10 \10\America/Sao_Paulo outubro \10\America/Sao_Paulo 2017 | Agronegócio
Cana-de-açúcar não serve só para adoçar o café, mas também para fazer ele crescer mais forte e vistoso. E num ambiente mais saudável. Pesquisadores da Fundação Prócafé começaram os testes com um novo adubo orgânico feito à base de resíduos da cana. O produto está sendo usado na fazenda experimental da instituição.
O objetivo é ampliar em até 20% a produtividade e reduzir os impactos ambientais do cultivo de café. A utilização de fertilizantes com base orgânica a longo prazo também apresenta uma vantagem no bolso: pode resultar em uma menor necessidade de importar adubos e fertilizantes. Café e açúcar casam bem em mais de uma receita.
Não sei se vocês estão ligados, mas está vindo aí uma sexta extinção em massa. E não só apenas o reino animal está ameaçado, o vegetal segue a mesma direção. Isso vai influenciar diretamente no nosso cardápio e pode aumentar a fome e a desnutrição no mundo. Segundo um estudo da Biodiversity International, 22% das espécies de batatas devem entrar em extinção até 2055 devido às mudanças climáticas, por exemplo.
O cacau e o café também estão na lista. Como impedir isso? Investindo na biodiversidade agrícola. Quanto mais espécies, melhor para o nosso paladar e para o meio ambiente. Monocultura é que não dá pé.
Tem muito café, guaraná e castanha-do-brasil vindo de sistemas agroecológicos na Amazônia. Esse é o trabalho de centenas de agricultores familiares na Cooperativa de Produtores Rurais Organizados para Ajuda Mútua (Coocaram), em Ji-Paraná (RO), no meio da floresta.
Existe uma parceria com os povos indígenas e seringueiros da região para comercializar a castanha, com certificação orgânica e contribuição para a conservação de milhões de hectares de floresta.
Ou seja, comércio justo e preservação são combinados para fornecer produtos saudáveis e de qualidade garantida.