A bicharada está invadindo o Rio de Janeiro. Ou seria o contrário? Outro dia, uma arara-vermelha, ave raramente vista em nossas florestas, foi vista sobrevoando a Avenida Rio Branco, no centro da cidade. Já teve até bicho-preguiça badalando pelo Leblon. Mas a verdade é que nós estamos invadindo a praia deles.
O Rio é uma cidade cercada de morros e florestas, habitat de uma rica fauna. Só que o cinza-concreto está invadindo cara vez mais o verde-árvore. E, desta forma, esta convivência tem se tornado cada vez mais frequente. Segundo bombeiros, 17 mil animais foram capturados no ano passado. O macaquinho da foto logo estará em liberdade, procurando por seu galho. Quando acharemos o nosso?
17 \17\America/Sao_Paulo julho \17\America/Sao_Paulo 2018 | Rios
A montanha da foto não é natural e pode causar um desastre ambiental do tamanho do que matou o Rio Doce, na região de Mariana (MG). O monte de resíduos tóxicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) já se espalha por uma área de 274 mil m² e está a menos de 50 metros das margens do Paraíba do Sul, que abastece o Rio de Janeiro.
O rio também banha São Paulo e Minas Gerais. A ONG S.O.S Baía de Guanabara denunciou a CSN ao Ministério Público Federal. Que as providências venham para prevenir, e não remediar.
23 \23\America/Sao_Paulo novembro \23\America/Sao_Paulo 2017 | Mudanças Climáticas
A imagem acima pode deixar de ser meramente ilustrativa. Uma nova ferramenta desenvolvida pela Nasa tenta prever como 293 cidades portuárias do mundo – entre elas Rio de Janeiro, Recife e Belém – serão afetadas pelo derretimento das geleiras nas regiões continentais polares do mundo.
Usando imagens do satélite Grace, sabe-se que o mar subiu na capital fluminense aproximadamente 3,03 mm por ano até 2015. E apesar de a cidade ficar bem mais próxima da Antártida, 30% desse aumento vêm do derretimento da neve da Groenlândia, no Ártico.
Caso continuemos de braços cruzados, é bom o carioca ir preparando as galochas.
28 \28\America/Sao_Paulo junho \28\America/Sao_Paulo 2018 | poluição
Situações extremas exigem medidas extremas. O governo do Estado do Rio de Janeiro sancionou uma lei que proíbe que estabelecimentos comerciais distribuam sacolas plásticas descartáveis. Além disso, determina que ofereçam em troca produtos biodegradáveis e reutilizáveis.
A Câmara Municipal já havia aprovado um projeto banindo os canudos de plástico do comércio na capital. Agora é torcer para que essas leis peguem e que o cidadão também faça a sua parte, antes que sejamos plastificados.
3 \03\America/Sao_Paulo julho \03\America/Sao_Paulo 2017 | Mudanças Climáticas
A água está batendo nas canelas. Não vai ser igual ao cinema-catástrofe, será aos poucos, mas a preocupação dos cientistas não é exagerada: o nível do mar está subindo rápido, e temos muito a perder.
Ele subiu 20 cm no século passado e a velocidade tem aumentado desde os anos 1990, passando de 2,2 mm por ano em 1993 para 3,3 mm em 2014, segundo pesquisadores chineses, australianos e americanos.
Para se ter uma ideia, caso o mar suba 0,6 metro até 2070, cidades como Veneza, Tóquio, Nova York e Rio de Janeiro podem submergir. Não vai adiantar botar barreira no mar: tem é que barrar as mudanças climáticas.