.

“Atualmente, é praticamente um consenso que o homem contribui majoritariamente para as alterações climáticas. Temos também mais dados, mais resultados robustos de pesquisa e modelos melhores. Sabemos que a elevação da temperatura tem um impacto muito desigual nas diferentes regiões do planeta e que os países têm capacidades desiguais de responder ao problema. E também já sabemos o que é necessário para resolver o problema”, diz a cientista Suzana Kahn Ribeiro, do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Neste mesmo ano que comemoramos esses 25 anos da mais emblemática conferência ambiental, o governo continua promovendo retrocessos seríssimos que contribuem para não alcançar nossos comprometimentos na redução das mudanças climáticas. Medidas Provisórias e Projetos de Lei colocam em xeque a redução do desmatamento e o reflorestamento da Amazônia.

Marcílio Marques Moreira, ministro da Economia, Fazenda e Planejamento à época da Rio 92, lembra que o “Brasil era considerado desorganizado, caloteiro e incendiário porque, além do péssimo momento econômico, também queimava a Amazônia, considerada o pulmão do mundo. Ainda assim, conseguimos passar de país denunciado para hospedeiro”. Nada muito diferente do que vivemos hoje, infelizmente.

Rachel Biderman, diretora-executiva do World Resources Institute Brasil (WRI Brasil) avalia que a falta de coordenação e integração dos órgãos mostra que o país não leva a área ambiental a sério, como fazem China e Índia, nações emergentes que já perceberam a força da economia sustentável.

O Senado Federal promoveu nesta semana uma sessão temática para debaterem sobre a Eco 92, onde ressaltaram que a Conferência foi uma das maiores e mais produtivas já promovidas pela ONU. Em 1992, a Eco 92 foi uma maneira de o Brasil contestar, na prática, a imagem difundida internacionalmente de que o país era poluidor e destruidor. Com o sucesso do evento, o Brasil voltou a ser “bem visto”. Lamentavelmente, nosso cenário político-econômico se assemelha ao de 25 anos atrás. Presenciamos retrocessos ambientais e colocamos na berlinda avanços obtidos nos últimos anos. Voltamos a ter uma imagem esfumaçada pelo descaso.

Abaixo o discurso da canadense Severn Cullis Suzuki de 16 anos, que conseguiu atenção de toda Conferência com uma fala emblemática.

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Fotos: Divulgação; Cezar Loureiro e Orlando Brito

 
Os oceanos pedem socorro

Os oceanos pedem socorro

Os oceanos são importantes para a vida do planeta, tanto para os humanos quanto para os animais e plantas que nele habitam. Porém, eles estão sofrendo com a poluição e com as mudanças climáticas.

Pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, simularam uma rede alimentar marinha para analisar como as mudanças climáticas poderiam afetar o futuro do fornecimento de peixes para alimentação humana e a biodiversidade naquele ecossistema. O resultado não foi nada bom. Embora o aumento esperado dos níveis de dióxido de carbono (CO2) afete positivamente a produção de alimentos em vários pontos da cadeia, o aquecimento das águas dos oceanos cancelará esse benefício, causando estresse aos animais marinhos e evitando que eles usem de forma eficiente esses recursos abundantes para seu próprio crescimento e desenvolvimento.

Em outro estudo feito pelo Instituto Oceanográfico da USP, o pesquisador Marius Müller analisou amostras de espécies vegetais marinhas, os fitoplânctons, e concluiu que o aumento das emissões de gases CO2 feitas pela atividade humana, torna as águas menos alcalinas e prejudica a calcificação de fitoplânctons, podendo interferir na cadeia alimentar marinha. 

“A importância do fitoplâncton é pouco conhecida. Além de ser importante por ser a base da cadeia alimentar no ambiente marinho, ele é o responsável pela produção da metade do oxigênio que a população da Terra respira”, destaca o pesquisador.

E não é só com as mudanças climáticas que sofrem os oceanos. Um estudo realizado por pesquisadores da Associação Educacional do Mar de Woods Hole, em Massachussetts, foi descoberto que cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são despejados nos oceanos por ano. “Durante muito tempo cultivamos a ideia de que o oceano é uma espécie de piscina de resíduos onde atiramos tudo que não queremos”, disse o brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). “Isso precisa mudar.”

E, para quem acha que está pouco, estudos recentes têm demonstrado que a poluição sonora também é um problema gravíssimo que ameaça os oceanos com a destruição de ecossistemas e da biodiversidade. É um tipo de poluição invisível, menos documentada e que causa menos alarme, porém seus efeitos podem ser catastróficos.

O pesquisador Michel André, do Laboratório de Aplicações Bioacústicas da Universidade Politécnica da Catalunha, destacou que praticamente não há lugares nos oceanos sem contaminação acústica, o que se explica pelo aumento da atividade humana nos mares e porque as propriedades de propagação do som na água fazem com que viaje a uma velocidade cinco vezes maior do que o faria no ar.

