Tapajós: desastre ambiental e social
Ribeirinhos e Munduruku se unem na luta contra a construção de hidrelétricas no Rio Tapajós.
Imagens: Greenpeace Brasil
Edição: Uma Gota no Oceano
Ribeirinhos e Munduruku se unem na luta contra a construção de hidrelétricas no Rio Tapajós.
Imagens: Greenpeace Brasil
Edição: Uma Gota no Oceano
Os Munduruku resistem bravamente à construção de hidrelétricas no Rio Tapajós.
Imagens: Greenpeace Brasil
Edição: Uma Gota no Oceano
“Fase de grandes hidrelétricas chega ao fim”, diz a manchete do jornal “O Globo”. Seria uma ótima notícia para começar o ano, caso não viesse a reboque um presente de grego: se por um lado, pesadelos como a construção da usina de São Luiz do Tapajós dificilmente voltarão a nos assombrar, por outro abre caminho para a proliferação das chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
A razão é que sai muito mais barato construir uma PCH e é muito mais fácil tirar licenciamento ambiental para a obra, que pode ser conseguido em nível estadual, e não somente federal. Fora que chamam bem menos atenção. Então podemos trocar um problemão por milhares de probleminhas – e a soma deles pode ser ainda mais devastadora para os nosso rios.
Foto: Brennand Energia
A presidente do Ibama, Suely Vaz de Araújo, determinou o arquivamento do processo de licenciamento da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós.
O valente povo Munduruku venceu por todos nós! Sawe!
O arquivamento se dá por razões legais, pois a usina alagaria Território Indígena e obrigaria remoção de aldeias, o que é proibido pela Constituição, mas também por falhas nos estudos de impacto ambiental.
Foto: Dedé FGA
Leia o artigo do Observatório do Clima e entenda porque temos muito a comemorar: https://www.observatoriodoclima.eco.br/lava-jato-recessao-e-indios-enterraram-o-projeto-insano-da-usina-do-tapajos/
Mais uma vitória na luta para manter o Tapajós livre.
O Ministério Público Federal recomendou ao Ibama que cancele em definitivo o licenciamento para a construção da usina hidrelétrica de São Luiz.
O reservatório da hidrelétrica alagaria três aldeias indígenas do povo Munduruku. Para a Funai, a obra é inconstitucional, pois a Constituição de 1988 proíbe a remoção de povos indígenas de suas terras.
Em abril de 2016 foi publicado o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação, que reconhece os limites da Terra Indígena Sawré Muybu.
Mas é preciso seguir atento, pois a luta ainda não chegou ao fim.
Foto: Daniel De Granville
Saiba mais: https://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/noticias-pa/mpf-recomenda-ao-ibama-que-cancele-o-licenciamento-da-usina-de-sao-luiz-do-tapajos