Uma startup francesa buscou inspiração na forma das árvores para produzir a turbina eólica Wind Tree. Além de ser bonita, a árvore eólica apresenta vantagens: é muito silenciosa e capaz de operar por 280 dias por ano, enquanto outros equipamentos rodam apenas 200 dias.
E a vida útil chega até 25 anos de funcionamento, resistindo a altas temperaturas, segundo o fabricante.
Após quatro anos de pesquisa e três modelos preliminares, o sistema está pronto para gerar energia para iluminação urbana, escritórios, indústrias, residências, transporte e mobilidade.
A gente está descobrindo agora o que os jangadeiros já sabem há séculos: o Nordeste é movido a vento. Com a longa estiagem que secou os reservatórios das hidrelétricas, a energia eólica responde agora por metade do abastecimento de eletricidade de região. Em segundo lugar, estão as termelétricas 32%. Energia produzida pela água em tempo de seca só dá 14%.
Mas tem outra coisa: além de serem poluentes, usinas térmicas podem consumir tanta água quanto uma cidade de 100 mil habitantes no seu sistema de resfriamento. Então vou soprar uma ideia: já não passou da hora de encarar o infalível vento nordestino como Plano A de geração de energia, em vez de Plano B?