São diversas as atividades humanas causadoras da poluição sonora submarina. A de maior impacto é a realização de sondagem acústica para realizar prospecção de petróleo e gás no subsolo marinho. O tráfego marítimo é outra causa importante, principalmente porque mais de 90% do transporte mundial de mercadorias é realizado por meio de navios.

É cada vez maior a preocupação com a proliferação desses sons, pois representa uma ameaça significativa para os ecossistemas marinhos e para a sobrevivência das populações de mamíferos, tartarugas, peixes e outros animais dos oceanos. Este tipo de contaminação coloca em risco particularmente os cetáceos – entre eles os golfinhos e as baleias – devido à sua fisiologia específica que depende de um sofisticado sistema de localização acústica para sua orientação, alimentação e reprodução. Suspeita-se inclusive, que os frequentes encalhes desses mamíferos sejam causados por desorientação de origem acústica.

O caminho da solução é a mobilização para obter uma maior consciência social acerca do problema e propor soluções. Nesse sentido há um movimento global visando a diminuição da contaminação acústica nos oceanos. Desde 2005 a Organização das Nações Unidas (ONU) classifica esse tipo de poluição como uma das cinco maiores ameaças para os mamíferos marinhos e em função dessa situação estabeleceu a redução e regulação da contaminação acústica do oceano como uma de suas altas prioridades.

Pensando em todos esses problemas enfrentados pelos oceanos e do tamanho da importância deles para a vida na Terra, vêm surgindo algumas ações que tentam minimizar esses efeitos negativos causados pelo homem. Uma delas é do jovem holandês Boyan Slat que tem um ambicioso plano de limpar o lixo plástico do oceano.

A estratégia do jovem de 22 anos, consiste em utilizar as correntes oceânicas para ajudar a recolher cerca de cinco bilhões de objetos de plástico das águas do oceano. O projeto pretende formar uma barreira de 100 km em forma de ferradura e ancorada no fundo do mar, por “uma frota de sistemas menores”, que se moverão presos a uma âncora flutuante, recolhendo lentamente o plástico ao efeito dos ventos e das correntes. Slat acredita que poderá remover 50% da placa de plástico do Pacífico no prazo de cinco anos.

O sistema terá um GPS e um aparelho de monitoramento que orientará os barcos que varrerão a área. O primeiro protótipo já está em produção na Califórnia. E um sistema já permitirá iniciar seu projeto dois anos antes do previsto e por um menor custo.

Pensando em todas essas questões que os oceanos vendo sofrendo e acrescentando sua importância para todos, a Organização das Nações Unidas (ONU) junto com a Fundação Global Brian realizou hoje em Nova York o primeiro Festival Mundial do Oceano, com uma marcha oceânica, com desfile de velejadores ao redor da ilha de Manhattan e ao longo de 10 milhas náuticas de East River. O festival antecede a Conferência das Nações Unidas que acontece ao longo dessa semana na sede da Organização na própria NY e vai abordar temas sobre proteção, conservação e uso sustentável dos oceanos e tem como principal objetivo estimular a população mundial a colaborar com a preservação dos mares. O encontro acontece uma semana após o presidente Donald Trump ter anunciado o abandono do Acordo de Paris por parte dos EUA, que vai atingir diretamente os oceanos.

 

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Fotos: Cultura Mix, Giulio Paletta, AP/J, USP Imagens

Que sejamos muitos, por muitos anos

Que sejamos muitos, por muitos anos

22 May is the International Day for Biodiversity. Established by the UN in 1992, it seeks to make people aware of environmental care and its preservation. This year the theme Bio diversy and was chosen by the United Nations.

Sustainable tourism protects the environment and natural resources while maintaining the economic growth of the sector.
Sustainable tourism is also present in the Aichi Targets ensuring greater control an ability to reduce the damage to biodiversity by the sector.

For the second consecutive year Brazil was a finalist in the Environment Award of the World Travel and Tourism Council, which rewards the best organizations and establishments that adopt environmental practices through biodiversity conservation, natural habitat protection and climate change.

This year, our representative was the Caiman Ecological Refuge, located in the Pantanal, South Mato Grosso. Tourism is considered one of the solutions to the serious economic crisis that the country is going through.

 

Find out more: https://www.un.org/en/events/biodiversityday/


Photo: Diário de Bordo

Planeta na UTI

Planeta na UTI

A ONU está promovendo esta semana uma conferência para implementar o Acordo de Paris sobre o clima. Os encontros acontecem no momento em que os principais indicadores do aquecimento global estão mais alarmantes do que nunca: 2016 foi o ano dos recordes!

A temperatura do planeta aumentou pelo terceiro ano consecutivo; a concentração de gases do efeito estufa também subiu consideravelmente; o degelo nos polos estão entre os maiores da história, o que fez com que o nível dos oceanos subirem 30% mais rápido; e a Grande Barreira de Corais da Austrália sofreu perdas irreparáveis.

É uma corrida contra o tempo e o termômetro!

Via: Carta Capital

Saiba mais: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/mudancas-climaticas-sintomas-cada-vez-mais-alarmantes

Foto: Depositphotos

Veja mais vídeos sobre mudanças climáticas na TVGOTA 

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