Até o planeta está zonzo com tanto calor. Está pensando que é brincadeira? Pois a Nasa acaba de divulgar um estudo que aponta que as mudanças climáticas estão afetando o eixo de rotação da Terra.
O desequilíbrio vem sendo causado, entre outras razões, pelo degelo nos polos. Só a Groenlândia perdeu 7,5 bilhões de toneladas de gelo continental. Ao longo do século 20, o eixo se deslocou 10 metros. Vamos dar um refresco para o planeta?
Um iceberg gigantesco pode se desprender a qualquer momento da Antártida e ficar à deriva. Uma rachadura imensa na plataforma de gelo Larsen C se alastrou tanto que o bloco de 5.000 km² está preso por apenas 20 km de gelo.
Uma eventual ruptura não aumentaria o nível dos mares, pois o bloco está sobre o oceano. Mas deixaria a plataforma Larsen C extremamente vulnerável.
É mais um perigo iminente que precisa ser encarado como um chamado para a ação.
O planeta já perdeu mais do que uma Índia em gelo polar este ano. Enquanto o sétimo maior país do mundo tem 3,29 milhões de quilômetros quadrados, o degelo equivale a 3,84 milhões de quilômetros quadrados.
E o derretimento atinge os dois polos. Tudo indica que 2016 será o ano mais quente da história.
O degelo na Antártida é mais perigoso para a Terra, pois está diretamente ligado à subida do nível do mar.
Se deixarmos de comer bife todos os dias durante dois meses, cada um de nós evitará o derretimento de 3 m² de gelo no Ártico.
Uma área igual será preservada na gélida região por cada pessoa que rodar 4.000 km a menos com seu carro a gasolina.
Os cientistas Dirk Notz, da Alemanha, e Julienne Stroeve, dos EUA, fizeram esses cálculos para nos ajudar a entender quanto a humanidade afeta o clima.
Rever hábitos pessoais não é solução única, mas, sim, complementar às ações em larga escala de acordo diplomáticos internacionais.
Zero grau pode parecer frio pra caramba para o brasileiro, mas quem mora no norte da Groenlândia deveria estar curtindo um friozinho de -33°C. No último sábado, os termômetros marcaram 6°C, um calorão para os padrões locais. O Mar de Bering começa a descongelar em pleno inverno.
Em todo o Ártico e arredores, as temperaturas estão cerca de 20°C acima da média. E se esquenta de um lado, esfria de outro: este degelo na região polar está alterando a temperatura lá na Europa: a nevasca que atingiu Roma é consequência direta dela. O clima se equilibra numa corda bamba.