O Senado deu ontem o seu aval à criação de um programa de incentivo a usinas termelétricas a carvão. Trata-se de um artigo surrupiado para dentro da medida provisória do setor elétrico, a MP 735. Agora, a única forma de se impedir esse retrocesso energético é um veto do presidente Michel Temer àquele artigo específico. Isso precisa ocorrer amanhã. Por isso, pedimos desde já: #VetaTemer! Via: O Globo Foto: Ambiente Energia Saiba mais: https://oglobo.globo.com/economia/congresso-aprova-mp-do-setor-eletrico-mas-governo-avaliara-vetos-20316620
Mais de 5 mil brasileiros já geram eletricidade em casa. Mas nosso potencial vai muito além: até 2024, o número de unidades consumidoras produzindo a própria energia deve passar de um milhão. O investimento para instalar um sistema fotovoltaico, por exemplo, se paga em sete anos com a economia na conta de luz. Que essa mobilização no âmbito doméstico venha para mostrar ao poder público que a energia limpa ganha tons de vontade popular. Via: Gazeta do Povo Foto de divulgação Saiba mais: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/energia-e-sustentabilidade/cinco-mil-brasileiros-ja-geram-a-propria-energia-em-casa-2wdg4zq8he9eekb5e1xtdnqk4#ancora-2
Não é história de ficção científica, é para daqui a pouco: em dois anos as energias renováveis já podem custar menos do que carvão e petróleo. Em 2016, elas produziram 60% da energia consumida no mundo.
Os números são da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês): o custo de geração eólica caiu 25% desde 2010 e a solar, 73%. Investir em petróleo agora não parece um mau negócio apenas para o meio ambiente.
Não tem mais desculpa: já é mais barato produzir eletricidade usando o sol e o vento do que combustíveis fósseis. A conclusão é de um novo estudo publicado pela ONG inglesa Carbon Tracker Initiative. O relatório “Fim da ocupação do carvão e do gás?” compara os custos de geração de energia de quatro usinas recém construídas: de carvão, gás, eólica e solar. Os cálculos do estudo levam em consideração as determinações do Acordo de Paris para limitar o aumento da temperatura média global em menos de 2º C. E aí, vamos mudar logo essa matriz energética? Via CicloVivo Foto: Energy 3.0 Saiba mais: https://ciclovivo.com.br/noticia/energias-renovaveis-ja-sao-mais-baratas-do-que-combustiveis-fosseis/
Partiu o comboio movido a energia emergente. A locomotiva é a China, mas os países em desenvolvimento em geral estão gerando cada vez mais eletricidade a partir do sol e do vento. Em 2016, foram mais 34 GW de eletricidade por usinas solares, em 71 nações emergentes. A capacidade de geração de energia solar no mundo aumentou 54% em um ano e mais do que triplicou em três anos. Em Cabo Verde se fala a mesma língua daqui. Mas enquanto lá se investe pesado no vento, para o país ser movido 100% a energia limpa e renovável até 2025, o Brasil escorrega no português e subsidia a indústria do petróleo, com a aprovação da Medida Provisória 795/2017 – a chamada MP do Trilhão. E isso contra a vontade da população: em recente pesquisa, 90% dos entrevistados se disseram favoráveis a pisar no freio dos combustíveis fósseis para ajudar a combater as mudanças climáticas.
Os cabo-verdianos começam a pôr em prática as metas que estabeleceram quando assinaram o Acordo de Paris, enquanto já começamos a descumprir as nossas. Mesmo sendo um dos menores países do mundo, Cabo Verde consome muita energia. Por isso, o programa também inclui medidas para evitar o desperdício. Venta muito no ensolarado arquipélago africano, que é um dos mais prejudicados pelas mudanças no clima. Combustível limpo não lhe falta.
Nem ao Brasil, que no entanto prefere continuar investindo em combustíveis fósseis. Até foram anunciados novos leilões para o setor para abril do ano que vem, mas este ano o governo rescindiu contratos para a construção de 16 parques eólicos e nove solares. Isso vai representar 557 MW a menos de energia limpa. O governo falou em economia, mas manteve contratos para a construção de novas termelétricas, como a de Peruíbe, em São Paulo. Pior que não pegamos a maria-fumaça por engano.
O consumo de carvão no mundo vem caindo há dois anos, principalmente por causa da China, dos Estados Unidos – apesar das bravatas do presidente Trump – e da Europa. E os chineses sequer precisaram desacelerar seu desenvolvimento para tomar este outro rumo: o país deve crescer mais este ano do que havia previsto o Banco Mundial. Em tese o Brasil não está tão mal: é um dos 14 países (entre eles Chile, Jordânia, México e Paquistão) que dobraram sua capacidade fotovoltaica instalada em 2016. Mas além de ainda estar muito aquém de sua capacidade, o problema, tanto no caso das usinas solares como nos parques eólicos, é a falta de linhas de transmissão. Fizeram o trem, mas esqueceram dos trilhos.