Canadá rumo ao carvão zero

Canadá rumo ao carvão zero

O Canadá caprichou em suas resoluções de fim de ano. A Ministra do Meio Ambiente Catherine McKenna anunciou que o país vai desativar suas usinas termelétricas de carvão até 2030.

Com a medida, os canadenses vão deixar de produzir 5 milhões de toneladas de gás carbônico.

Que outros países sigam o exemplo. O planeta e nossos pulmões agradecem.

Via: Pensamento Verde

Foto: The Green Optimistc

Saiba mais: https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/canada-anuncia-fechamento-de-termeletricas-de-carvao-ate-2030/

Pelo Canadá afora, sem carros

Pelo Canadá afora, sem carros

Quando completar 150 anos de sua independência do Reino Unido em 2017, o Canadá dará um presente de nome imponente aos seus habitantes: uma rede de estradas livres de carros.

The Great Trail (A Grande Trilha) terá 22 mil quilômetros de extensão total e ficará 100% pronta no ano que vem.

Nela, circulam não só ciclistas e suas bicicletas, mas também caminhantes, corredores, cavaleiros e até adeptos do esqui.

Um presentão para os canadenses e para o planeta.


Via: Conexão Planeta


Foto: Betty Anne Graves


Saiba mais: https://conexaoplaneta.com.br/blog/canada-tera-22-mil-km-de-estradas-livres-de-carro-ate-2017/

A extinção da Renca é só a ponta do iceberg

A extinção da Renca é só a ponta do iceberg

É a ponta de um iceberg do tamanho da Suíça; mas, ainda assim, só a ponta do iceberg. A extinção, por decreto, da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) para a mineração, serviu para chamar de vez a atenção da sociedade para os ataques em série do Governo contra o meio ambiente e os direitos dos povos tradicionais – e, porque não dizer, nossos, também. Há quem diga que esta é a maior agressão sofrida pela Amazônia nos últimos 50 anos – maior, inclusive do que Carajás, Serra Pelada e a Transamazônica. Mas, por incrível que pareça, tem coisa muito pior abaixo do nível d’água. Esta é uma oportunidade para trazer à tona os riscos que ainda estão submersos.

A Renca foi criada em 1984, pelos militares, que estavam escaldados pelos efeitos calamitosos de Serra Pelada e temiam outra corrida do ouro desenfreada à região. Com uma área de 47 mil km quadrados, maior que os territórios da Suíça, da Dinamarca ou do estado do Espírito Santo, ela também é rica em ferro, manganês e tântalo. A ideia inicial era que apenas a administração federal pesquisasse e explorasse suas jazidas. Ao longo desses mais de 30 anos, foram mais de 400 requerimentos de autorização para pesquisa. A maioria delas foi negada. A exploração agora foi liberada inclusive para empresas estrangeiras. Vamos mergulhar mais fundo nessa história?

Abaixo da superfície: segundo a BBC Brasil, mineradoras canadenses souberam da extinção da reserva cinco meses antes do anúncio oficial do governo, no dia 24 deste mês. O Canadá vem ampliando a atividade mineradora no Brasil desde o início do ano. Hoje, aproximadamente 30 empresas do país já exploram minérios em território brasileiro, especialmente o ouro. A canadense Belo Sun, por exemplo, aguarda a liberação de sua licença de instalação, suspensa pela Justiça em abril, para começar a exploração do minério na região da Volta Grande do Xingu.

Um pouco mais fundo: a qualquer momento poderá ser votada – e, tudo leva a crer, aprovada – a lei que flexibiliza o licenciamento ambiental para obras e atividade agropecuária no Brasil. E está voltando à pauta o novo código de mineração, que atende bem mais aos interesses do setor privado do que da população. Recentemente, foi aprovada a MP 759, a MP da Grilagem, que facilitará a regularização de terras invadidas na Amazônia, e ainda há o perigo de que a Floresta Nacional do Jamanxim, uma Unidade de Conservação, tenha seus limites alterados.

Em águas ainda mais profundas repousam o Projeto de Lei 4.059/12, que autoriza a “aquisição de áreas rurais e suas utilizações por pessoas físicas e jurídicas estrangeiras”; e a implantação da Lei 13.178/15, que legaliza a titulação privada de terras públicas em regiões de fronteiras. Em artigo publicado no jornal “O Globo” em maio deste ano, Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), chamava a atenção para a tentativa de desnacionalização do território brasileiro que se escondia por trás dessas medidas. Neste sentido, a inviabilização das demarcações de Terras Indígenas (TIs), com a volta da tese do “marco temporal” à pauta do dia, também faz parte deste empenho. Quando demarcadas, as TIs são registradas como Bens da União pela Secretaria de Patrimônio da União. A Constituição brasileira também veda a sua alienação – ou seja, elas não podem ser vendidas. O que, evidentemente, torna-se um instrumento jurídico praticamente inexpugnável para a apropriação estrangeira do território brasileiro. É a base do iceberg. E foi lá que o Governo instalou o seu pregão: “quem dá mais, quem dá mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três: vendido!”

