Numa noite que homenageou duas mulheres inspiradoras para o nosso trabalho – as ministras do Meio Ambiente Marina Silva e a dos Povos Indígenas Sônia Guajajara – a Gota realizou no Rio de Janeiro sua 10ª Assembleia Anual.
A ONG reuniu membros do seu Conselho, jornalistas, formadores de opinião, pesquisadores e representantes dos movimentos sociais e de organizações do terceiro setor para uma noite de conexão em torno das questões de preservação do meio ambiente, pautas cada vez mais urgentes para a nossa sociedade.
O agravamento das crises climática e de biodiversidade – bem como as consequências para o planeta e para a espécie humana – foi a base das falas que repercutiram no evento e que deixaram reflexões importantes para apontar caminhos positivos em meio a um cenário mundial de negacionismo e radicalismo.
Na abertura do evento, o conselheiro Sérgio Besserman reforçou a preocupação com o risco da elevação contínua da temperatura média do planeta, que em 2024 ultrapassou a marca de 1,5º de aumento acima dos níveis pré-industriais. Um desafio que precisa ser encarado com objetividade e ao mesmo tempo com pensamentos elaborados que busquem entender as causas do que está acontecendo.
Para além de discutir a crise, o encontro foi um momento para falar de esperança e do compromisso com a perpetuação da vida, por meio das mensagens trazidas por nossas homenageadas.
Maria Paula Fernandes, diretora da Gota, lembrou em sua fala que a ONG não existiria sem a inspiração da campanha de Marina Silva à presidência da república em 2010, e não teria a mesma legitimidade sem a confiança de Sônia Guajajara. “Marina nos apontou o caminho e Sônia nos levou para observar como se constrói consenso onde só se enxergava dissenso”, disse Maria Paula.
A Ministra do Meio Ambiente Marina Silva chamou a atenção para a responsabilidade que o momento exige de todos, não apenas de governos e formadores de opinião, lembrando ainda que todas as atividades na nossa sociedade precisam estar alinhadas com o compromisso da redução da temperatura média global.
O papel das comunidades tradicionais e dos saberes ancestrais na preservação do meio ambiente foi abordado pela Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara ao mesmo tempo em que reforçou a importância de se dar o devido espaço aos povos tradicionais nos debates da COP30, em Belém.
A noite de encontros traduziu a essência do trabalho da Gota: capacidade de conectar e unir pessoas de olhares e saberes diversos em torno de um objetivo comum: a defesa da vida e do nosso planeta!
