Uma Gota no Oceano promoveu, em parceria com a Burness, um encontro de importantes lideranças indígenas no dia 4 de agosto, véspera da abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro. Sonia Bone Guajajara (do Maranhão), Elizeu Lopes Guarani Kaiowá (Mato Grosso do Sul), Ivandro Tupã Guarani Mbya (São Paulo) e Celso Tawé Munduruku (Pará) aproveitaram que os olhos do mundo estavam voltados para a cidade para denunciar ameaças aos seus povos.
Cleber César Buzatto, Secretário Executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entidade que recentemente obteve o status consultivo especial no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da Organizações das Nações Unidas (ONU), também esteve presente ao encontro. Aproveitamos a ocasião para gravar novas Gotas de Informação com nossos convidados para a TV Gota.
A situação mais grave é a dos Guaranis Kaiowás, cujas terras ainda não forma demarcadas pelo governo e que, por isso, vêm sendo constantemente ameaçados por milícias formadas por fazendeiros no Mato Grosso do Sul. No dia 14 de junho, o agente de saúde indígena Clodiode de Souza foi assassinado em Caarapó. Mas o dia também foi marcado por uma boa notícia: o arquivamento da licença ambiental para a construção da usina de São Luiz do Tapajós pelo Ibama, acabando, ao menos por enquanto, com a ameaça da construção de hidrelétricas no rio – o último afluente da margem direita do Amazonas a ainda correr livre. Uma vitória do povo Munduruku e de todos nós.
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