agosto 2018 | Mudanças Climáticas
A vaca não está indo pro brejo na Europa porque ele secou. Na Suíça, helicópteros estão sendo usados para levar água para o gado. O calor também está matando peixes no Rio Reno e as consequências para a agricultura também estão sendo catastróficas.
Os russos preveem uma queda de 20% na colheita de trigo este ano; na Alemanha, 8 milhões de toneladas das 31 milhões devem se perder. O agronegócio alemão deve ter um prejuízo de US$ 1 bilhão; na Suécia, 35% da produção de cereais foi perdida. Vamos continuar pastando para as mudanças climáticas?
Via Valor Econômico
Foto: Denis Balibouse/Reuters
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agosto 2017 | Área de preservação ambiental
É a ponta de um iceberg do tamanho da Suíça; mas, ainda assim, só a ponta do iceberg. A extinção, por decreto, da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) para a mineração, serviu para chamar de vez a atenção da sociedade para os ataques em série do Governo contra o meio ambiente e os direitos dos povos tradicionais – e, porque não dizer, nossos, também. Há quem diga que esta é a maior agressão sofrida pela Amazônia nos últimos 50 anos – maior, inclusive do que Carajás, Serra Pelada e a Transamazônica. Mas, por incrível que pareça, tem coisa muito pior abaixo do nível d’água. Esta é uma oportunidade para trazer à tona os riscos que ainda estão submersos.
A Renca foi criada em 1984, pelos militares, que estavam escaldados pelos efeitos calamitosos de Serra Pelada e temiam outra corrida do ouro desenfreada à região. Com uma área de 47 mil km quadrados, maior que os territórios da Suíça, da Dinamarca ou do estado do Espírito Santo, ela também é rica em ferro, manganês e tântalo. A ideia inicial era que apenas a administração federal pesquisasse e explorasse suas jazidas. Ao longo desses mais de 30 anos, foram mais de 400 requerimentos de autorização para pesquisa. A maioria delas foi negada. A exploração agora foi liberada inclusive para empresas estrangeiras. Vamos mergulhar mais fundo nessa história?
Abaixo da superfície: segundo a BBC Brasil, mineradoras canadenses souberam da extinção da reserva cinco meses antes do anúncio oficial do governo, no dia 24 deste mês. O Canadá vem ampliando a atividade mineradora no Brasil desde o início do ano. Hoje, aproximadamente 30 empresas do país já exploram minérios em território brasileiro, especialmente o ouro. A canadense Belo Sun, por exemplo, aguarda a liberação de sua licença de instalação, suspensa pela Justiça em abril, para começar a exploração do minério na região da Volta Grande do Xingu.
Um pouco mais fundo: a qualquer momento poderá ser votada – e, tudo leva a crer, aprovada – a lei que flexibiliza o licenciamento ambiental para obras e atividade agropecuária no Brasil. E está voltando à pauta o novo código de mineração, que atende bem mais aos interesses do setor privado do que da população. Recentemente, foi aprovada a MP 759, a MP da Grilagem, que facilitará a regularização de terras invadidas na Amazônia, e ainda há o perigo de que a Floresta Nacional do Jamanxim, uma Unidade de Conservação, tenha seus limites alterados.
Em águas ainda mais profundas repousam o Projeto de Lei 4.059/12, que autoriza a “aquisição de áreas rurais e suas utilizações por pessoas físicas e jurídicas estrangeiras”; e a implantação da Lei 13.178/15, que legaliza a titulação privada de terras públicas em regiões de fronteiras. Em artigo publicado no jornal “O Globo” em maio deste ano, Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), chamava a atenção para a tentativa de desnacionalização do território brasileiro que se escondia por trás dessas medidas. Neste sentido, a inviabilização das demarcações de Terras Indígenas (TIs), com a volta da tese do “marco temporal” à pauta do dia, também faz parte deste empenho. Quando demarcadas, as TIs são registradas como Bens da União pela Secretaria de Patrimônio da União. A Constituição brasileira também veda a sua alienação – ou seja, elas não podem ser vendidas. O que, evidentemente, torna-se um instrumento jurídico praticamente inexpugnável para a apropriação estrangeira do território brasileiro. É a base do iceberg. E foi lá que o Governo instalou o seu pregão: “quem dá mais, quem dá mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três: vendido!”
Aproveite para assinar a petição para tentarmos impedir a destruição da Amazônia.
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maio 2018 | poluição
Onde nenhum homem jamais esteve. Outro dia, falamos aqui que foi encontrado lixo plástico a mais de 10 mil metros de profundidade, no Oceano Pacífico. Mas as micropartículas sintéticas estão chegando nas alturas também.
Um estudo da Universidade de Berna revelou que foram encontradas 53 toneladas de microplástico nas montanhas mais afastadas da Suíça. Como esse lixo chega a áreas protegidas, os pesquisadores acreditam que ele chegou lá pelo vento. Ou seja: pode ter plástico até no ar que a gente respira.
Via Conexão Planeta
Foto: Alps insight
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