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Mocambo em festa
Este Dia de Consciência Negra vai entrar para a história de 185 famílias no município de Porto da Folha, em Sergipe: o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu ontem (20/11) que elas pertencem ao Território Quilombola Mocambo, o primeiro reconhecido no estado, em 2014, e o quinto no país.
Não ao Juízo Final quilombola
Em pleno século XXI ainda há quem meça os negros em arrobas. Somente 115 anos depois da promulgação da Lei Áurea, o Estado brasileiro se dispôs a conceder algum tipo de reparação aos descendentes dos africanos que foram aqui escravizados. Mas o Decreto 4.887, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação de comunidades quilombolas está sobre risco.
Proteção ambiental até debaixo d’água
A ONU deu a largada para a formulação de um novo tratado para a preservação e o uso sustentável dos recursos biológicos dos oceanos. A ideia é que o novo acordo também permita a criação de reservas marinhas.
Estamos chegando ao limite
Segundo o “State of the Climate”, relatório anual sobre o clima, alguns recordes preocupantes foram quebrados no ano passado.Temperatura, nível dos oceanos e emissões de gases do efeito estufa atingiram as maiores marcas da história moderna.
Mais agrotóxicos na salada
Salada se tempera com azeite e vinagre, não com Benzoato de Emamectina. A substância, proibida no Brasil desde 2010, foi liberada no apagar das luzes do ano passado. E podem botar mais veneno em nossa mesa se o Projeto de Lei (PL) 6299/02, que flexibiliza a o uso de agrotóxicos no Brasil for aprovado no Congresso Nacional. A votação na comissão especial pode acontecer hoje. Depois, ela segue para o plenário da Câmara.
Cabo verde mesmo
Há um país de língua portuguesa, ensolarado e onde venta à beça, que vai usar isso para funcionar com energia 100% limpa e renovável até 2025. Lamentavelmente, não falamos do Brasil, mas de Cabo Verde. Os cabo-verdianos começam a pôr em prática as metas que estabeleceram quando assinaram o Acordo de Paris. Hoje, essa taxa é de 25%.
Marco temporal é regressão ao século XVI
O Brasil está prestes a regredir ao século XVI: para salvar a própria pele, o presidente fez mais um agrado à bancada ruralista atacando novamente os direitos dos povos indígenas. Temer aprovou ontem um parecer da Advocacia-Geral da União de 2009, sobre a demarcação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol. A decisão pode trazer à tona a famigerada tese do “marco temporal”.
Feio Monte
Praticamente concluída, a usina de Belo Monte só tem beleza no nome. A hidrelétrica é um monstrengo, em vários sentidos. Muita coisa feia foi feita também para que ela fosse construída, enquanto boa parte das obras prometidas para reduzir impactos sociais e ambientais causados por ela na região ainda estão no papel – ou saíram de qualquer jeito, como escolas sem professores e alunos, redes de saneamento básico que não funcionam. Uma empreitada movida a propina.
O Limpa-folha só existe na foto
Nunca mais ouviremos o canto do Limpa-folha do Nordeste; vê-lo, só em fotos como esta. Assim como seu conterrâneo Gritador do Nordeste ele foi extinto por causa de destruição de seu habitat natural pelo agronegócio. Em menos de 30 anos, a floresta na área de Murici, em Alagoas, foi reduzida de 70 km² para 30 km².
Quilombo é História
No último dia 11, a região onde ficava Palmares recebeu o título de Patrimônio Cultural do Mercosul. Por isso, este 20 de novembro, Dia de Zumbi e da Consciência Negra, poderia ser motivo exclusivamente de celebração. Mas a luta quilombola passa por um momento delicado, com uma nova ameaça: o “marco temporal”.
Sem senso de orientação
Os peixes estão nadando na maionese. E a causa é a exploração de petróleo nos oceanos. Como a cirurgiã-patela Dory do desenho animado, espécies que vivem em corais estão perdendo o seu senso de orientação.
Más notícias desembocam do Rio Doce
A mais recente vem do primeiro laudo produzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Os resultados são atemorizantes.










