outubro 2018 | Direitos indígenas
Os povos indígenas voltam a ter voz no Congresso Nacional depois de mais de 30 anos. E uma voz feminina. Joênia Wapichana fez História: é a primeira mulher indígena eleita deputada federal, pela Rede Sustentabilidade de Roraima.
O último – e até então único – representante indígena na Câmara foi cacique xavante Mário Juruna. Agora temos uma guerreira em defesa da Amazônia e do meio ambiente em Brasília. Joênia Wapichana nos representa!
Via Jornal Extra
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setembro 2017 | Amazônia, Belo Monte, Direitos indígenas
Imagina que você mora na sucursal do Paraíso e resolvem transformá-la numa filial do Inferno. Foi o que aconteceu com Gilliard Juruna, cacique da aldeia Muratu, na Volta Grande do Xingu. Desde que construíram a Usina de Belo Monte, bateu 18h todo mundo se tranca em casa para fugir dos mosquitos, que se multiplicaram de forma assustadora. Acabaram-se os cochilos na rede e as pescarias no fim da tarde e os banhos de rio no pôr-do-sol.
Na mesma proporção, os peixes do rio sumiram. O pacu, iguaria favorita dos Juruna, comia frutas quem caíam das árvores das margens do rio. Com a mudança artificial na paisagem, todo ecossistema local foi prejudicado. E a Volta Grande ainda pode ser aberta à mineração, com a Belo Sun. Os estragos que estamos fazendo a Amazônia já começam a se refletir no resto do país. Reservatórios d’água secam no Sudeste e no Centro-Oeste. O problema não é só do Cacique Gilliard.
Via Folha de S.Paulo
Foto: Lilo Clareto
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abril 2017 | Belo Monte, Direitos indígenas
O Tribunal Regional Federal do Pará, a pedido do Ministério Público Federal, suspendeu a licença de instalação da mineradora canadense Belo Sun na Volta Grande do Xingu, no Pará. O motivo é que a empresa não apresentou estudos válidos do impacto do projeto sobre os povos indígenas da região. A meta da Belo Sun é instalar no local, que fica na mesma região afetada pela usina hidrelétrica de Belo Monte, a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil.
As etnias Arara e Juruna serão afetadas pelo empreendimento e o estudo de impactos apresentado à Funai pela companhia foi considerado inapto, por não conter nenhum dado coletado dentro das áreas indígenas e por não ter sido realizada consulta prévia aos índios.
Esta é a segunda decisão judicial que suspende a licença de instalação da Belo Sun. O projeto está bloqueado também pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por causa de irregularidades fundiárias cometidas na aquisição de terras para a instalação. Ou seja, a instalação da mineradora está suspensa em duas instâncias: na Justiça Estadual e na Justiça Federal.
Mas a luta ainda não está ganha. Não podemos esmorecer: Belo Sun, não!
Via MPF
Foto: Ver o Fato
Saiba mais: https://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/noticias-pa/trf1-suspende-licenca-de-instalacao-da-mineradora-canadense-belo-sun-no-xingu
abril 2017 | Belo Monte
Segundo Bel, uma agente de saúde indígena da tribo Juruna, na região da Volta Grande do Xingu (PA), desde que começou a ser instalada a hidrelétrica de Belo Monte, aumentaram os casos de hipertensão, diabetes e cálculos renais, e já surgiu um caso de obesidade em sua aldeia.
“Eu fui criada pelo meu pai comendo peixe com farinha. E estava criando meus filhos assim. A gente não precisava de muito dinheiro. Agora, que não tem mais peixe, a gente precisa de dinheiro. E as crianças estão comendo carne de boi e frango que a gente compra na cidade, enlatados, salsichinhas e miojo, que é o que mais tem por aqui. E estão adoecendo. O pacu, principal peixe da alimentação tradicional dos Juruna, quase sumiu. E aqueles exemplares que são pescados estão muito magros. O peixe mais presente na aldeia, neste momento, é sardinha em lata”, disse ela, em depoimento à jornalista Eliane Brum.
Os Juruna não têm mais rio, não têm floresta, não têm peixe e há grandes chances de não terem futuro.
Via: El País Brasil
Foto: Lilo Clareto
Saiba mais: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/03/opinion/1491235482_452762.html
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