Conhecer para preservar. O Chile criou a Rota dos Parques da Patagônia, que agrupa 17 áreas protegidas ao longo de mais de 2.800 km. A ideia é promover o turismo para chamar a atenção para a importância da conversação da região.
Os parques protegem 11,5 milhões de hectares, o que dá três vezes o tamanho da Suíça. Depois de conhecer uma beleza dessas quem teria coragem de destruí-la?
O melhor amigo do homem também pode ser o amigão da floresta. No Chile, três cadelas da raça Border Collie estão ajudando a replantar uma área devastada pelo fogo no início do ano. E elas fazem isso brincando, enquanto correm pela área devastada carregando às costas mochilas recheadas de sementes.
O incêndio em Talca foi a pior tragédia do gênero na história do país: as chamas que consumiram mais de 467 mil hectares de florestas e deixaram 11 mortos. Com a ajuda de Das, Olivia e Summer, no verão do ano que vem o verde já deve começar a recuperar seu lugar em meio ao cinza.
28 \28\America/Sao_Paulo maio \28\America/Sao_Paulo 2017 | Mudanças Climáticas
Apesar de estarmos na época mais propícia para o consumo vinho no hemisfério sul devido as temperaturas amenas, as videiras estão sendo podadas para começar a produção durante a primavera e os produtores precisam lidar com as geadas e as baixas temperaturas que podem prejudicar a plantação.
Intempéries como granizo, seca e incêndios também afetam a produção de uva, seja no Brasil, no Uruguai, Chile ou Argentina, onde fica Mendonza, uma das maiores regiões produtoras de vinho do mundo.
A pesquisa Global Wine Risk Index feita em mais de 130 países e 110 mil vinícolas, coloca a região argentina como a que mais sofre com as mudanças climáticas quando relacionado à produção mundial de vinho. Mendoza é atingida por todos esses problemas, além dos terremotos que frequentemente sacodem a região.
Desenvolvido por uma equipe de geofísicos, geocientistas, meteorologistas e economistas, o estudo utilizou de dados sobre as perdas da indústria vitivinícola devido aos fenômenos naturais. No Brasil, a região Sul que é a maior produtora de vinho do país, também está vulnerável às mudanças climáticas.
Não são só as vinícolas da América do Sul que tem sofrem com as mudanças climáticas. Na França, a produção caiu 10% em 2016 quando comparada ao ano anterior. Essa queda está associada principalmente ao aumento do número de geadas. Foi então que enólogos das regiões de Champagne, Bordeaux e Borgonha instalaram fogueiras, aquecedores e estão usando até helicópteros para salvar as plantações. Para evitar prejuízo, os agricultores instalaram tochas de fogo para criar correntes de ar sobre as videiras e evitar que a geada as atinja.
A Itália, que detém aproximadamente 18% da produção mundial, também está prejudicada pelas mudanças climáticas. Produtores da região de Vêneto, no norte do país, assim com os franceses, já estimam uma grande perda na safra deste ano, o que afetará o valor dos vinhos daqui alguns anos, quando estas safras chegarem ao mercado.
Mas é do “país da bota” também que uma invenção chama atenção. O Wineleather: couro vegetal com resíduos de vinho. A produção não utiliza água, ácido ou metais pesados, além de envolver animais. O produto criado por um arquiteto é composto de fibras e óleos contidos no bagaço da uva: peles, sementes e caules. Todos esses componentes podem ser obtidos durante a produção do vinho, ou seja, é uma maneira de aproveitar algo que já seria descartado. A ideia tem tudo para ser um sucesso, contato que as produções de uva e vinho resistam às mudanças climáticas.
Fotos: Universo Evino, Bom Gourmet e Ciclo Vivo
Saiba mais em:
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https://glo.bo/2p69grV
https://bit.ly/2qxetEN
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Choremos por Los Choros. O rio que corta a província de província de Elqui está praticamente seco, assim como os demais do norte chileno, como San José, Loa, Socompa, Salado, Quilimarí e La Ligua. Não só as bacias dos rios, como as águas subterrâneas também estão se esgotando.
O Chile é um dos 30 países mais ameaçados pela falta d’água. Nossos hermanos, assim como nós, são vítimas das mudanças climáticas e do agronegócio e da mineração, que esbanjam água como se não houvesse amanhã. Em nome de quê?