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Guerra de informação

junho 2017

O telefone sem fio não para de tocar e as centrais de boatos funcionam 24 horas por dia. Há uma guerra de narrativas em curso, e a internet é um campo minado. Mesmo os mais atentos podem pisar numa mina; imaginem, então, o cidadão distraído? Na correria do dia a dia, ele acaba tomando por verdade boa parte do que lê nas redes sociais e nos grupos de troca de mensagens. Como reagir? Mais do que nunca, é preciso buscar informação de qualidade, a nossa melhor arma nessa briga. E encontrar boas fontes também é uma boa forma de administrar melhor o tempo, que anda cada vez mais escasso.

A área socioambiental é um dos mais ativos campos de batalha desta guerra. E a luta é de Davi contra Golias. Representando interesses poderosos, Donald Trump disparou contra as mudanças climáticas e se elegeu presidente da nação mais poderosa do mundo; aqui no Brasil, o agronegócio se veste de pop e usa da propaganda enganosa e de sua força no governo para investir contra o meio ambiente e os direitos dos povos tradicionais.

É preciso desarmar esses falsos discursos fazendo o uso de bons argumentos. E a missão de Uma Gota no Oceano é justamente fornecer informação consistente, com linguagem atraente e acessível ao cidadão. Nossos principais aliados são organizações e entidades comprometidas em produzir alguns dos melhores estudos e pesquisas sobre a área, como a Fundação SOS Mata Atlântica, o Greenpeace Brasil, o Instituto Socioambiental – ISA, o Observatório do Clima e o WRI Brasil

Uma história muito difundida, por exemplo, é a de que o agronegócio precisa expandir suas fronteiras Amazônia adentro. De forma bastante didática, usando gráficos, o Observatório do Clima mostrou que se trata de pura falácia (veja aqui). As conclusões tiradas a partir dos últimos estudos sobre a região mostram por exemplo, que o seu PIB agropecuário cresceu, mesmo com o desmatamento em queda, assim como a produção de carne e de soja. Outra dado significativo: os dez municípios que mais desmataram em 2016 estão entre os mais pobres não só da Amazônia, como do país. E mais: a intensidade de carbono de nossa economia (a quantidade de gás carbono emitida por cada real gerado no PIB) caiu. Até 2014, o país ganhou mais dinheiro poluindo menos.

Caso o índice de desmatamento de 2016 continue nos próximos anos, chegaremos a 2025 com quase o dobro das emissões de CO2 estabelecidas pelas metas do Acordo de Paris. Vamos combater o bom combate? Junte-se a nós! 

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