Negligência virou fatalidade em Mariana

Negligência virou fatalidade em Mariana

Uma “fatalidade” sobre a qual não se tem controle. É assim que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, vê o maior desaste ambiental do Brasil, o rompimento da barragem da Vale/Samarco, em Mariana. Morreram 19 pessoas e o Rio Doce, e vilas inteiras foram destruídas. E não foram vítimas do azar, como ele quer, mas do descaso, da irresponsabilidade, da cobiça e da negligência.

Este mesmo governo quer abrir uma área do tamanho da Suíça na Floresta Amazônica para a mineração e flexibilizar o licenciamento ambiental. Coelho Filho deu sua declaração infeliz num encontro com investidores americanos, em Nova York. E disse isso justamente para defender a extinção da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca). Vamos confiar a Amazônia, a nossa maior riqueza, o futuro das novas gerações, nas mãos de pessoas que pensam assim?

Via Folha de S.Paulo

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Mariana soterrada por um Pão de Açúcar

Mariana soterrada por um Pão de Açúcar

Um Pão de Açúcar de lama. Esta foi quantidade de rejeitos tóxicos que vazou da Barragem do Fundão na região de Mariana, em Minas Gerais. Ou 43,7 milhões de m³ de irresponsabilidade, que mataram o Rio Doce e 19 pessoas. O desastre aconteceu em novembro de 2015 e a previsão inicial era que a região estivesse limpa até dezembro de 2016. Estamos em julho de 2018 e a Fundação Renova, criada especialmente para esse serviço de limpeza, entrou com um pedido de prorrogação do prazo até novembro de 2019.

Recentemente, Samarco, Vale e BHP conseguiram um novo acordo com as autoridades, e se livraram de uma multa pesada. Os moradores da região reclamam que não foram consultados. Então, ele foi feito em nome de quem?

Via G1

Foto: Douglas Magno/AFP

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Mariana mais uma vez?

Mariana mais uma vez?

Mesmo depois da tragédia de Mariana, a irresponsabilidade da Samarco/Vale parece não chegar ao fim.
Com o rompimento da barragem de Fundão, 10 bilhões de litros de rejeitos de minério ficaram retidos na usina hidrelétrica Risoleta Neves, conhecida como Candonga. Agora, é ela que periga romper.
Apesar dos riscos aterrorizantes, a mineradora afirma que só deve terminar a retirada dos primeiros 1,3 bilhão de litros de lama de Candonga em junho de 2017, seis meses depois do prazo assumido pela própria empresa.
Em sua defesa, alega que, quando firmou o compromisso de concluir a etapa inicial de remoção até o fim deste ano, estimava haver menos da metade do volume de rejeitos que de fato está no local.
O Ibama negou o pedido da mineradora pela prorrogação do prazo.
Mas a história recente mostra que a Samarco segue suas próprias e deturpadas regras.
Precisamos de ações rigorosas sobre essa empresa para evitar o pior!
Via Valor Econômico
Foto: Bruno Ribeiro/Estadão
Saiba mais: https://www.valor.com.br/empresas/4687415/samarco-quer-adiar-remocao-de-lama-de-local-com-risco-de-novo-acidente

O buraco da mineração é mais embaixo

O buraco da mineração é mais embaixo

Quer que a gente desenhe o tamanho do estrago causado pela mineração a céu aberto e o que ganhamos em troca? O artista plástico Dillon Marsh fez isso na série “For What it’s Worth” (“Pelo Que Vale”). Nesta foto, a esfera no centro representa todo o cobre retirado dessa cratera na mina Palabore, na África do Sul. E o buraco é só o dano visível, pois a atividade ainda libera substâncias tóxicas na terra, no ar e na água. Vale a pena?

É uma imagem para ficar na cabeça quando o governo libera uma área do tamanho da Suíça na Amazônia para a exploração mineral, a Câmara se prepara para flexibilizar o licenciamento ambiental e a ameaça de Belo Sun ainda paira sobre o Xingu. Já pensaram numa tragédia de Mariana de proporções amazônicas?

Via Nexo

Foto: Dillon Marsh

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Tragédia interestadual

Tragédia interestadual

A lama despejada pela Vale/Samarco no criminoso desastre de Mariana (MG) continua a avançar e já cruzou as fronteiras marinhas do Espírito Santo tanto para o norte, quanto para o sul.
É o que atestam acadêmicos de Portugal e da Universidade Federal do Espírito Santo, em um artigo publicado no Boletim de Poluição Marinha.
Principal impulsor da lama tóxica, o vento a empurrou da foz do Rio Doce para zonas marinhas adjacentes à cidade do Rio de Janeiro.
Os dejetos de mineração, no entanto, ainda não alcançaram o Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, o que é um temor antigo.
Via Século Diário
Foto: Gabriela Biló/Estadão
Saiba mais: https://seculodiario.com.br/30273/10/artigo-cientifico-confirma-extensao-da-lama-da-samarcovalebhp-desde-abrolhos

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