Aproveite para assinar a petição para tentarmos impedir a destruição da Amazônia.

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Mudanças climáticas derretem o Ártico

Mudanças climáticas derretem o Ártico

Na semana que passou comemoramos O Dia Internacional do Meio Ambiente e também o Dia Mundial dos Oceanos. Ficamos cientes de dados como as 8 milhões de toneladas de plástico que são descartadas no mar todos os anos. E vimos também que, se até 2050 nada for feito com relação isso, teremos mais plástico do que peixes nos mares.

Na última semana, o presidente americano Donald Trump deixou o Acordo de Paris, o que pode atrapalhar o objetivo do tratado e não reduzir as mudanças climáticas como se esperava. Um dos reflexos deste fenômeno é o aumento da temperatura no planeta, que coloca em risco principalmente a Antártica e o Ártico, causando, entre outros problemas, o derretimento de geleiras. Isso pode causar a elevação do nível dos oceanos e fazer desaparecer lugares como as Ilhas Maldivas, onde o presidente fez um apelo para que Trump não abrisse mão do acordo.

Mas voltando ao Ártico. As consequências das mudanças climáticas por lá são mais fortes e muitas vezes sentidas primeiro do que em outros locais do planeta.

Recentemente, o banco mundial de sementes, criado pela Noruega e que fica no extremo norte no país, na região do Ártico, foi parcialmente inundado por conta do derretimento do permafrost (o solo da região ártica, uma camada de gelo que, ao menos em tese, não deveria derreter). Felizmente, nada se perdeu e o governo norueguês já divulgou um plano para conter possíveis futuros acidentes causados principalmente pelas mudanças climáticas na região.

Estudos mostram que a diminuição da cobertura de gelo no Ártico, foi de 74% entre 2009 e 2016, como divulgou o secretário-geral da Organização Mundial Meteorológica, Petteri Taalas. A área congelada é a menor já registrada por satélite, em quase quatro décadas, em pleno inverno na região, segundo a NASA.

Abaixo, o vídeo feito pela própria NASA mostrando as mudanças na formação de gelo na região do Ártico:

A perda de cobertura de gelo está afetando o ecossistema na região, como o tempo de florescimento dos fitoplânctons, os organismos microscópicos que estão na base da cadeia alimentar marinha. Além disso, os ursos polares, morsas, baleias e outros animais dependem do gelo marinho para sobreviver.

Quem está se beneficiando por esse degelo é o homem, o principal causador dele. Com a diminuição da área congelada, aumenta a invasão humana, expandindo atividades como a pesca, o turismo, o transporte a até a exploração de petróleo na região. Japão, China e Coreia do Sul anunciaram que se uniram para um estudo científico conjunto no oceano Ártico para preparar o terreno para a abertura de novas rotas de transporte e exploração de recursos.

No norte do Canadá, o aumento das temperaturas está fazendo com que as estradas de gelo formadas no longo e denso inverno da região se formem mais tarde que o habitual e derretam antes do esperado. Essas estradas são importantes para o transporte de combustível, madeira, diamantes e carcaças de alce para as minas e comunidades remotas da região.

As pessoas que vivem por lá esperam ansiosamente pelo inverno para que as estradas de gelo, que são a sua única garantia de sobrevivência, deem acesso às comunidades isoladas. Esta crise está se tornando uma questão de vida ou morte. Algumas dessas comunidades quase ficaram sem óleo diesel para manter as luzes acesas porque as estradas de gelo foram abertas semanas mais tarde.

Outro dado alarmante é que o derretimento o solo do ártico está liberando antigos vírus e bactérias que, depois de ficarem tanto tempo “dormentes”, voltam à vida e podem acabar causado grandes epidemias.

Conforme a Terra vai aquecendo, mais camadas do permafrost vão derretendo. Normalmente. cerca de 50 cm das camadas mais superficiais desse solo derretem no verão. Mas com o aquecimento global, camadas mais profundas e antigas têm derretido também, liberando esses vírus e bactérias.

E não apenas esses microrganismos são uma ameaça. Conforme a Terra vai aquecendo, os países do Norte vão se tornando mais suscetíveis a epidemias “do Sul”, como malária, cólera, dengue, que são doenças de temperaturas mais quentes. A elevação de temperatura deixa o clima mais propício para a reprodução de mosquitos vetores dessas doenças, como o tão conhecido Aedes aegypti, responsável por transmitir além da dengue, a febre amarela, Chikungunya e Zika.

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Fotos: Reuters, Blog do Pedlowski, NASA, Kerstin Langenberger, Aventuras Produções. 

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