maio 2018 | Agronegócio, Crise hídrica, Rios
Não se vive sem comida, mas também não se vive sem água e nem se produz comida sem água. Segundo um relatório que a FAO acabou de divulgar, a agropecuária é a atividade primária que mais contamina os recursos hídricos do planeta. Logo, estamos numa sinuca de bico e precisamos sair dela.
A agricultura contribui com vazamento de produtos químicos, o uso de fertilizantes e pesticidas. E há 20 anos, a pecuária acrescentou mais um ingrediente: o uso de antibióticos e hormônios no gado. Se não se vive sem um, nem outro, então já temos em nome de que buscar soluções para esse problema, que é de todo mundo.
Via G1 – O Portal de Notícias da Globo
Foto: Hiroshi Omochi
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junho 2018 | Agricultura orgânica, Agronegócio
O PL do Veneno, o Projeto de Lei 6299/2002 – que revoga a Lei de Agrotóxicos, de 1989 – tem um antídoto, e ele se chama PNaRA. A Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (este é o seu nome completo), ou PL 6670/2016, é uma iniciativa popular que tem como finalidade implantar medidas que ajudem a reduzir gradualmente o uso de pesticidas químicos no Brasil.
Esse conjunto de ações incluem incentivo à pesquisa e desenvolvimento de produtos de origem biológica – os chamados bioinseticidas – e à adoção de práticas de cultivo menos agressivas ao meio ambiente, de raiz agroecológica. A produção orgânica pode ser economicamente viável e o Brasil ainda deve faturar exportando tecnologia sustentável. Em nome de quê, então, ainda querem nos empurrar mais veneno?
O PNaRA prevê a adoção de medidas econômicas para desestimular o uso de agrotóxicos – que, por incrível que pareça, são isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e em muitos estados pagam praticamente nada de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O dinheiro economizado poderia ser revertido em pesquisa. Há poucas semanas, inclusive, a Agência de Segurança Sanitária (Anvisa) aprovou um novo bioinseticida produzido a partir de um verme chamado nematoide para combater a vespa-da-madeira, praga que ataca árvores.
Só no ano passado, a indústria agroquímica movimentou cerca de R$ 30 bilhões no Brasil. E graças a essas facilidades fiscais, os cofres públicos deixaram de arrecadar pelo menos R$ 1,3 bilhão. E este é só o rombo federal: o estado de São Paulo, por exemplo, deixou de arrecadar pelo menos R$ 1,2 bilhão em 2015. É uma conta que não fecha: além dos prejuízos gigantescos para o meio ambiente, a saúde pública também sai perdendo.
Para cada US$ 1 que se gasta com agrotóxicos, perde-se US$ 1,28 com tratamento de pessoas intoxicadas – e olha que estamos falando apenas das pessoas que trabalham diretamente com esses produtos. Ainda não há estimativas de quantas são contaminadas indiretamente, seja pela água ou por alimentos que consomem.
Graças à influência da opinião pública, os ruralistas decidiram rever alguns dos pontos mais controversos do PL 6299/2002. Nesta terça (19/6), haverá uma nova reunião deliberativa. Só que depois de dois anos de espera, também começou a funcionar na Câmara a comissão especial que vai avaliar o PNaRA. Ou seja, juntou a fome com a vontade de comer. Cabe a nós continuarmos a pressão e lutar por uma alimentação mais saudável.
Assine a petição #ChegaDeAgrotóxicos
Saiba mais:
Texto integral do PNaRA
É hora de virar o jogo: PNaRA X PL do Veneno
Acompanhe a tramitação do PNaRA na Câmara
Temer deixa de arrecadar pelo menos R$ 1,3 bi com isenções aos agrotóxicos
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Pressão da opinião pública funciona e projeto de lei de agrotóxicos será revisto
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Controle biológico como alternativa ao consumo excessivo de agrotóxicos (entrevista com o engenheiro agrônomo José Roberto Postali Parra, da Academia Brasileira de Ciências)
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junho 2016 | Alternativas Energéticas
Ignorando pareceres técnicos, o presidente interino Michel Temer sancionou a lei que permite o uso de aviões para pulverizar inseticida sobre áreas urbanas.
A ideia é combater o mosquito Aedes aegypti.
Mas entidades como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Abrasco Divulga, Conass Nacional e Conasems- Conselho Nacional De Secretrias Municipais de Saude e o Conselho Nacional de Saúde consideram a medida perigosa e ineficaz.
Um dos inseticidas mais usados no país, o malation, foi classificado como “possível cancerígeno” pela Organização Mundial de Saúde.
Governos – todos eles – são provisórios, mas os danos causados por suas decisões podem ser permanentes.
Via UOL
Saiba mais: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2016/06/28/temer-contraria-tecnicos-e-permite-aviao-jogar-inseticida-contra-dengue.htm
junho 2016 | Alternativas Energéticas
Com certeza, sim. Mesmo que você não saiba.
Cerca de 70% dos alimentos in natura consumidos no Brasil estão contaminados por algum tipo de pesticida.
Para piorar, 1/3 desses produtos têm seu uso proibido no país.
O Brasil já é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Não bastasse isso, houve um aumento substancial do uso desses produtos em nossas lavouras nos últimos anos.
É de perder o apetite!
Via Portal EcoDebate
Saiba mais: https://www.ecodebate.com.br/2016/06/16/agrotoxicos-70-dos-alimentos-in-natura-consumidos-no-brasil-estao-contaminados/
março 2018 | Agronegócio
Que estamos bebendo veneno, já sabemos. Para piorar, não temos a menor ideia da quantidade. Por lei, as empresas fornecedoras devem monitorar a presença de 27 agrotóxicos na água que mandam para as torneiras, e enviar os dados ao governo federal. Mas em cerca de 67% dos municípios simplesmente não se faz isso.
Logo aqui, onde se consome 400 mil toneladas do produto por ano – sendo que dos 10 mais usados, quatro são proibidos na Europa. Ou o agrotóxico é despejado diretamente nos mananciais, ou penetra no solo e chega aos lençóis freáticos. Se a gente deixar, vai chegar o dia em que beber um copo d’água será o mesmo que jogar roleta-russa.
Via EL País Brasil
Foto: G1
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