Entre os dias 22 e 26 de novembro de 2022, a Uma Gota no Oceano participou do 2º Encontro Nacional da Juventude Extrativista, que reuniu lideranças do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outras organizações no município de Mazagão, no Amapá.
O evento, sediado na Escola Família Extrativista do Carvão (EFAC), localizada na comunidade extrativista do Carvão, foi promovido pelo CNS, em conjunto com o Memorial Chico Mendes e os parceiros sociais Instituto Clima e Sociedade (iCS), WWF-Brasil e Rainforest Foundation Noruega (FRN). Também estavam presentes organizações como GIZ, WWF-Brasil, Casa Ninja Amazônia, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IIEB), Fundação Amazônia Sustentável e Aliança para Desenvolvimento Sustentável do Sul do Amazonas.
O encontro ainda contou com mais de 150 jovens indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhos de todos os estados da Amazônia, além de Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso e Goiás, para uma troca de saberes, vivências, desafios e soluções pela defesa dos territórios e populações tradicionais. A Gota foi representada pela editora de Meio Ambiente, Monica Prestes, que integrou uma mesa de conversa que abordou “o papel e a importância da comunicação popular ativista para o fortalecimento da luta e resistência em defesa democracia e dos direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais na Amazônia e em outras regiões brasileiras”. A importância da comunicação comunitária, o trabalho da imprensa e as ferramentas da mídia que podem contribuir para a luta desses povos foram alguns dos assuntos debatidos com os estudantes e jovens lideranças de povos tradicionais.
O encontro também abordou temas como a história de luta das populações de comunidades tradicionais extrativistas; o “legado” de Chico Mendes e o futuro dos territórios tradicionais de uso coletivo na percepção da juventude; a importância das economias da sociobiodiversidade no enfrentamento à crise climática; e o papel das mulheres na defesa, gestão e governança dos territórios de povos tradicionais.