A biodiversidade amazônica é tão grande que esparrama mar afora. Em abril do ano passado, foi descoberto um novo mundo: um recife de corais na foz do Amazonas.
Além de abrigar espécies jamais catalogadas – como esponjas do mar gigantes com mais de 2 metros de comprimento -, os corais da Amazônia são únicos, pois florescem em condições totalmente adversas ao seu desenvolvimento.
O Greenpeace Brasil enviou uma expedição para lá há duas semanas, e os cientistas não cansam de mandar novidades: a última é que a barreira de corais ocupa uma região pelo menos duas vezes maior do que os 9.500 km² estimados inicialmente.
Os recifes, que se estendem da fronteira da Guiana Francesa com o Brasil ao Maranhão, a cerca de 110 km da costa, são alimentados pela matéria orgânica despejada no mar pelo Amazonas. É um rio criador de biodiversidades. Ainda fazemos uma pálida ideia de sua importância para o planeta.
Entretanto, este mundo novo já corre grave risco. As multinacionais Total e BP querem tirar petróleo da região. Um vazamento de óleo poderia destruir o bioma recém-descoberto. Por isso, o Greenpeace lançou uma petição para pressionar as empresas a cancelarem seus projetos de exploração.
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