Quer que a gente desenhe como a poluição por plástico ameaça a vida no planeta? A BBC Brasil fez isso em cinco gráficos. Por exemplo: como os cotonetes chegam ao mar, onde se fragmentam e acabam virando comida de peixe e outros bichos, envenenando-os aos poucos.
Calcula-se que desde os anos 1950 já foram produzidos 8,3 bilhões de plástico. Deste total, somente 9% foi reciclado e 12%, incinerado. O resto está por aí, e pode levar até 600 anos para desaparecer. O plástico mata tartarugas e aves marinhas, e quando vai para o bucho do peixe, acaba chegando indiretamente ao nosso. O pescador sabe: o mar devolve tudo.
Hora de sair da embrulhada em que nos metemos. Pelo menos a União Europeia parece disposta a comprar de vez a briga contra o plástico. O bloco de países vai tomar medidas que vão desde a proibição de produtos até a aplicação de multas.
Os países membros também terão até 2025 para adotar medidas com o objetivo de coletar 90% das garrafas plásticas usadas por seus cidadãos. Até porque se nada for feito, o planeta inteiro vai para o saco.
Situações extremas exigem medidas extremas. O governo do Estado do Rio de Janeiro sancionou uma lei que proíbe que estabelecimentos comerciais distribuam sacolas plásticas descartáveis. Além disso, determina que ofereçam em troca produtos biodegradáveis e reutilizáveis.
A Câmara Municipal já havia aprovado um projeto banindo os canudos de plástico do comércio na capital. Agora é torcer para que essas leis peguem e que o cidadão também faça a sua parte, antes que sejamos plastificados.
Poluição abissal. O novo relatória da ONU Meio Ambiente revela que foi encontrada uma sacola de plástico a 10.898 metros abaixo da superfície, na Fossa das Marianas.
Ou seja: nem mesmo a região mais profunda do oceano está livre da sujeira que fazemos aqui em cima. Chegamos ao fundo do poço?
Cientistas chineses e americanos finalmente descobriram uma forma de dar fim ao plástico que emporcalha o planeta.
Com a tecnologia desenvolvida pela Universidade da Califórnia e pelo Instituto de Química Orgânica de Xangai, é possível transformar polietileno em combustível e outros produtos.
A grande vantagem deste novo método de reciclagem é que ele consome pouca energia e polui bem menos.
A descoberta pode ajudar a resolver um dos mais graves problemas modernos. Os oceanos agradecem.
Via Exame
Foto: sebasnoo/Shutterstock
Entenda o processo: https://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cientistas-descobrem-como-reciclar-plastico-em-combustivel