Bye bye, carvão. Os britânicos começam a aposentar suas termelétricas. Mas nem todas deixaram de funcionar: a de Drax, por exemplo, está sendo adaptada para funcionar a base de gás natural e biomassa.
Em abril, o Reino Unido ficou mais de três dias seguidos sem nenhuma energia produzida por carvão. Na Dinamarca, a usina de Copenhague será transformada em uma unidade de biomassa. Os combustíveis fósseis estão com os dias contados. Quem continuar investindo nesse atraso perde o trem da História.
O Canadá caprichou em suas resoluções de fim de ano. A Ministra do Meio Ambiente Catherine McKenna anunciou que o país vai desativar suas usinas termelétricas de carvão até 2030.
Com a medida, os canadenses vão deixar de produzir 5 milhões de toneladas de gás carbônico.
Que outros países sigam o exemplo. O planeta e nossos pulmões agradecem.
O governo canadense estabeleceu o ano de 2030 como prazo para o país abandonar completamente o uso de carvão para produzir energia. Adeus termelétricas.
Até lá, 90% da capacidade de geração de eletricidade no Canadá deverá vir de fontes renováveis.
Segundo o governo, essas medidas reduzirão as emissões do país em mais de 5 megatoneladas de CO2. O volume equivale à retirada de cerca de 1,3 milhão de carros das ruas.
O Brasil, por sua vez, tem tudo para liderar a economia das fontes de renováveis. Vale a pena para a natureza e para as finanças. Já está na hora de aproveitar nosso potencial.
O presidente Michel Temer informou ontem que vai vetar o artigo 20 da Medida Provisória 735. Se fosse aprovado, esse artigo daria cerca de R$ 5 bilhões em incentivos a termelétricas a carvão.
O ministro Sarney Filho, do Meio Ambiente, não queria viajar à 22ª Conferência do Clima da ONU (COP22), em Marrakesh, sem o veto. Recebeu do presidente uma carta assumindo esse compromisso.
A decisão de Temer vem na sequência de nossa pressão com a petição Carvão Não, do Greenpeace Brasil. Só há espaço para avanços, não para retrocessos.